De Frente com Bruninho do Grupo Boca de Forno – Falando da sua carreira.

Bruninho do grupo boca de forno uns dos melhores vocalista do Estado de Alagoas. Falando tudo do começo da sua carreira.11043066_10205444335361403_538773206696906616_n Começou quando eu ficava na porta de casa com um cavaquinho estudando meu primeiro instrumento foi um cavaquinho q até hoje ainda sempre q posso estou tocando. Em um certo dia um grupo de pagode chamado mistura de raça estava sem cavaquinista o vocalista da banda foi em minha casa me fazer o convite pra entra na banda eu fiquei super feliz e aceitei na hora então comecei tocar cavaquinho no mistura de raça então junio o nome do cantor começou a dar oportunidade pra mim cantar em todos os shows eu cantava uma ou duas músicas e todos gostavam quando eu cantava daí então eu resolvi montar uma banda pra mim chamada pagode e cia. Q fez o maior sucesso vários shows fez muito sucesso mas eu queria mas então recebi o convite do grupo idem um grupo de pagode estourado até hoje maior sucesso e meu primeiro show com o grupo idem foi no maikai pra abrir o show do grupo molejo pense super nervoso tudo muito rápido então eu abrir o show e arrebentei graças a Deus depois surgiu outra oportunidade do grupo idem abrir o primeiro samba Maceió um dos maiores eventos do Brasil foi o primeiro samba Maceió eu agradeci demais a meu Deus por tudo q estava acontecendo super rápido então abrir o samba Alagoas e arrebentamos no samba Maceió depois de uma semana eu em casa o empresário do grupo Boca de forno me ligou e marcou uma reunião com ele daí eu fui em seu apartamento ele me fez o convite pra tocar banjo no Boca de forno eu aceitei na hora foi daí q entrei no Boca e fazendo muitos shows veio a gravação do primeiro dvd do grupo com participação do marcelinho do grupo sem compromisso e foi lindo chorei muito depois da gravação e agente fez muitos shows depois do dvd então eu resolvi fazer carreira solo com uma proposta de um empresário e fui assim q anunciei minha carreira solo o empresário do samba Alagoas me ligou pra abrir o samba Alagoas eu ri kkk na hora e falei mas n tenho nem banda aín da estou montando minha banda ele falou monta logo q vc vai abrir o show samba Alagoas eu fiquei feliz demais cantei no samba Alagoas q o dono do samba Alagoas veio até a mim e falou q o show samba ambas Alagoas foi dos brunos bruno do Boca de forno bruno do jeito muleke e Bruno do sorriso maroto eu chorei na hora minha carreira solo foi o maior sucesso só q minha banda base era quase todos os músicos do Boca de forno então com a saída do val pra fazer carreira solo eu recebi o convite do topeca pra voltar pra o Boca de forno eu aceitei na hora e até hoje estou no Boca e muito feliz graças até Deus muitos shows e estou a 6 anos no Boca de forno.

1962715_10204994677175562_1892274209570450777_n10704107_10204886706996375_3737296040930419689_n

QUARESMA

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de março de 2015

Crônica Nº 1.386

Tentação de Cristo. Museu João Paulo II (Varsóvia).

Tentação de Cristo. Museu João Paulo II (Varsóvia).

Quarta-feira passada tive ocasião de assistir a missa de 7º dia em sufrágio da alma do senhor Antonio Paraibano da Costa. Achei uma forma prática da igreja, em realizar uma missa de finados durante a Via-sacra, fora da Matriz de São Cristóvão, em Santana do Ipanema, Alagoas.

Acompanhada por um expressivo número de fiéis no Bairro São José, o movimento religioso movimentou as ruas mais afastadas do bairro, inclusive celebrando a missa bem perto do leito do rio Ipanema, durante a última estação representativa.

As pessoas recebiam o movimento em suas casas transformadas em estações, com bastante alegria em participar desse ato que representa o sofrimento de Jesus antes da sua morte. Também me impressionavam os cânticos bem ensaiados, guiados por voz masculina bastante entoada e atraente.

É o tempo sagrado da Quaresma, período que antecede a Páscoa cristã e a tão aguardada Semana Santa. Os serviços religiosos da festa pascal comemoram a ressurreição e a vitória de Cristo depois dos seus sofrimentos e morte, conforme narram os evangelhos.

Impressiona ainda a multidão que acompanha a Via-sacra, notadamente em noites de dias úteis. No mundo cada vez voltado para o corre-corre do cotidiano, as pessoas chegam do trabalho e, com muita boa vontade e fé, complementam o seu dia, entre caminhada, cânticos e orações.

A história cristã está repleta de simbologia do número 40, de onde se deriva o termo quaresma.

