PARA ONDE FOI A INFÂNCIA?

Foto: esudroff / Pixabay

Aproveitando a abertura para o mês das crianças, senhores pais, mães, avós e avôs, senhores tios, madrinhas, professores, educadores e demais responsáveis, é para vocês que escrevo desta vez. Apesar da minha pouca idade, inicio refletindo que a infância que eu tive, já não existe mais. Então devo presumir que a infância de vocês também tenha sido completamente diferente, não só da infância atual, mas também da minha, que nem faz tanto tempo assim. E, sinceramente, olhando para a atualidade, eu já sinto lamentar muito pelas próximas gerações.

De acordo com a Lei 8.069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Art. 4º, “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária” a crianças e adolescentes, mas o que me parece, é que as crianças estão voltando a se tornar as miniaturas de adultos que o século XIII costumava construir.

Quando me refiro a esse retrocesso da infância, do qual volta a declinar à sua inexistência de séculos atrás, estou apontando que o processo de adultecer as crianças de hoje é algo que grita pela nossa atenção. As nossas crianças não estão menos vulneráveis, menos ingênuas ou menos inocentes só por que o mundo evoluiu a largos passos tecnológicos. Muito pelo contrário, a evolução também trouxe a exposição, e permitir que esses pequenos indivíduos fiquem expostos com tamanha normalidade, gera uma provável (e triste) ideia de extinção da infância.

As crianças de hoje não só portam um aparelho celular/smartphone, como também possuem redes sociais inapropriadas pra sua idade. Com isso, os padrões de moda lançados para adultos nas mídias online, passam também a serem padrão para as crianças que acreditam que a aquele perfil social lhes cabe. E como numa reação em cadeia, passam a fabricar miniaturas de roupas adultas sensuais, onde os pais não só permitem usar, mas ajudam na escolha da compra. E se não bastasse as vestes, o que falar das músicas e coreografias de linguajar e movimentos sensuais (para não dizer sexuais), que são ensinadas  com direito à aplausos aos nossos pequenos? 

A educação sozinha não consegue mediar conhecimento, a saúde sozinha não consegue conter o alto índice de gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis, a assistência social sozinha não consegue proteger proativamente, o conselho tutelar sozinho não consegue defender, se os pais, os responsáveis e a sociedade como um todo, não fizerem o seu principal papel de separar a infância da vida adulta, como cada fase deve ser. A educação primeira (leia-se familiar) será sempre a base para todas as outras portas que se abrirão na vida de um indivíduo. No entanto, com a falha desta, nenhuma outra consegue construir o alicerce que deixou de ser feito.

Acredito que a maioria de vocês, que agora refletem junto comigo enquanto lêem, se colocaram a lembrar de suas respectivas infâncias, e também tiveram a nostálgica vontade de voltar lá e brincar de pés descalços ao menos uma vez. Pois é, então vamos lembrar que, assim como todas as fases da vida, a infância não volta, ela simplesmente passa. Não deixe que as nossas crianças percam a magia do brincar, aprender e serem curiosas com seus inúmeros porquês. Não esperem que elas busquem suas respostas num vídeo do YouTube, ouçam-nas para respondê-las. Ser criança é tão mágico, que o poeta Fabrício Carpinejar teve uma feliz reflexão ao dizer que “Na infância, bastava sol lá fora, e o resto se resolvia”. Sejamos o sol dos nossos pequenos.

A primavera já chegou no meu sertão

Foto: Sérgio Campos / Cortesia

Nesta segunda-feira, 23 de setembro, a estação da primavera começa oficialmente no Brasil.

Este é o dia e horário do equinócio de primavera, momento em que o Sol cruza a Linha do Equador Celeste.

É o tempo em as flores mais mostram a sua beleza.

No nosso sertão não é diferente. Aqui a craibeira fica toda amarelinha, enquanto a jitirana começa a azular. São muitas as flores que embelezan a caatinga. A gente pode admirar o mandacaru florescendo.

Foi pensando nessa beleza que eu compus Primavera no Sertão, música que faz parte do projeto Canteiro da Cultura, que terá 12 músicas, onde cada uma será interpretada por um convidado. A nossa intenção é lançar este projeto, de cunho cultural, antes que a primavera se vá, no dia 22 de dezembro.

