Este ano a Igreja Matriz de Senhora Santa Ana (Santana) assinala 228 anos de fundação, continuando a ser ainda o mais importante cartão postal da cidade de Santana do Ipanema, sertão de Alagoas.
Não é somente a Igreja que aniversaria, mas também todo o município, cuja cidade nasceu junto à construção do templo católico.
Há 228 anos chegou a nossa região, o santo, milagreiro e visionário, padre Francisco José Correia de Albuquerque, conhecido como Santo padre Francisco. Naquele longínquo ano de 1787, ficou o santo padre hospedado na casa do fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia, que chegara em 1771, após adquirir uma sesmaria, cuja sede passou a ser a sua fazenda. Francisco trouxe na bagagem uma imagem de São Joaquim e outra de Santa Ana, diretamente da Bahia, a pedido da esposa de Martinho, Ana Teresa. Ainda a pedido da primeira devota da santa nessa região, o padre fez erguer uma capela nas terras do fazendeiro, contando bastante com sua ajuda.
Erguida a capela, Francisco dourou o altar e esculpiu em madeira a imagem do Cristo Crucificado. Terminado o serviço, o padre colocou no altar as imagens de São Joaquim, Senhora Santana e o Cristo por ele confeccionado. A capela foi inaugurada em 1787, mesmo ano em que o sacerdote chegara ao lugar. Daí em diante, o arraial de mamelucos formado entre 1771 e 1787, passou a ser chamado de SANT’ANNA DA RIBEIRA DO PANEMA.
A capela fundada pelo padre Francisco Correia, recebeu sua primeira reforma em 1900, através do pároco de Santana, Capitulino de Carvalho, natural de Piaçabuçu (AL). Sua segunda grande reforma teve início em 1947, quando estava à frente dos seus trabalhos o cônego José Bulhões, natural do povoado sanfranciscano de Entremontes (AL).
Vai ter início a grande festa de Senhora Santana, a maior festa religiosa do interior de Alagoas, em cima dos seus 228 anos.
* baseado no livro: “O boi, a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema. Foto do livro inédito: “228”.
Igreja N. S. dos Prazeres, erguida em 1624 (Foto: Clerisvaldo / 2014)
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de julho de 2015
Crônica nº 1.450
Muito me alegrou a notícia de que uma filha do povoado Barra do Ipanema, iniciou um trabalho para tombamento da igreja do alto do morro-ilha de Nossa Senhora dos Prazeres, no rio São Francisco. O morro está diante da foz do rio Ipanema, o mais importante rio periódico de Alagoas e afluente do Velho Chico. É ali naquele povoado do município de Belo Monte que se destaca no cimo do morro, a igreja erguida em 1624. Domina o cenário paradisíaco da região, a igreja em que o padre Francisco José Correia de Albuquerque, um dos fundadores de Santana do Ipanema, pregava suas missões.
A senhora Girlene Monteiro, ausente da sua terra, agora pretende resgatar a história e a cultura do seu povo, quando assim procedeu trazendo de volta o esquecido padroeiro São João, para uma noite memorável de autoestima e magnífica festividade no povoado Barra do Ipanema.
Pesquisando incessantemente sobre a origem da igreja do morro, leu o livro “Ipanema, um rio macho” e procurou descobrir o autor até encontrá-lo através de celular. Tudo indica estar se formando uma parceria em prol de um resgate cultural, histórico, geográfico, sociológico e econômico do lugar que apaixonou o autor do livro.
Estamos trocando informações que por certo serão de grande valia para os destinos, não só da igrejinha de Nossa Senhora dos Prazeres (estive lá cerca de cinco vezes) como para o povoado num todo. O potencial turístico continua firme na região, aguardando a sua vez desde a construção da igreja, em 1624.
Além das pessoas que estão ao lado da senhora Girlene, inclusive um pároco da região, convidei o escritor Marcello Fausto (elaborando o seu livro: (“Lucena, o coronel proibido”) para fazermos outra visita à Barra, desta vez com os mesmos objetivos culturais, tendo o professor de História aceito no ato. Quem sabe, mais tarde poderemos convidar outros profissionais interessados em colaborar com projetos importantes para ajudar Girlene Monteiro a tombar a igreja, fundar biblioteca, museu e um centro local para desenvolver as potencialidades que a Natureza oferece.
Barra do Ipanema, um paraíso perdido em Alagoas. Recentemente a TV Gazeta, ganhou um prêmio pela reportagem que fizemos juntos sobre o rio Ipanema em Alagoas, inclusive com cenas no povoado Barra do Ipanema.