Da nossa parte foi pena não mostrarmos o movimento religioso do Bairro São José, pois, pela inabilidade minha mesmo, não consegui boas fotos, apesar da tentativa.

Para compensar, apresentamos a pintura “A Tentação de Cristo” – Fhilips Augustjn Immenraet – Museu João Paulo II – Varsóvia.

Boa Quaresma ao nosso leitor!

O poço e o rei

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de março de 2015

Crônica Nº 1.385

Carito do rio Ipanema. (Foto: (Clerisvaldo Chagas)

Carito do rio Ipanema. (Foto: (Clerisvaldo Chagas)

Após as cheias periódicas do rio Ipanema, as águas formavam poços no seu leito arenoso. O mais famoso era o poço dos Homens, por trás do comércio de Santana. A pesca era livre com destaque para alguns elementos da sociedade local. Assim encontrávamos sempre a fisgar mandim, Toinho Baterista (depois Toinho das Máquinas) que só pescava de anzol. Seu Quinca, alfaiate, o mais antigo profissional que conheci, também fazia ponto pescando de anzol. Dizem até que quando ele chegava ninguém conseguia pescar mais nada. Havia tarrafeiros em busca de bambás (denominadas Xiras no rio São Francisco). No poço havia um peixe pequeno chamado piaba e o corrupto do “submundo” conhecido como carito ou chupa-pedra. Não passava de cinco centímetros, feio, boca de sapo, ignorado por todos. Mais tarde surgiram no Ipanema o cará e o pitu.

Nós, meninos, antes, pescávamos piabas, com litro de vinho, do fundo virado para dentro, tendo como isca um pouco de farinha.

O que nunca pude entender era o modo de pesca de um cidadão da Rua e Bairro São Pedro, chamado Joaquim Reis. Não queria outra coisa; nem piaba, mandim ou bambá. Preferia pegar à mão os corruptos caritos jogados pelas águas nas pedras do poço.

Joaquim Reis tinha nobreza no nome. Eu já percebia isso, mesmo com idade pouca. Era pobre, está certo, mas por que aquela miserável preferência pelo peixinho desprezado por todos?

Existem na Câmara Federal, no Senado, nas Câmaras Municipais, pessoas de altíssima qualidade moral que honram os seus eleitores, familiares, mandato e o seu país. Os seus salários já são uma exorbitância e contam ainda com as mordomias dos antigos déspotas europeus. Tudo é imoral, mesmo sendo legalizado. Enquanto isso o povo geme como gemia na França da Idade Medieval.

Esses pelos menos pescam gordas bambás, robustos mandins e gigantes pitus.

Mas por que outros nobres nos títulos insistem em buscar os caritos do submundo?

Talvez Freud não explicasse essa tendência aberta para a corrupção escalonada e contínua, mas com certeza se Joaquim Reis ainda fosse vivo, no instante resolveria esse mistério.

UM CÉU PARA INEZITA

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de março de 2015

Crônica Nº 1.383

Inezita (Foto: Reprodução)

Inezita (Foto: Reprodução)

Cumpriu a sua missão na terra com dignidade, brilhou a vida inteira e honrou o solo brasileiro. Tudo o que se disser sobre Ignez Magdalena Aranha de Lima (Inezita Barroso) ainda tem o que se dizer. Partiu aos 90 anos com o peito cheio de amor pela música sertaneja de raiz. Um presente real que o paraíso ganhou; uma lembrança eterna, iluminada, cheia de doçura que fica no país tropical.

“Ignez Magdalena Aranha de Lima, nome de batismo de Inezita Barroso, nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Filha de família tradicional paulistana, passou a infância cercada por influências musicais diversas, mas foi na fazenda da família, no interior paulista, que desenvolveu seu amor pela música caipira e pelas tradições populares. Começou a cantar e a estudar violão aos 7 anos.

Formada em Biblioteconomia na Universidade de São Paulo (USP), Inezita foi uma grande pesquisadora da música caipira brasileira. Por conta própria, percorreu o interior do Brasil resgatando histórias e canções. Reconhecida por este trabalho, foi convidada a dar aulas sobre folclore em uma universidade paulista. Pelo seu trabalho como folclorista, e por ser uma enciclopédia viva da música caipira e do folclore nacional, recebeu o título de ‘doutora Honoris Causa em Folclore’ pela Universidade de Lisboa. 

Foi a primeira mulher a gravar uma moda de viola e era considerada a grande dama da música de raiz.

Na televisão, sua carreira começou com a TV Record, onde foi a primeira cantora contratada. Depois passou pela extinta TV Tupy e outras emissoras, até chegar à TV Cultura para comandar por mais de 30 anos o Viola, Minha Viola”.