Esta canção será interpretada pelo cantor da cidade sertaneja de Carneiros, Orlando Nobre.

Primavera no Sertão Sérgio Soares de Campos – 11/2018

A primavera já chegou no meu sertão.
A craibeira cumeçou a fulorá.
Que coisa linda, muito bela a natureza.
A mão perfeita faz aqui faz acolá.

Refrão
Ai que coisa bela, o meu sertão do pé de mandacaru.
Do xiquexique, do imbu e cajueiro, 
do juazeiro, do pau ferro e mulungu.

A caatinga tá tão bela amarelinha.
A gitirana cumençou a azular.
A cajarana imponente de se ver. 
Tá enfeitada de velame e muçambê.

Refrão
Ai que coisa bela, o meu sertão do pé de mandacaru.
Do xiquexique, do imbu e cajueiro, 
do juazeiro, do pau ferro e mulungu.

A passarada faz a festa no anjico,
Na aroeira, barrigura, ouricuri.
De manhã cedo até o anoitecer,
O que se ver é muita vida por aqui.

Refrão
Ai que coisa bela, o meu sertão do pé de mandacaru.
Do xiquexique, do imbu e cajueiro, 
do juazeiro, do pau ferro e mulungu.

Por Sérgio Soares de Campos – colaboração

Usucapião fora da Justiça; saiba como proceder

Foto: Harry Strauss / Pixabay

A partir de hoje iniciaremos uma série de postagens referentes aos atos cartorários extrajudiciais. São medidas alternativas contrários aos litígios judiciais ou meios de soluções de conflitos que possibilitam resoluções administrativas ainda em cartório. 

Os atos extrajudiciais estão associados à noção de “desjudicialização”, ou seja, da possibilidade de resolver questões jurídicas fora do âmbito das ações judiciais. 

Como as mudanças implementadas a partir do Código de Processo Civil, ainda no ano de 2015, o cidadão teve o acesso facilitado aos direitos legalmente previstos. 

Dentre as principais vantagens dos atos extrajudiciais cartorários, estão a celeridade no procedimento e a resolução pacífica entre as partes, muito embora alguns deles necessitem da presença de advogado.

Vários são os atos administrativos possíveis em âmbito administrativo, no entanto, abordaremos sobre os principais e mais usuais, quais sejam: Separação, divórcio e extinção da união estável; Inventário administrativo e partilha; Ata notarial; Demarcação e divisões de terras particulares e Usucapião administrativo. 

Usucapião administrativo

O Usucapião administrativo é uma das modalidades de aquisição de propriedade. Esse tipo de procedimento ocorre em virtude de posse prolongada e ininterrupta de bem móvel ou imóvel, pelo prazo estabelecido legalmente.

O procedimento de usucapião poderá ser realizado pela via extrajudicial, no entanto, se houver impugnação, o procedimento deverá ser remetido ao Poder Judiciário. Ou seja, apenas será registrado o usucapião se não houver impugnação.

Como dito, seja judicial ou administrativo – no cartório – há a necessidade de constituir advogado. Por ser um procedimento mais célere e com um custo mais baixo, o procedimento de usucapião extrajudicial tem desafogado o judiciário consideravelmente, regularizando e valorizando o mercado imobiliário.

DIU: conheça um dos métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres

Ilustração de um DIU já aplicado (Foto: Reprodução)

O DIU é o segundo método contraceptivo mais usado entre as mulheres, ficando abaixo apenas da laqueadura (método definitivo), porém, fica em primeiro lugar na categoria dos métodos reversíveis, sendo mais utilizado do que os contraceptivos orais, as famosas “pílulas”.

O DIU é um método contraceptivo inserido no útero da mulher após avaliação, e exclusão de possível gravidez, o mesmo é uma haste com formato semelhante ao T. Atualmente, temos duas opções: o DIU de cobre, (não hormonal), e o DIU de Mirena, (hormonal). Ambos são eficazes e efetivos com relação a impedir a gestação.