Tudo o que Deus pôs no mundo estava bem ali na frente. O entardecer vinha, com a sua mania de arremedar o dia primordial. Um céu meio trevas, meio luz. O lado obscuro, borrado de farinha de estrela. O lado coral de tangerina, sangrado de dor mortalmente ferido morria, não sem incendiar a parte finita do infinito. O almofadado azul cândido de ruge e chamas não tinha mais nada pra dizer, além do que já havia dito. A estrada, as fachadas das casas magnificamente se amando, e se odiando na mesma proporção e intensidade.Tudo costurado de angústias, delírios, calafrios e neon. O menino que ia caminhando pela calçada da praça da vila parecia visivelmente perturbado. Talvez não acreditasse que ao fim do dia pudesse recuperar a paz interior. A grande estrela inflamada, como uma imensa lágrima incandescente, calma e lentamente ia caindo. Pra detrás da montanha de esconder esperanças, frustações e o rabo dos dias. Tudo havia sido terrivelmente rápido, incrivelmente aterrador. E era tudo tão sobrenatural. Estava-se, pelo menos, a uns três trilhões de anos-luz distante do que se podia considerar real.
TagorFashall, mil vezes por segundo, rememorava o que acabara de suceder. A cada vez que lembrava um novo detalhe se destacava. O por do sol, as crianças brincando no parque, nada daquilo cabia na sua cabeça. No momento sua mente totalmente se ocupava com o que acabara de suceder na casa de Dário. Aquele gato enorme, agigantado diante de si, ainda mais ao pegá-lo em flagrante. Seus imensos olhos acusadores lhe encarando, teve que agir, e agiu. Com a astúcia de uma cobra, cuidadosamente colocou o medalhão no chão. E como um lince partiu no encalço do felino que acabara de se tornar seu alvo e sua presa. O ódio, só ele é capaz de dotar um animal ameaçado, de qualquer espécie, de poderes estupendos. E aquele menino teve agilidade, astúcia e força nunca antes experimentada, pra alcançarnum salto descomunal o pobre e indefeso bichano. Assim que o teve entre as mãos torceu-lhe o pescoço. O estalo de vértebras se rompendo daria ainda pra se ouvir um pequeno grunhido e só, estava morto. Teve ainda sangue frio suficiente para pendurá-lo pela coleira, num galho dum pé de manga próximo ao muro que havia no fundo do quintal. Para dar ideia de que o infeliz tivesse acidentalmente se enforcado.
Os homens-répteis do espaço ainda não haviam conseguido o seu intento, de angariar todo ouro do subsolo da ilha, e que pretendiam levar pro seu planeta Urano. Resolveram então preencher o tempo fazendo um estudo aprofundado de como era a vida na terra. De modo particular na ilha. Começaram a catalogar os seres vivos ali existentes. Mais de mil espécies de pássaros foram registrados. Os tentilhões eram maioria. Cada um com suas características e particularidades: bico, plumagem, tipo de alimentação, reprodução. Acabaram descobrindo alguns que não eram da ilha, mas que migravam de muito longe até ali somente para se reproduzirem. Como a ilha possuía muitos rochedos nas encostas, os extraterrestres se divertiam com suas armas fantásticas produzindo esculturas gigantes de suas próprias cabeças. E os totens colossais na pedra lapidados eram levitados e colocados enfileirados na encosta da praia, como guardiões da ilha olhando pro alto mar. Os nativos reverenciavam um deus chamado de Tangata Manu que na língua local quer dizer “homem-pássaro”. Rezava uma lenda que num ano muito distante, houve uma grande erupção vulcânica do temido vulcão RanuKau. Uma profetiza por nome de Moto Nui, no mês de setembro daquele ano, foi até a praia, fazer orações para pedir aos deuses que se apiedasse do seu povo, e parasse de vomitar fogo sobre suas plantações, que providenciasse peixes pras armadilhas dos pescadores. E eis que naquele instante no céu apareceu um homem dotado de asas seguido de uma nuvem de pássaros. A um sinal do homem-pássaro as aves puseram centenas de ovos numa ilhota próxima, e foram embora. Isso foi a redenção dos nativos, tiveram muitos dias de alimento nutritivo com fartura. Desde então todos os anos os pássaros vinhama ilhota que passou a se chamar de Moto Nui.O chefe Zulu criou a festa do Tangata Manu que passaria a acontecer todo ano, no mês de setembro que culminava com uma competição. Sempre no início da primavera quando as andorinhas do mar vinham depositar seus ovos na ilhota de Moto Nui e voavam de volta para o continente. A competição era marcada por uma grande festa que tinha início na Vila Orongo, que ficava na beira da cratera do vulcão RanoKau. Cada clã selecionava um representante, um bravo guerreiro, que devia nadar até a ilhota de Moto Nui distando da ilha cerca de mil pés náuticos. Deviam encontrar e capturar um ovo de Andorinha do mar, nadar de volta, pelo lado sul da ilha,escalar o penhasco, e retornar a aldeia. O primeiro que chegasse trazendoum ovo de Andorinha do mar e o entregasse intacto ao rei Zulu, seria então nomeado “Tangata Manu”. Comdireito a escolher uma virgem pra se casar. E passaria a chefiar os guerreiros da tribo por um ano, até que houvesse a próxima competição. O vencedor recebia as graças e bênçãos de Iva-Atua a profetisa.