Respeitada dentro e fora do Brasil, admirada, respeitada, líder musical, humilde e valorosa, Deus deve ter dito:“Tá bom Inezita, nota dez para o seu trabalho, retorne à base, minha filha”.

Ignez era uma estrela de primeira grandeza que veio iluminar a Terra por 90 anos.

Perdi a minha musa de “Viola, Minha Viola”.

Um céu para Inezita.

NÃO PERCA QUINTA E SEXTA: POLÍTICA SANTANENSE; O QUE SE COMENTA NAS RUAS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

Entrevista com Dr. Rubinho, ele que foi Secretário Municipal de Saúde , hoje vice-prefeito da cidade de Olho d’Água das Flores

11001826_835175303228932_8311414241966501904_nAntônio Rubens de Melo Moura Filho, popularmente conhecido como Dr. Rubinho, foi Secretário Municipal de Saúde de Olho d’Água das Flores durante quase 8 anos (2005-2012), onde transformou a saúde daquela pequena cidade, só para se ter uma idéia não existia nenhuma equipe de Saúde Bucal inserida no PSF, ainda no primeiro ano de gestão esse número saltou do 0 para 7 equipes e em pouco tempo foi conseguido uma cobertura de 92% do Programa de Saúde Bucal. Outro ponto a ser considerado é o avanço das Especialidades, lá em Olho d’Água não existia nenhum especialista, tudo era feito em Arapiraca ou Maceió.

Na gestão do Dr. Rubinho foi feito concurso público e convocaram um batalhão de especialistas, Ginecologista, Oftalmologista, Pediatra, Otorrinolaringologista, Fonoaudiólogo, Ultra-Sonografista e vários outros. O resultado de tantos avanços foi a redução da mortalidade infantil de 44/1000 para o patamar de 11/1000, ou seja, a mortalidade sofreu uma diminuição drástica, tornando-se uma referência no Brasil. Dentre tantas outras ações ainda podemos citar a implantação do Centro de Atenção Psicossocial, da Central de Regulação, do Centro de Especialidades Médica e Odontológicas, do Laboratório Regional de Prótese Dentária (um dos primeiros do Estado de Alagoas) e etc.

Foi por isso e por outras razões que a população indicou Dr. Rubinho para ser Candidato a Prefeito de Olho d’Água das Flores, no entanto, pelo sentimento de união e por sua característica de pacificador, resolveu abrir mão da sua candidatura de Prefeito e ser Candidato a Vice-Prefeito, tornando-se um dos principais responsável pela vitória esmagadora nas eleições municipais de 2012. Apesar de adorar a politica e estar nesse meio por vocação, Dr. Rubinho nunca deixou sua profissão de lado, formou-se em Odontologia no Estado de Pernambuco, fez Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial em Joao Pessoa-PB e não parou por aí, atualmente está fazendo Mestrado no Estado de São Paulo.

Além de ter Consultório na Cidade Natal, ainda tem uma filial em São José da Tapera, sem falar que é plantonista contratado em dois Hospitais do Estado de Alagoas e é Concursado como Cirurgião e Traumatologista em mais duas Cidades, Batalha e Olho d’Água das Flores. Apesar de ser um profissional estabilizado na sua profissão, o mesmo ainda me confidenciou que tem o sonho de conduzir os destinos de Olho d’Água das Flores e, quem sabe, subir um degrau na política, deixando o cargo de vice-prefeito para candidatar-se ao cargo de prefeito !!

CAVALO DO CÃO

Ilustração: Fábio Campos

Ilustração: Fábio Campos

Everaldo nasceu no sítio Mulungu. Os verdes anos, os melhores de sua vida, viveram-nos lá. Ao lado dos pais, e seis irmãos. Muitos anos depois, casou e teve que partir. A tapera onde morava levou, consigo, dentro dos olhos levou. E quando lhe invadia a saudade, as lágrimas vinham – com gosto de barro vinha – da velha casinha de taipa onde nascera. O cheiro de catingueira engendrou na pele. Tanto, que quando realizava trabalho pesado, suava suor com cheiro de mato. O sertão, pra onde quer que fosse levava no corpo, nos momos, trejeitos. Permaneceram-lhe pra sempre, as manias dum sertanejo legítimo. Da mãe caatinga às manhas, eternamente parte de si. Se dependesse dele nunca sairia. Transmitiria por herança, pros filhos, assim esperava. Uma folha de juá mastigava de manhãzinha. Depois do café um talo de capim entre os dentes. Dum canivete jamais se apartava.