Seus mecanismos de ação são semelhantes, o DIU de cobre, à medida que vai liberando seus íons torna o útero um local hostil para os espermatozoides, atua como um espermicida o que impede que o espermatozoide fecunde o óvulo, o mesmo pode ficar até 10 anos sendo uma ótima opção para as mulheres que desejam contracepção reversível, de alta eficácia, longa duração, livre de hormônios, e é disponibilizado pelo SUS.

Já o DIU de Mirena, libera no útero um hormônio chamado levonorgestrel, aumentando a espessura do muco cervical, assim, dificultando o trajeto do espermatozoide até o encontro com o óvulo, e está indicado permanecer por no máximo 5 anos.

Ambos dispositivos têm efeitos colaterais semelhantes e que duram geralmente nos primeiros meses de adaptação, são contra indicados em caso de suspeita de gravidez. O DIU de Mirena tem um maior custo em relação ao de cobre, que é, e deve ser disponibilizado pelo SUS como método, e parte do programa de planejamento familiar. 

Mas surge a dúvida, se é eficaz por que existem algumas mulheres que engravidam usando esse método? Vamos desmistificar isso. Primeiro: nenhum método contraceptivo é 100% seguro. Segundo: o DIU deve ser inserido por profissional habilitado e capacitado, podendo ser médico ou enfermeiro após toda avaliação clínica, após sua inserção é aconselhável que dentro dos primeiros meses seja feita avaliação para confirmação do posicionamento do mesmo dentro do útero, além de seguir todas as recomendações passadas pelo profissional de saúde, que o introduziu.

Hoje, o DIU de cobre, tem um percentual de falha em média de 0,4% (4 mulheres a cada 1000) que utilizam, e o DIU de Mirena, 0,2% (2 mulheres a cada 1000 ) que utilizam. Portanto, fica claro que o percentual de ineficácia dos dois tipos é baixíssimo, o que transforma hoje, o DIU, um dos métodos mais seguros e mais utilizados, lembrando que o dispositivo impede apenas a gravidez e não o risco de IST (infecções sexualmente transmissíveis), sendo aconselhado a associação com preservativo.

Veja abaixo um vídeo que mostra a simulação de aplicação de um DIU.

Uma Venezuela pra chamar de minha

Foto: Ilustração

O país vizinho sofre há um certo tempo por problemas econômico, social e político a um nível que se pode declarar calamidade pública e humanitária. O Fundo Monetário Internacional – FMI, por exemplo, estima que ainda neste ano a inflação da Venezuela atinja surreais 10.000.000% (10 milhões por cento!).

Podemos considerar que a situação caótica do país tenha explodido com o Caracaço, que foi um movimento de manifestações na capital Caracas cujo o objetivo era repudiar as medidas econômicas declaradas pelo então presidente Carlos Andrés Pérez. O Caracaço ocorreu em fevereiro de 1989.

Em resposta ao Caracaço, o governo colocou tropas nas ruas contra os manifestantes, o que resultou em mais de 70 mortos e mais fúria da população. Uma das lideranças da manifestação era um tenente-coronel do exército venezuelano, chamado Hugo Chávez.

Hugo Chávez, após alguns anos, prisão e tentativas de golpes de estado, tentou chegar ao poder de forma mais convencional: formando alianças com a oposição, eleito em 1999. Começava então o chavismo.

Mas, quando a Venezuela se tornou a tão famosa “comunista”? Após uma série de medidas autoritárias, como a Lei Habilitante, o Hugo Chávez começou a governar tomando decisões por decretos e assim, distribuiu terras, estatizou reservas de petróleo e nacionalizou setores como cimento e aço. A partir daí, a oposição começou a chamá-lo de ditador.

Situação que foi cada vez mais se confirmando pelas atitudes e medidas tomadas por ele. Se tornou de fato uma ditadura chavista na Venezuela. Uma atitude marcante foi o aumento do número de juízes na suprema côrte, para que, mesmo indiretamente, ele controlasse também o poder judiciário.

Chaves se aproveitou de um momento de inflamação e revolta popular contra os governantes para se enraizar no poder. Essas revoltas sempre precisam de uma figura para guiá-las e orientá-las, ocorre em várias debandadas sociais na história da humanidade. E consequentemente, essas lideranças se apropriam do poder.