A briga do Tiranossauro rex e oCoendouprehensilis abalouas estruturas da caverna. Estrondos horrorosos davam pra se ouvir a quilômetros de distância. Pra piorar a situação, o míssil com a inscrição FASHALL, estava na iminência de explodir, caso as paredes do portal que ruíam caísse sobre ele. Tudo era possível naquele momento. Os amotinados se mobilizaram para colocar o artefato bélico longe do perigo. Tarefa nada fácil, pois mal conseguiam se firmarem em pé. Afinal dois seres ferozes travando uma luta mortal fazia toda a ilha tremer. E os tremores sacolejavam tudo, de um lado para o outro. TagorFashall e Antonieta chegaram ao portal. Marcos e Derick do alto de uma elevação observavam os acontecimentos.
Antonieta abriu o “Livro do Reinado de Azeroth” na página 364 continha as instruções de como montar um míssil, e nas páginas seguintes como desmontar. Incrível como um livro milenar contivesse instruções de como fazer e um foguete de guerra tão recentemente criado. Os escritos estavam em aramaico.Além do que se utilizava de vasta simbologia dando margem a interpretações dúbias.Faltava ainda esclarecer informações como o que era ou quem era o menino-gato? E quem seria o homem-pássaro? Seguindo as instruções do livro TagorFashall conseguiu decifrar parte do texto o que o levaria a esta conclusão:“Este é um míssil do tipo exocet, versão MM40 block I; Alcance 70km de distância, a uma velocidade de 1.100 km/h; possui ogiva a base de nêutons de 365 megatons de potência, pesando 165 kg só a ogiva; seu peso total é de 855kg; Comprimento 5,8m; Diâmetro: 0,35m; O sistema de guiamento e radar ativo.”
Pondo uma das mãos sobre o artefato TagorFashal fechou os olhos, e teve uma visão de como aquele míssil fora parar na ilha. Exatamente no dia 17 de maio de 1987, durante a guerra entre o Irã e o Iraque. O exército iraquiano no início do conflito em 1984, lançava mísseis de helicópteros modelo SuperFrelon. Tempos depois, do exército francês, arrendou cinco SuperÉtendard muito mais velozes e eficazes, com maior capacidade de ataque. Aquele fora um dos 1.350 mísseis lançados naquela guerra. Exatamente um dos que fora disparado contra a fragata USS Stark da Marinha dos Estados Unidos. Por um problema no sistema de acionamento não detonou. Não até aquele exato momento.
Fabio Campos 23 de junho de 2015 (Continua…)
Aviso do Autor: Daremos uma pausa nesta Saga TagorFashall (5ª Parte) voltaremos com a brevidade oportuna.
Com as exibições de documentários cada vez mais frequentes na televisão, sobre Natureza, vem ao nosso crânio o rio Amazonas. Ligados ao maior conjunto de serras da América do Sul, inúmeros grandes rios da Amazônia tinham o Oceano Pacífico e o Caribe como vertentes, antes da Cordilheira dos Andes. Formada há milhões de ano, a Cordilheira, ao se erguer, bloqueou o escoamento das águas para o Pacífico. Os grandes rios, não encontrando saída, formaram ali o maior lago do planeta. Somente muito tempo depois, com as diversas transformações geológicas, o Criador permitiu que o imenso lago arranjasse uma saída pelo lado oposto do que era antes. As águas, ao invés de seguirem para o oeste (Pacífico), escorreram para leste (Oceano Atlântico), beneficiando o que seria no futuro o consolidado território brasileiro.