A vida na cidade não tinha graça nenhuma. À tardinha, de cócoras na porta de casa. Iam às vistas em busca do pôr-do-sol. Desmanchava um cigarro manufaturado, só pra ter o prazer de refazê-lo, num pedaço de palha de milho sequinho. Era uma das formas de voltar aos bons tempos da roça. Estudos fora segundo plano, sequer terminaria o fundamental. A leitura pouca, dera ainda pra conseguir a carteira de habilitação. Um emprego de motorista da prefeitura veio através do padrinho, o vice-prefeito. Os tempos de roceiro foram ficando cada vez mais distante. Terno passado de infância e juventude, que jamais esqueceria. Conheceu Ana Lúcia brava sertaneja com quem casaria. Três filhos machos Vandeilson, Vanderlanio e Vadiclebson. A depender dela, mais um filho viria. No caso uma menina, pra encerrar a carreira. E veio a gravidez desejada, mas no quinto mês de gestação acontecimentos estranhos passaram a ocorrer dentro de casa. A caixa d’água do banheiro rachou e desabou causando alvoroço. Nesse dia, Ana foi parar no hospital, mas foi só um susto. Exatamente um mês depois um curto-circuito na tomada do ventilador dentro quarto, provocou um incêndio, e queimou todo o enxoval do bebê que ainda estava pra vir ao mundo. Já ia o sétimo mês da gestação, e um estouro da válvula de segurança duma panela de pressão, causou-lhe mais um susto grande. Dessa vez foi forte demais, e Ana acabou perdendo a que seria a única filha mulher.

As coisas aos poucos foram tomando seu rumo. Determinados acontecimentos são como um puxão no freio de mão, nas estribeiras do mundo. Mas não demorava muito, e a bola azul de carregar gente nas costas, continuava sua alucinada viagem. Vagabunda, a dar voltas, e mais voltas, em torno do sol, enquanto redemoinhava sobre si mesmo lentamente. Os filhos de Everaldo reféns do processo evolutivo da espécie, pouco a pouco iam definindo a estatura dos seus corpos. Ia o ciclo da vida cumprindo seu papel. Uma coisa dava pra perceber nenhum dos três puxara ao pai. Era de se esperar que filhos de sertanejo viessem a gostar de passarinho cantador, na gaiola. Pegar alçapão e alpiste e ir lá pra várzea do riacho. Petecar ave de arribação com balas de barro de louça, endurecidas, quaradas ao sol no paredão do açude. Armar aratacas e arapucas pra pegar preá e mocó. Nas noites de lua fachear codorna e nambu. Gostar de ouvir história de Pedro Malazarte, Cacão-de-fogo, Mata-Sete e Camões. História do compadre e da comadre que traíram seus parceiros e viraram fogo corredor. Àqueles meninos se quer se animavam correr vaquejada, correr numa corrida de argola, ou na corrida de mourão, uma pega de boi no mato nem pensar. Sentir prazer de paramentar-se com as vestes próprias do vaqueiro: perneiras, peitoral, botas guarnecidas de esporas. Ostentar vistoso chapéu de couro, jibão, chicote e luvas de couro cru. Montar um belo quarto-de-milha. Se posicionar na portinhola do jiquí ladeado dum bom bate-esteira. Correr a derrubar o boi na faixa, e ouvir o locutor anunciar “-Valeu boi!”. Tirar um som dum berrante, aboiar, tirar um verso, ao badalar dum chocalho. Tirar umbu, na semana santa. Assar milho na fogueira do São João. Tirar maturi de caju, quando vinha o fim do ano. Nenhum dos três teria dado ao pai, o prazer de gostar das coisas do mato.

É certo que Everaldo e Ana queriam mesmo que os meninos estudassem, e se formassem. Pra não suceder com eles o que lhes ocorrera, emprego a custa de favores. Da promessa dum político Ana tornou-se serviçal do Tribunal de Justiça. Vandeilson o mais velho, conseguiu um emprego de técnico de informática no município, aproveitou o embalo e casou. Os outros dois em casa dos pais continuavam. Como não tiveram o mesmo tipo de criação, fora de suas presenças costumavam caçoar o jeito caipira dos pais. Pior, davam-se o direito de ralhar palavras que eles pronunciavam ao jeito simples do linguajar matuto. Vanderlanio chegou um dia dizendo que ia fazer uma tatuagem dum unicórnio alado no braço. O pai ao ver o rascunho do desenho escandalizado disse: “-Prefiro te ver morto! A ver um filho meu virado num cavalo do cão!” O rapaz não se conteve, caiu na gargalhada ali mesmo, na frente dele. Levou uma tapa por cima do toitiço que precisaria de compressa pra aliviar a luxação. Naquela noite, mais calmo Everaldo, chamou Vanderlanio, e foi ter uma conversa com ele. Disse-lhe que quando tinha a idade dele filho respeitava o pai. E falou de alguns episódios que lhe ocorreu quando rapaz. “-Uma terça-feira de carnaval, seu avô soube, lá no sítio Mulungu, que eu estava na vila bêbado, todo melado de pó ‘parecendo um macaco’. Foi me buscar. Voltei amarrado, atravessado na garupa do cavalo. Levei uma surra de urtiga. De outra vez, foi bater na escola porque soube que eu tinha brigado com um menino. Nesse dia, fui amarrado no tronco daquele pé de mulungu que tem até hoje atrás de casa, apanhei com o relho de amansar os bois de arado, cada lapada voava uma tira de couro das costas.