É a estratégia do “nós contra eles”, que usa de mentiras, enganação e torna o ambiente político polarizado com os nervos à flor da pele. Os líderes políticos se aproveitam da massa de manobra e estendem seus mandatos por anos e anos, mesmo que isso custe a dignidade de muitos cidadãos.

Essa polarização está sendo evidenciada em nosso País também, onde algumas lideranças surgiram se aproveitando da revolta da população. Porém, o perigo aqui é isso estar associado ao discurso de ódio, intolerâncias e o desmerecimento de pastas como educação, meio ambiente e cultura. Pastas tais que já sofriam com uma lenta evolução.

O fato que diminui um pouco a preocupação com esse cenário é que uma onda de arrependimento tem tomado vários cidadãos que, infelizmente foram enganados com a perspectiva de uma mudança revolucionária. Mas não tem problema se arrepender e reconhecer o erro. Só não pode repeti-lo, tá ok?

SETEMBRO AMARELO: Você sabe como surgiu?

Foto: Divulgação

No Brasil, foi criada a campanha Setembro Amarelo com o objetivo de intensificar as ações de prevenção ao suicídio, que atualmente é considerado um problema de saúde pública.   

O termo é utilizado porque é celebrado no dia 10 de setembro de cada ano, o dia mundial de conscientização a prevenção ao suicídio. Durante do o mês a campanha ganha destaque midiático, intensificando ações mundiais para evitar que mais pessoas tirem a própria vida, com diversas atividades em todo o mundo desde 2003.

O ministério da Saúde (MS), juntamente com a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (AIPS), colaboram com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Mundial para Saúde Mental (FMSM), em ações articuladas que mobilizam cerca de 40 países e realizam eventos de sensibilização para fortalecer a ocasião. 

Segunda a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que no mundo por ano mais de UM MILHÃO de pessoas morram por suicídio, sendo contabilizado o maior número entre pessoas com idades entre 15 e 29 anos, com isso, se torna a quarta causa de mortes entre homens e a oitava causa entre mulheres.

De acordo com Ministério da Saúde (MS), no Brasil esse número tem crescido nos últimos anos, principalmente entre os jovens, haja vista as estatísticas mostram que pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio. O objetivo da campanha é levar informações a toda população, e só assim será possível reverter essa estatística negativa.

O maior número de tentativas está entre as mulheres, muito embora os homens morram em maior número, isso é devido aos indivíduos do sexo masculino utilizarem métodos mais violentos que raramente falham. 

A campanha Setembro Amarelo é projetada para desconstruir o preconceito sobre as causas do suicídio. A falta de conhecimento sobre o assunto é o principal obstáculo que dificulta a prevenção. 

Segundo o Ministério da Saúde (MS) 90% dos casos de suicídio estão relacionados com alguma doença mental, então quanto maior o nível de conhecimento sobre a temática, mais fácil de prevenir o problema.

Quando um indivíduo pensa ou tenta suicídio, mas é acolhido e direcionado pelo profissional capacitado, raramente ele volta a tentar, o índice de desistência é de 90% desde que tratado. Ou seja, quando esse indivíduo não é cuidado ele tem uma grande chance de cometer suicídio a qualquer momento. 

Segue algumas dicas de como agir diante de alguém com ideação suicida:

Mantenha-se calmo e receptivo, disposto a ouvir alguém precisa desabafar;

Não julgue nem critique o que ele disser, pois você não sabe o quanto ele sofre;

Diga que está com ele e vai ajudá-lo.

Estimule o indivíduo a falar sobre como tentou, a quanto tempo se sente assim, quem sabe das tentativas, são perguntas que o farão explicar o nível de perigo que ele se encontra;

Mesmo que ele se negue no momento, tente levá-lo a um serviço de saúde mental; 

Não o abandone, não o deixe desistir da vida;

Falar sobre suicídio com quem pensa em tirar a própria vida é melhor maneira de amenizar o sofrimento mental que ele sente, tudo que precisa nesse momento é ser ouvido e valorizado.

Crianças com microcefalia ligada ao zika agora tem direito a pensão vitalícia

Cerimônia em que o presidente assina a MP (Foto: Marcos Correa / PR)

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (4) uma Medida Provisória (MP) que institui a pensão especial vitalícia para crianças com microcefalia decorrente do vírus Zika, nascidas entre 2015 e 2018. O valor é de um salário mínimo.