Descem da Cordilheira inúmeros rios, entre ele o Amazonas. O rio Amazonas vai descendo no Brasil em média 2 centímetros a cada 1 quilômetro, sendo sempre empurrado pelas águas que vêm de trás.
Após a descida da Cordilheira andina, o amazonas é reforçado com 1.100 afluentes e forma uma massa líquida jamais vista na terra.
Entre os seus afluentes está o rio Negro, considerado o quarto rio do mundo. Esse afluente do Amazonas, nas imediações de Manaus, capital do estado do Amazonas, chega ao incrível 100 metros de profundidade. Mesmo assim, para a pujança do rio Amazonas, há em torno de 20 rios que beiram o tamanho do rio Negro como afluentes do principal.
Foi graças aos trabalhos artísticos do Arquiteto do Mundo que o Brasil tem na cabeça a maior rede hidrográfica do planeta. Mesmo assim os grandes cataclismos continuam modificando a paisagem em várias partes do globo como terremotos, maremotos e as ações vulcânicas. Nesse trabalho da natureza, desaparecem terras e surgem outras numa dinâmica real diante da impotência humana.
Enquanto isso, vamos estudando e tentando sobreviver às grandes e insistentes transformações.
Entre tantas e tantas belezas sertanejas cantadas e decantadas pelos seus amantes, sem dúvida alguma, figura a coroa-de-frade. Planta, cujo nome científico é Melocactus bahiensis, representa um cacto do bioma caatinga que aprecia exibir-se em frestas de lajeiros. Chama atenção pela sua beleza exótica de forma arredondada com espinhos finos e grossos e altura modesta de até 12 centímetros. O cefálio (espécie de coroa bem rosada ou vermelha) é o que mais atrai os passantes e que parece sentar sobre a cabeça calva de um frade franciscano.
A coroa-de-frade é muito apreciada pela sua beleza, mas também utilizada para outros fins além da simples contemplação. Há quem use a planta para tratar dos rins e dos intestinos através de chás. Mesmo sendo rara, criadores a transformam em alimento para animais domésticos devido a sua reserva de proteínas e água. Pessoas mais experientes do bioma caatinga procuram transformar a espécie em bolos, doces e biscoitos.
Tem gente que usa o Melocactus na entrada do jardim de casa como planta ornamental, mas também contra demandas que, segundo a crença, se engancham em seus espinhos não conseguindo penetrar na residência.
Seu fruto é rosa e aparenta uma amêndoa. Em alguns lugares também é chamada cabeça-de-frade, é originária da América do Sul e gosta bastante do clima semiárido. Seu doce é apreciado em Sergipe, no sertão do Rio São Francisco, feito com água, açúcar, canela em pó e cravo. Suas flores surgem na coroa e são bastante procuradas pelas abelhas.
Como a coroa-de-frade, arrebatada para diversos fins, continua a caatinga sendo devastada, basta dá uma olhada nos quintais das padarias do interior.
Homem é bicho destruidor. O maior predador de si mesmo.
FAÇO MINHA AS PALAVRAS DA TRIBUNA DE ALAGOAS, SITE, COM O TÍTULO: “DILMA CHAMOU GOLPISTAS PARA BRIGA. VÃO ENCARAR”. 8.7.2015.
Eis na íntegra com título nosso da crônica
A entrevista da presidente Dilma Rousseff aos jornalistas Maria Cristina Frias, Valdo Cruz e Natuza Nery, da Folha de S. Paulo, teve um grande mérito: usou a palavra correta para denunciar o movimento antidemocrático que vem sendo liderado por determinada ala da oposição.
Ao ser questionada sobre se terminará ou não o mandato, Dilma foi direto ao ponto e disse que isso representa apenas o desejo de uma certa oposição “golpista”.
O acerto só não foi completo porque Dilma evitou citar os nomes dos principais generais do golpe, que são Aécio Neves (PSDB-MG), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Agripino Maia (DEM-RN) e Roberto Freire (PPS-SP), que ainda contam com o apoio discreto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Confundiram seus desejos com a realidade”, disse Dilma. No último fim de semana, em entrevista ao Globo, Aécio falou abertamente em abreviar o mandato de Dilma, depois de usar como porta-voz seus mais fiéis aliados, que são Sampaio e Cunha Lima. No PPS, Freire afirmou que as “forças democráticas” resgatariam o País, ao justificar seu golpe. No DEM, a indignação parte de personagens como Ronaldo Caiado, acusado de caixa dois por Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira, assim como Agripino Maia, investigado por receber propina de R$ 1,1 milhão.