“-Sua avó, era uma mulher muito sabida. Gostava de ler, e lia muitos livros. Chegou a trabalhar como professora pra Delmiro Gouveia, o homem mais rico do sertão na época. Naquele tempo já se falava duma seita chamada Nova Era, que seria combatida pela Ordem dos Cavaleiros de Cristo, também chamados de Cavaleiros Templários. A Nova Era, que pregava a anarquia, o comunismo, a heresia e praticavam sodomia. Tudo coisa do demônio. Seus seguidores defendiam a negação de Cristo, dos Evangelhos, da bíblia, dos sacramentos da igreja. A favor do enriquecimento a qualquer custo, mesmo de vida inocentes, em rituais satânicos. E se reconheciam uns aos outros, por tatuagens no corpo, justo figuras como esta. Eles estão presentes em grandes empresas, em bancos internacionais, partidos políticos, emissoras de tevê. As cores, sempre o preto e o branco. Outro dia fui um aniversário do filho de um amigo meu, e fiquei chocado, ao ver que ao invés de cores alegres, de desenhos animados. Toda decoração eram imagens macabras: cabeças de caveiras, cobras, aranhas, esqueletos. Deram de presente ao filho, de apenas oito anos, o direito de fazer uma tatuagem quando completasse onze, que já havia até escolhido o que tatuar. Não se passaram mais de seis meses depois da tatuagem, e a criança contraiu uma doença que nenhum médico descobria o que era. Em menos de um ano morreu. Depois o pai caiu em depressão, matou a mãe e se matou. O demônio teria vindo buscar, mais dos seus cavalos. Precisava para cavalgá-los nas profundas do inferno. Viu aquelas execuções que apareceram na televisão como estavam vestidos os executores? É no Islã que fica a sede da seita. Pode pesquisar “Cavalo do Cão” e você mesmo vai descobrir.”

Vanderlanio pesquisou sim senhor. Mas o que encontrou foi: “Cavalo do Cão, nome científico “Pepsis ruficornis” da família dos pompilídeos é um inseto da classe das vespas. Locomove-se tanto no ar, como na terra. Sua picada é bastante dolorida, a peçonha age em questão de milésimos de segundo. Chega a causar paralisia do membro atingido. É predador natural da aranha. Ataca o inseto inimigo, com sua picada paralisa-o. Sua presa serve como alimento dele e de suas larvas.”

De nada serviram os conselhos de Everaldo. Primeiro Vanderlanio, depois os outros dois irmãos. Pois acharam legal, e cada um fez, nos braços, pescoço e costas, pelo menos três tatuagens. Cobras, raios, feras e monstros que eles mesmos não tiveram o menor interesse de saber o que simbolizavam. Um domingo desses duas Vans foram contratadas, pra irem ver o time do Canarinho, o de maior destaque no sertão, jogar com o alvinegro, maior da região fumajeira, no agreste. Os dois transportes alternativos acabaram se envolvendo num grave acidente. Cinco pessoas morreram. Três deles os filhos de Everaldo. Os outros dois também tinham tatuagens.

Fabio Campos 02 de Março de 2015

ELES NOS TOMAM TUDO

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de março de 2015 

Crônica Nº 1.382

Foto: (blogloyola)

Foto: (blogloyola)

Numa rua sem calçamento, poeirenta ou enlameada, onde automóvel era raridade, brincávamos de ximbra, pinhão e bola. Pegar bigu em carro de boi fazia parte da via animada, repleta de meninos, da Cadeia Velha à Rua de São Pedro. Uma espiadinha na fábrica de colchão de junco de Júlio Pisunha ou uma presença anual no pau de sebo ajudavam na criação da meninada. 

Quanta falta de benefícios para ruas e bairros da minha terra! Quanta falta de oferta do poder público às crianças que ornavam os caminhos de Santana! 

Certa feita, o prefeito Adeildo Nepomuceno Marques, resolveu caçar os meninos brincalhões das ruas. Os mesmos meninos que não tinham parques, praças, quadras, jardins, campo e nenhum espaço público de lazer. E lá vem o senhor Aloísio Firmo, travestido de juiz de menor, unha e carne com o prefeito (já abordamos esse assunto) montado numa burra, seguido pelo soldado Genésio, rua acima, rua abaixo dando carreira em garotos para lhes tomar ximbras, bolas e pinhões. 