Atualmente, há a possibilidade de crianças com microcefalia receberem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), no entanto, a cada dois anos precisa ser renovado para seguir sendo atendido.

Além disso, o benefício é limitado a famílias que recebam rendimentos de até 1/4 de salário mínimo por integrante familiar. Com a Medida Provisória, o pagamento passa a ser permanente e sem limite de renda familiar.

As famílias que se enquadrem nessa situação, deverão requerer a pensão especial no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Elas, porém, deverão abrir mão do BPC.

Por se tratar de Medida Provisória, o direito de requerer entra em vigor imediatamente, porém, precisa ser votada em até 120 dias pelo Congresso para não perder sua eficácia.

O que é a microcefalia?

A microcefalia é uma condição neurológica rara que se caracteriza por anormalidades no crescimento do cérebro dentro da caixa craniana (crânio reduzido). Algumas crianças que possuem microcefalia, tem apresentado sérios problemas de desenvolvimento, o que leva, dependendo do grau de sua condição, um déficit intelectual, atraso nas funções motoras e de fala, epilepsia, dificuldades de coordenação e equilíbrio, ainda alterações neurológicas que causam incapacidade, na maioria das vezes, absoluta.

Em caso de dúvidas, procure um advogado de sua confiança.

Sarampo: Quais cuidados preciso ter!

Vacinação é o melhor método de se prevenir contra o sarampo (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Em nosso estado não havia nenhum caso de sarampo desde o ano 2000, ou seja, Alagoas conseguiu ficar 19 anos sem nenhum caso de sarampo, o que acabou mudando recentemente com a confirmação de uma pessoa infectada na cidade de Arapiraca, fazendo – se necessário a população ter conhecimento sobre a doença.

Logo, sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à morte. Sua transmissão ocorre quando a pessoa doente: tosse, fala, espirra, e respira próximo, pois o vírus é transmitido pelas gotículas que saem quando se fala e respira ou qualquer outra forma de contato com fluidos do nariz e boca de uma pessoa infectada.

É altamente contagiosa, onde 90% das pessoas que não possuem imunidade são contaminadas caso compartilhem o mesmo ambiente com uma pessoa doente. É importante também que a população saiba quais sinais e sintomas são característicos da doença para em caso de suspeita procurar logo ajuda médica.

Alguns sinais e sintomas da doença:

-Febre acompanhada de tosse;

-Irritação nos olhos;

-Nariz escorrendo ou entupido;

-Mal-estar intenso

-Podendo também aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo.

O sarampo além de altamente contagioso não possui tratamento especifico e a medida de prevenção é através da vacinação, então vamos resgatar os cartões de vacina e levar ao posto de saúde perto da nossa casa para verificar se há necessidade de tomar ou não a vacina e nos prevenirmos. Segue um esquema de vacinação abaixo: 

Segue esquema:

– Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e a outra aos 15 meses de idade (tetra viral);

– Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a vacina anteriormente devem receber duas doses da tríplice viral;

– Pessoas de 10 a 29 anos – duas doses da tríplice viral;

– Pessoas de 30 a 49 anos – uma dose da tríplice viral; 

Hospital de Santana realiza seminário de enfrentamento à violência contra mulher

Foto: Assessoria / HRSI

O 1º Seminário de Enfrentamento à Violência Contra Mulher, realizado na última quarta-feira (28) na Câmara Municipal de Vereadores de Santana do Ipanema trouxe um momento de reflexão, enriquecedor e muito proveitoso para toda a comunidade sertaneja.

Promovido pelo Hospital Regional de Santana do Ipanema (HRSI), unidade gerida pelo Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde), o evento reuniu profissionais da saúde, da assistência social, estudantes e representantes de outros segmentos da sociedade em geral dos diversos municípios da região.

Além do imenso público, entre as autoridades marcaram presenças a secretária de Governo, Dra. Renilde Bulhões, a vereadora Maria Audilene, a coordenadora da Atenção Básica, Sibele Arroxelas, o coordenador do CREAS Thiago França e a diretora-geral do HRSI, Lúcia de Fátima Queiroz.