A todos esses, Dilma lançou um desafio no terreno da ética, quando foi questionada pela Folha sobre eventuais ataques à sua biografia. “Vão reescrever? Vão provar que algum dia peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles provar. Todo mundo neste país sabe que não. Quando eles corrompem, eles sabem que é corrompido”.
Na entrevista, Dilma fez jus ao aposto “coração valente” e sinalizou que está pronta para a briga. “Eu não quis me suicidar na hora que eles estavam querendo me matar”, fazendo uma referência ao tempo em que foi presa política durante a ditadura militar. “A troco de quê eu iria me suicidar agora?”
Dilma também apontou as fragilidades da tropa golpista. “Não acho que toda oposição seja assim”, afirmou. Governadores tucanos, como Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, pretendem seguir o relógio da democracia, que prevê eleições apenas em 2018. Governadores aliados, como Flávio Dino, do Maranhão, já começaram a se manifestar em defesa da presidente.
Ao longo desta terça-feira, a fala de Dilma repercutirá e será respondida pelos artífices do golpe, que, cada vez mais, terão que explicitar seus movimentos à luz do dia.
Para iniciar, Lucas, apresente-se e conte-nos um pouco sobre sua escolha pelo Jornalismo.
Bom, sou um santanense que adora sua terrinha, mas tive que sair dela pra buscar minha realização profissional. Atualmente estou cursando o 5º período de jornalismo em Maceió, me aperfeiçoando cada vez mais em todas as áreas da comunicação. Posso afirmar que o interesse pelo jornalismo veio a partir da criação do site e pelo gosto de escrever. Conhecer e contar histórias é algo fascinante. Me considero uma pessoa “louca” por conhecimento e informação, vendo no jornalismo a melhor forma de alcançar isso.
Como surgiu a ideia de criar o site Alagoas na Net?
Sinceramente, o Alagoas na Net não foi uma ideia minha. Posso dizer que fui gostando e o adotei definitivamente. Meu pai foi o criador inicial da proposta, junto com outros companheiros. Eu acabei entrando de “penetra” e tomei gosto pela coisa. Até hoje ele continua me guiando, e sempre orientando no conteúdo e debates a serem abordados pelo site. O portal também é composto de colaboradores que ajudam nos conteúdo, como você por exemplo. Ah… e quase esquecendo, a ideia do veículo foi e ainda é de levar um conteúdo de qualidade para os santanenses, sertanejos, alagoanos e qualquer outro que se interesse pelos assuntos da região.
O seu “Editorial de Domingo” tem sido bem polêmico, como jornalista você se considera um formador de opinião?
Desde que comecei a conhecer mais o curso, senti a necessidade de levar para o Alagoas na Net um texto de maior qualidade, não apenas informação como qualquer um passa. Daí, um dia comecei a escrever sem compromisso e surgiu o primeiro editorial. Esses textos trazem uma reflexão sobre assuntos de interesse da comunidade local e que merecessem um olhar mais especial, de análise, e não só da reprodução dos fatos, pelos fatos. Se eu levar em consideração o meu tempo na comunicação, eu me sinto muito “verde”, para ser chamado de formador de opinião. Contudo, reconheço que nessa profissão, acaba sendo impossível se dissociar dessa ideia, pois o comunicador ele tem a função e responsabilidade de trabalhar melhor a informação, passando de maneira correta e responsável. As pessoas confiam naquilo que a gente informa e daí podem, ou não, tomar como referência. Pensando assim, me acho um formador de opinião, e bate ainda mais a responsabilidade de escrever com respeito ao meu público. Independente do texto ser opinativo ou informativo.
Qual o limite estabelecido no site para sua opinião pessoal nas matérias?
Nenhuma matéria do site tem a minha opinião. O único espaço de opinião é o Editorial e os artigos dos colaboradores, pois eles têm esse fim. O que as matérias podem carregar é um pouco das coisas que pauto como essenciais. Toda matéria ou reportagem ela carrega o objetivo da redação do veículo, assuntos que achamos por ser necessário. Isso me faz lembrar de uma das primeiras coisas que aprendi na faculdade, onde todos os meus professores dizem de uma boca só: nenhum veiculo pode ser imparcial, isso porque uma matéria para ser elaborada sempre leva consigo uma posição e objetivo, ou seja, uma tendência. Contudo, acredito que os veículos devem ser justos, o que no caso é dar voz aos “dois lados”. Se você faz uma denúncia, que conceda o mesmo peso para o outro lado acusado, não dando brecha a um conteúdo perseguidor. Fazendo isso ele estará cumprindo corretamente o seu papel. Resumindo, aprendi que a matéria ou reportagem não pode estar carregada de opinião, já um artigo, coluna ou editorial sim.