Menino da minha cidade preferia ver o cão ao senhor Aloísio Firmo e ao soldado Genésio, dois homens de bem, mas abusados do chapéu à burra, do quepe ao coturno. 

Nos tempos de hoje não podemos mais confiar nos três poderes que formam o nosso país. Os escândalos se sucedem desde que o combate à corrupção foi iniciado com a primeira vitória: a prisão de um juiz, coisa nunca visto antes. Como a corrupção se estabeleceu de mala e cadeado, as avalanchas de escândalos vão se multiplicando. Ladrões e ladrões sem conta vão roubando o dinheiro público, diretamente dos poderes ou indiretamente nos hospitais, escolas, construções civis e muito mais. Vão sucateando o estado brasileiro e fazendo da gatunagem coisa rotineira como se tivessem (e têm) a maior autoridade e direito de assim proceder. Muitos estão agindo como traficantes de drogas que não têm mais medo de nada e não respeitam a ninguém.

No Japão, o descoberto, se suicida de vergonha. No Brasil o surpreendido debocha do denunciante. Não bastassem os casos lava-jato, Petrobrás, guabirus, taturanas e tantos outros, o jornal Extra de Alagoas empurra mais pedras ladeira abaixo sobre o Judiciário com figuras bastante conhecidas nesse estado pequeno, fora o caso fantasma da Assembleia.

60 anos depois de tomarem nossas ximbras, bolas e pinhões, tomam nosso dinheiro, chafurdam-se na lama e arrastam o país para o caminho da crise, da bancarrota e das armas.

NÃO PERCAM QUINTA E SEXTA-FEIRA, “POLÍTICA SANTANENSE, O QUE SE FALA NAS RUAS PARA A PRÓXIMA ELEIÇÃO”.

Os 5 filmes nacionais mais instigantes

Lavoura Arcaica (2001)

É um dos melhores filmes que o cinema nacional já produziu. Selton Mello em mais uma grande atuação ao lado de Leonardo Medeiros e o do brilhante, já falecido, Raul Cortez. Repleto de diálogos longos e poéticos, com uma fotografia linda graças a Walter Carvalho (o mesmo de Central do Brasil). Lavoura Arcaica não tem a intensão de ser um filme fácil para o grande público. A proposta é exatamente instigar o espectador a decifrar e juntar as peças. André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro (Leonardo Medeiros), seu irmão mais velho, traz ele de volta ao lar a pedido da mãe. André aceita retornar, mas irá irromper os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana. Um dos grandes filmes brasileiros da década de 2000, cheio de poesia visual.

Edifício Master (2002)

O tipo de filme que faz você se sentir culpado por ter demorado tanto para assistir. Um dos melhores documentários nacionais. Durante sete dias, uma equipe de cinema filmou o cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 apartamentos conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas.

Amarelo Manga (2003)

Não recomendado para os facilmente impressionáveis. Um filme que quebra tabus e desconstrói imagens. Cláudio Assis brinca com elementos de maneira crua e suja, sem máscaras, o que torna o longa primoroso. Os atores, assim como seus personagens, estão despidos de qualquer censura. No subúrbio de Recife, Lígia (Leona Cavalli) acorda já mal humorada, pois terá de suportar mais um dia servindo fregueses, que às vezes a bolinam no bar onde trabalha. Quando o dia terminar, só lhe restará voltar ao seu pequeno quarto, em um anexo do bar, e dormir para suportar a mesma coisa no dia seguinte. Paralelamente Kika (Dira Paes), que é muito religiosa, está frequentando um culto enquanto seu marido, Wellington (Chico Diaz), um cortador de carne, decanta as virtudes da sua mulher enquanto usa uma machadinha para fazer seu serviço. Neste instante no Hotel Texas, que também fica na periferia da cidade, Dunga (Matheus Nachtergaele), um gay que é apaixonado por Wellington, varre o chão antes de começar a fazer a comida. Na verdade ele é a pessoa mais polivalente no Texas, pois faz de tudo um pouco. Um hóspede do Hotel Texas, Isaac (Jonas Bloch), sente um grande prazer em atirar em cadáveres, que lhe são fornecidos por Rabecão, um funcionário do I.M.L. Apesar de decantar Kika, isto não impede de Wellington ter uma amante, que está cansada da situação e quer que ele tome logo uma decisão. Já Dunga pretende conseguir Wellington de outra forma, ou seja, fazendo um trabalho em um terreiro, assim de uma vez só ele “dá uma rasteira” na mulher e na amante. Isaac vai se encontrar no bar com Rabecão para lhe avisar que pode levar o cadáver. Lá ele conhece Lígia e sente vontade de ir com ela para a cama, mesmo com Rabecão lhe avisando que ninguém ali havia tentado.