Veja abaixo uma galeria de fotos do evento:

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Por Assessoria / HRSI

NÃO SEJA UM GATILHO

Foto: Gerd Altmann / Pixabay

Em uma pesquisa rápida é possível constatar dados alarmantes quanto aos índices de depressão, e de suicídio decorrente da mesma. De acordo com os dados da Organização PanAmericana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualizados em 2018, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, além de cerca de 800 mil pessoas morrerem por suicídio todos os anos. Segundo este levantamento, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos.

Diante disso, muito se fala na doença do século, no mal da nova Era, mas, de maneira geral, pouco se faz. É claro que existem políticas públicas que buscam prevenir e tratar, podendo ser citado aqui, o programa de saúde mental da própria OMS, “que fornece aos países orientação técnica baseada em evidências para ampliar a prestação de serviços e cuidados para transtornos mentais e de uso de substâncias” (OPAS). Em seu plano de ação de Saúde Mental de 2013-2020, seus membros buscam e têm por objetivo, reduzir as taxas de suicídio nos países em pelo menos 10%. Mas, quando eu coloco aqui que pouco se faz, me refiro, principalmente, às nossas atitudes corriqueiras, das quais praticamos espontaneamente, às vezes (na maioria delas), sem perceber.

Fui pega de surpresa esses dias quando abri um aplicativo de mensagens, e em alguns grupos, diferentes pessoas haviam encaminhado a mesma mensagem, com os seguintes dizeres:

“Depressão = excesso de passado

Ansiedade = excesso de futuro

Estresse = excesso de presente

– Se livre dos excessos.”

Após observar que a quantidade de pessoas que compartilhavam da mesma ideia só crescia, me coloquei a questionar se as coisas haviam chegado a tal ponto por que as pessoas andam com “excesso” de falta de empatia e falta de informação. Muito se julga, pouco se busca saber. Com isso, a cada julgamento, a cada dedo apontado por meio do nosso pré conceito sobre outrem, nos tornamos os principais culpados. Nós somos as pedras que existem sob a ponte, somos a corda, a imensidão após o penhasco, a navalha que autolesiona e automutila. Somos o gatilho.

É muito mais fácil menosprezar um problema quando este não é um peso nosso. Assim, nós reproduzimos atitudes das quais fazem com que as pessoas que já compõe uma lacuna de pré-disposição ao suicídio sejam impulsionadas a plantar essa semente em seus subconscientes. E nós, somos a irrigação à umidificá-las dia após dia.

Quando menos esperamos, uma notícia é compartilhada: “alguém tirou a própria vida”. Parte das pessoas que a conhecia lamenta, parte procura culpados, enquanto outros se culpam, e parte simplesmente ora se questiona, ora julga. E agora, já não se pode tentar ajudar, tentar ouvir, tentar compreender. Estivemos ocupados demais com prioridades de nossas vidas, que  na maior parte do tempo, diz respeito ao nosso ego inflado, seja ele um componente da nossa vida real, ou da vida virtual (perfeita) que fazemos as outras pessoas idealizarem.

Imagine se os seres que compõe a sociedade fossem um tanto mais humanos, a demasiada quantidade de caos que poderia ser evitada. E não só relacionado a depressão, ansiedade, suicídio ou todos os fatores que os envolvem, mas sobre todo o universo de coisas que nos fazem, de fato, humanos. Ora, somos a “raça superior”, os racionais e evoluídos.

Superior? Até que ponto?

Todos os meus estudos à cerca das ciências sociais, questionamentos filosóficos e estudos biológicos quanto à evolução humana, chegam diante dos meus olhos e caem por terra, ao perceber que o egoísmo humano pesa muito mais que uma outra vida. Ainda assim, prefiro acreditar que a alucinação de Belchior era uma previsão para um bem que ainda está por vir logo adiante, onde todos despertem para a ideia de que “amar e mudar as coisas me interessa
mais”.

Que nós sejamos tão evoluídos ao ponto de parar de reproduzir situações gatilho. Alcancemos o mais alto nível de capacidade de inteligência humana, e usemo-los da forma mais, de fato, humana que consigamos ser: altruístas.