Qual notícia mais inusitada você se lembra ter postado no site?
Rapaz, como o online é um veículo com uma grande quantidade de matérias e reportagens, realmente não lembro da mais inusitada, mas posso dizer aqui de uma nesse estilo, que foi o achado de uma cobra dentro do motor de um carro numa oficina de Santana. Foi um tremendo susto para os mecânicos e foi a atração do bairro até a chegada dos bombeiros.
Para finalizar, quero que deixe suas conclusões e algumas palavras para os leitores.
Bom, agradeço ao amigo Erickson Soares pela boa conversa e pela intensa colaboração ao portal. A participação de conterrâneos como você, e outros é um dos motivos que levam a equipe do Alagoas na Net a fazer o que fazemos. Sabemos da responsabilidade que temos na disseminação de bons conteúdos, por isso, nos renovamos a cada dia da tarefa de levar a qualidade que o leitor merece. Vamos em frente.
Não só tínhamos ido excursionar em Canapi, Inhapi, Mata Grande, Água Branca e Delmiro Gouveia. Fomos também esbarrar no Sertão do São Francisco, precisamente em Piranhas, antes da construção da hidrelétrica do Xingó, que é um bairro deste município. A intenção de dois casais era degustarmos uma peixada naquela cidade.
Ficamos o dia inteiro quase em lua de mel nas alvas areias da prainha. Naquela época, mesmo ainda sem a hidrelétrica, o peixe já se tornara escasso. Fomos apreciando a “cidade presépio”, título dado por mim ao avistá-la pela primeira vez. O povo tinha um orgulho grande em falar do meu cantor preferido, Altemar Dutra, que sempre ia a Piranhas para descansar e fazer serestas iluminadas pelas luzes dos postes pequenos e os reflexos na próxima superfície do rio.
De Piranhas partiram as três volantes que puseram fim a Lampião e Maria Bonita na madrugada de 28 de julho de 1938. Mas nós, eu, minha esposa Irene; meu compadre, professor Marques (já partiu) e sua esposa Terrana, não tínhamos ido a Piranhas para pesquisar cangaço e volante. Fomos apreciar as belezas da cidade, encravada entre o rio e as escarpas do raso de caatinga. Após a peixada, aguardamos o entardecer conversando nas estreitas calçadas do comércio, até o retorno a Santana do Ipanema.
Nas proximidades de São José da Tapera, pegamos chuva. O carro deu um problema e fomos obrigados a pernoitar naquela simpática cidade. Ficamos em um hotel modesto, limpo e bom. Na cidade estava havendo festa, fomos caminhar pela praça comprida. Os jovens divertiam-se numa noite muito agradável que compensou demais a nossa parada.
Mais uma vez constatamos que uma excursão pelos sertões é tão boa quanto um passeio pelo litoral repleto de praias paradisíacas.
Lá estava Antonieta, sentada a um tronco decoqueiro, caído na preamar. Nas mãos um livro velho, de capa dura, revestida de pano. Cuja gravura ao centrotrazia o desenho duma ilha, com algumas construções suntuosas, cercada de floresta. Tudolimitado por um mar que cabia inteiro num imenso tacho,sustentado por três baleias. Enquanto dois elefantes, um de cada lado, atados por cordas as alças do tacho, puxavam em sentido contrário.Era o “The Book oftheAzerothReign”
Aquele livro continha a história da ilha e do tesouro perdido. De alguma forma TagorFashall e Marcos tinham que se encontrar. Era preciso. O menino que sempre aparecia no seu sonho, era provável que ele tivesse, mesmo sem saber, poder para descobrir o dispositivo que acessaria a sala do tesouro perdido da caverna. Ao ouvir os rumores que vinha do lado oposto da ilha, teve certeza que outra catástrofe se avizinhava. Com nitidez em relampejosvinham acontecimentos de mil anos antes. Viua formação da ilha quando ocorreu o cataclismo chamado de “O Grande Rompimento”, que provocaria a destruição da Fonte da Eternidade. O que acabaria dividindo a terra em quatro continentes. Separados pelo imenso oceano em cujo meio se situava a ilha de Kalimandor. A vinda dos estranhos seres do espaço, em suas carroças de aço. Cavalgando o ar sem tração de camelo ou elefantes. Apenas empurradas pelo hálito de Zeus. Tudo aquilo já havia sido previsto, pelo grande mago Fronzen do reino de Warcraft, escrevera no livro secreto, aquelas aparições que finalmente se tornaramreais. A grande peste negratambém profetizada constava do livro do rei. Dizia que o contato dos nativos com os estrangeiros que levitavam nas carruagens de lata causaria o surgimento de uma praga, uma peste que ceifaria a vida de todos os habitantes da ilha. Todos que tivessem qualquer tipo de contato com os alienígenas contrairiam a doença. E todo aquele que fossem por eles tocadosse transformavam em mortos-vivos. Zumbisdos aliens, totalmente dependentes, física e mentalmente.