Madame Satã (2002)

Forte e cru, essa obra se apresenta como um retrato de uma sociedade excluída e marginalizada. Onde drogas, violência e prostituição fazem parte do cenário e se misturam com o cotidiano dos personagens. Somos conduzidos por um Rio de Janeiro que vai além dos cartões postais, porém verdadeiro em todos os aspectos. O filme é baseado na história de João Francisco dos Santos, figura conhecida na cultura marginal brasileira do século XX. A obra faz um recorte da vida de João Francisco, traça sua história antes de se tornar “Madame satã”, personagem popular dos carnavais cariocas.

Estômago (2007)

Trilha simples e bem executada, fotografia maravilhosa, enredo chamativo. Um filme que cativa por sua simplicidade, incluindo o charme do personagem principal. Em poucas palavras, um filme pouco conhecido mas que resume bem o potencial dos atores nacionais.
Raimundo Nonato (João Miguel) foi para a cidade grande na esperança de ter uma vida melhor. Contratado como faxineiro em um bar, logo ele descobre que possui um talento nato para a cozinha. Com suas coxinhas Raimundo transforma o bar num sucesso. Giovanni (Carlo Briani), o dono de um conhecido restaurante italiano da região, o contrata como assistente de cozinheiro. A cozinha italiana é uma grande descoberta para Raimundo, que passa também a ter uma casa, roupas melhores, relacionamentos sociais e um amor: a prostituta Iria (Fabiula Nascimento).
Agradecimento à autora; Juliana Rodrigues – site brasileirissimos

Entrevista Exclusiva com o Chef Diferente Timoteo Domingos

11021193_454242951396361_6886286745066351168_n

Timoteo Domingos: Santanense,Morou em Maravilha depois em Canindé-SE, ele que é destaque em todo Brasil. O CHEF DIFERENTE TIMOTEIO DOMINGOS

 CELEBRIDADE IN FOCO – Como começou a descobrir que gostava de cozinhar?

Timoteo Domingos:  comecei a cozinhar aos sete anos de idade ajudando minha vó na preparação de cocadas, bolos, pamonhas, buchada de bode etc.: ficava observando ela cozinhar e desde já comecei a modificar alguns ingredientes de suas receitas, mas não falava nada fazia tudo escondido. Passei toda minha infância na zona rural no interior de Alagoas. Aos seis anos de idade já trabalhava ajudando meus pais nos serviços da roça ex.: plantio de feijão, milho, palma, mandioca etc.: quando não estava na roça ou na escola passava o tempo na cozinha fazendo do fogão minha diversão.

 CELEBRIDADE IN FOCO – Você que venho da roça e se transformou em um chefe diferente como foi?

Timoteo Domingos:  O fato de morar na zona rural e trabalhar na roça me fez criar uma proximidade muito grande com o meio que me rodeia “Bioma Caatinga” e sempre tive uma atração especial pelos cactos (mandacaru, xique xique, cabeça de frade, facheiro, palma e demais ingredientes da Caatinga). Muitas vezes enquanto pinicava (cortava) palma para os animais (vacas) comecei a provar e percebi que tinha uma textura fantástica e sabor forte. Logo minha mente começou a viajar com varias idéias ao mesmo e minha cabeça começou a congestionar as receitas vêm aleatório. Com oito anos criei minha primeira receita, brigadeiro de umbu. A partir daí vieram várias outras, mas não tinha dinheiro para testa-las.

CELEBRIDADE IN F OCO- você começou aos 06(seis) anos, mais sonhava estar hojé assim, sendo destaque em todo Brasil?

 Timoteo Domingos: (RISO) foi quando comecei a fazer cocadas para vender na região. Em seguida comecei a vender também bolos e tortas na escola, os lucros usava para testar minhas criações. “quando não tinha coco suficiente para fazer as cocadas colocava o xique xique ralado para completar a porção” e as pessoas sempre perguntavam o segredo para deixa-lá mais cremosa, nunca falei que era o xique xique (cacto) falava que é amor pelo que faço. E foi assim que testei dezenas de receitas com diversos ingredientes da Caatinga. Na maioria das vezes testava as escondidas no fogão a lenha… Quando comecei a vender as comidas com esses ingredientes as pessoas falavam “isso é comida de vaca” “eu que não como isso”.

 CELEBRIDADE IN FOCO – Saber fazer, e hoje vendo este resultado que você me diz?