Os homens mausfrequentavam a sociedade da corte, os salões dos palácios reais. Sem nunca se misturarem com gente da classe baixa,a plebe. Os únicos pobres que ainda mantinha contato com a nobrezaera a criadagem. Mesmo contra a vontadeporque precisavam dos serviços deles. Acreditavam que isolados do contato com a gente dos burgos e feudos jamais contrairiam a peste negra. Estavam,infelizmente, enganados. O objeto de maior desejo de uma criança de outros tempos era uma bicicleta. As mulheres com seus filhos e suas amas iam pros jardins de delícias do palácio. Ali havia enormes pomares, labirintos gigantes. Parques ornados de plantasde magnífica beleza, trazida de diversas partes do mundo. Aves exóticas de cantos maviosos, encerradas em gaiolas de fino requinte. Fontes de águas dançantes, cascatas de águas de cores diversas, diáfanas. Arco-íris que remedava o jardim do éden. Carroceis dotados de cavalos de verdade. Cavalos árabes, noruegueses,escandinavos, cujas patas maravilhosamentecoroadas de longos pelos negros. De crinas lustrosas, sensuais, femininas, sibilantes ao vento. A medida que o lastro redondo rodava, uma música de realejo suavemente deixava-se ouvir ese ouvia. Meninas com seus rostinhos ingênuos, rechonchudos. O excesso de guloseimas consumidassobrecarregavam seus lindos vestidos. E era como se estivessem sendo levadas para serem batizadas, tendo as amas que fazer de tudo pra mantê-las impecavelmente limpas. E como gostavam de passearem de gôndolas no imenso lago azul. Onde enormes cisnes e garças, que mais pareciam feitos de gesso, como de propósito,faziam poses para que o fotógrafo lambe-lambe pudesse compor melhor, a solene foto da família. Tudo seguindo rigidamente o tradicional modelo patriarcal. O pai ao centro, sentado convenientemente numa cadeira de vime pintada de branco com apoio pros braços, rodeado da sisuda prole. A matrona trazia o primogênitoao colo. Olhava com seu olhar sereno, de mulher que cumprira fielmente a função dada por Deus de procriar. Solícita posava, pelo marido, pelos filhos, pelo mundo, pra posteridade. Aquele olhar que disfarçava como podia a tristeza da difícil tarefa de ser o que era. Sem conseguir completamente esconder por cima das sobrancelhas arqueadas, um possível sorriso de Gioconda.
Naquele tempo, já os homens facínoras maquinavam contra o bem comum, contra suas próprias mulheres, contra si mesmos. Muitos foram os que foram dizimados pela peste negra. Uma doença misteriosa que bestializava as pessoas. Iniciava com uma febre persistente, avançava pra convulsões, alucinações, ataques de fúria. Os portadores acabavam de forma horrenda, apresentando pústulas. Por todo o corpo,feridas que secretavam líquido purulento e mal cheiroso. As carnes se diluindo como se o corpo estivesse derretendo. Dissolvendo sem que nada pudesse ser feito para reverter tal situação. Como se os doentes por um ácido terrivelmente destruidor estivessem sendo corroídos. Muitos, foram os quenão tiveram essa sorte, acabaram destroçados a dente, ou esmagados debaixo dos pés do terrível monstro surgido das profundas da terra. O grandedinossauro, o devastador, o tirano,“O sauro, o rex”.