 Timoteo Domingos: Muitas vezes fui chamado de doido porque usava estes ingredientes…mas sempre acreditei no faço! Quando minha família mudou-se para canindé continuei fazendo a mesma coisa na escola tendo melhor receptividade das pessoas. Um dia assistindo o Jornal Hoje vi uma matéria sobre exposições de arte. Foi então que tive a ideia de fazer exposição com minhas comidas realizei em escolas praças e eventos culturais da cidade com o apoio de amigos, até que tomei conhecimento dos concursos gastronômicos do quiabo e da goiaba e decidi participar criei um brigadeiro de goiaba com recheio de umbu e mandacaru e o outro foi a lasanha de quiabo. Minha meta era ficar entre os três primeiros colocados já que estava competindo com restaurantes. Foi então que tive a surpresa vencendo os dois concurso.

CELEBRIDADE IN FOCO – Fale um pouco sobre gastronomia.

O conceito gastronômico Gastrotinga surgiu quando decide juntar todas as minhas idéias a respeito do bioma Caatinga, do povo sertanejo e da utilização de cactos na alimentação. Contudo, senti a necessidade de denominar isto. O nome Gastrotinga é a união das palavras: gastronomia, cultura e Caatinga, a cultura gastronômica do Bioma Caatinga.

 Expotinga? A expotinga foi idealizada por me ano passado com o intuito de dar visibilidade ao bioma Caatinga. Incentiva a preservação do mesmo atraves de um festival gastronômico. A primeira edição devera ser realizada entre o segundo semestre deste ano e o primeiro do próximo. Sera dividido da seguinte forma: aulas show com chefs, exposições na praça, trilhas na Caatinga com os chefs. Aulas: Serão convidados 10 chefs de vários estados onde a organização do evento dara um desafio a cada um deles. Terão que acrescenta um na receita que iram apresenta uma espécie de cactos que eu irei escolher e eles iram pessoalmente colher na Caatinga. Exposições na praça: será feita a exposição de receitas, artesanato, cordel, produtos típicos da Caatinga e um acervo de fotos de lampião do poeta Tinho Santana. A parte musical sera em homenagem a Luiz Gonzaga todos grupos que iram se apresenta cantaram músicas dele. O evento deverá ser realizado uma vez ao ano após a primeira edição. Aparte sera feito palestras sobre a cultura popular nordestina. Tudo isso girando em torno da Gastrotinga.

10003919_452936998193623_2062775034838025466_n 13252_455171804636809_3136705802564670651_n

CABOCLO VELHO NO CONGRESSO

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de março de 2015

Crônica Nº 1.381

Guilhotina (Foto: Wikipédia)

Guilhotina (Foto: Wikipédia)

O senhor Marinho Rodrigues, possuía armazém de secos e molhados, em Santana do Ipanema. Negociava no chamado prédio do meio da rua. Homem muito correto viera morar na cidade, depois de uma investida cangaceira em sua residência na zona rural. Foi o pai do primeiro médico formado por Santana, Clodolfo Rodrigues de Melo, a quem o grande hospital homenageia em seu título.

Seu Marinho despachava no balcão; passava troco, sempre reparando se havia alguma nota colada à outra, pelo tato e através da luz diurna, erguendo a nota, perscrutando-a.

José Malta, outro decente cidadão e contador de casos, boêmio nas horas vagas, comprou uma carteira de cigarros no armazém. Seu Marinho, que tinha o agradável hábito de tratar os homens como “caboclo velho”, falou: “Está aqui o seu troco, caboclo velho”. José Malta pegou algumas notas e, sem contar, coloco-as no bolso e saiu abrindo a carteira de cigarros. Lá adiante, porém, lembrou-se de contá-las: “Eita! Seu Marinho me deu dinheiro a mais, vou devolver o que passou”.

Ao retornar ao armazém, foi dizendo ao comerciante que o troco estava errado. Seu Marinho adiantou-se, não deixando o cliente continuar a conversa, afirmando com ênfase: “Aqui não se erra troco, caboclo velho”. Zé Malta rebateu: “Está certo, seu Marinho, muito obrigado”, e embolsou o que passava. Fato contado pelo próprio José Malta, aos seus amigos.

Lembrei-me da passagem acima, ao constatar que no Congresso, apesar da alta temperatura explosiva que se desenha, todos parecem ter conhecido Seu Marinho. No momento em que está para ser revelada a relação dos “santos”, alguns já perderam as estribeiras, exibindo o nervosismo da tacada no cocuruto que vem por aí rachando em baixo, a sola do sapato.

Lembra, compadre, aquele comediante que batia no bumbo e dizia: “É bonito isso!”?

Antes mesmo da explosão, tem muitos nobres se dizendo inocente.

Não afirmam a população que fizeram como Zé Malta, mas também asseguram que ali não se passa troco errado.

Enquanto isso, vem chegando a guilhotina, CABOCLO VELHO.