Os homens malévolos descobriram que a disseminação de doenças era um achado. Todos saiam lucrando: donos de funerária, donos de boticários, alquimistas, vendedores de xaropes. De tudo fazia o governo para manter imunes, livres da moléstiaos que detinham título de poder,os da nobreza. Nas santas escrituras se amparava a igreja dizendo que os sinais dos fins dos tempos haviam chegado. Nessa época surgiram os remédios manipulados pelos curandeiros e magos. Oxarope Coca-Cola foi um deles, criado pelos ameríndios no sopé da cordilheira andina, em terras bolivianas. A América o receberia como um excelente tônico contra todos os tipos de males, a baixo custo. O placebo se popularizou, mundo afora se espalhou. Somente muitos anos depois assumiria ser o que sempre fora, um refrigerante. Mas sustentaria até os dias da atualidade o termo xarope. Aqueles acabaram descobrindo que inventar novas doenças era um bom negócio.
Um importante médico do Reino Unido Dr.Shadwell, em extenso artigo publicado no periódico “News London” declararia sobre o perigo das mulheres andarem de bicicleta. A matéria correu mundo causando grande polêmica. O médico advertia que “o ciclismo era um modismo que não devia ser incentivado, e principalmente evitado pelo sexo feminino, sob o risco de se tornar uma grave doença.” O sintoma era bem claro: a mulher que adquirisse o hábito de andar de bicicleta ficaria com a “Cara de bicicleta”. Outros médicos mundo afora sustentaram a tese do esculápio britânico. Outros sintomas da moléstia da bicicleta foram sendo acrescentados. Diziam que gerava insônia, cansaço, palpitações, dores de cabeça e problemas de depressão. O que de verdade havia nisso? Tudo não passava de jogo de poder entre sexos. De sentir o status social ameaçado. Preconceito machista contra mais uma conquista das mulheres. A bicicleta passaria a ser considerada mais uma arma contra a supremacia masculina. Fundamentada no patriarcado, de séculos de domínio. Sendo ameaçado agora por um brinquedo bobo de criança.
Derick, o gato siamês do país dos sonhos e da fantasia, disse a Marcos que já era tempo dele saber a verdade. Antes que o dia amanhecesse, antes que ele acordasse precisava contar. E contou:“Antes de vir parar na ilha do tesouro,TagorFashall vivia no mundo real, de onde você veio. Lá, ele ainda não havia sido árabe, nem tinha os poderes da longevidade, e da ciências ocultas queagoratem. Naquele tempo, não passava deum menino, chamado Reginaldo,e tinha um amigo chamado Dário. Nascidos e criados no sertão nordestino. Por toda infância foram muito amigos. O destino cuidaria de separá-los. Dário foi pro sul, fez um teste num time renomado, tornou-se jogador de futebol profissional. Ganhou muito dinheiro ficou famoso. Quanto a Reginaldo jamais saiu da cidade que nasceu e vivera. Toda uma vida de dificuldades viveu. Acabou se casando e continuou a viver, vidinha mansa de cidade de interior. Tornou-se vigilante de uma escola e criava galos de briga. Quanto a mim, nunca fui humano, sempre fui gato. Lá no mundo real, eu era o bicho de estimação de Dário. Foi na infância deles que o crime de TagorFashallocorreu. Os meninos estavam na casa de Dário. Eu vivia a última das minhas sete vidas. Dário pela mãe foi levado pra tomar banho, enquanto Reginaldo sozinho ficou brincando numa área coberta do quintal. Entre os brinquedos do amigoReginaldo acabou encontrando um medalhão dourado. Era um belo amuleto reluzente que o deixou fascinado. Resolveu apropriar-se do objeto. Quando ia meter a medalha no bolso, percebeu-me lhe encarando firmemente.”
Com a destruição simples, ignorante e arrogante de vários patrimônios arquitetônicos de Santana do Ipanema, Alagoas, quatro deles se mantém de pé. Estão localizados próximos um dos outros no chamado Bairro do Monumento.
A Igrejinha de Nossa Senhora Assunção, foi construída como marco de passagem do século XIX para o século XX. Ó prédio é curto, delgado e alto, erguido pelo, então, padre Manoel Capitulino, proveniente de Piaçabuçu que foi pároco de Santana, prefeito e governador interino de Alagoas. Foi ele como governador que elevou a vila de Santana à cidade. Como marco do século XIX para o século XX também foi erguida no morro da Goiabeira que circunda Santana, um cruzeiro de madeira, mudando o nome popular para serrote do Cruzeiro. Com o monumento da igrejinha, o local ficou conhecido até hoje como Bairro do Monumento. Nos degraus daquela igrejinha foram expostas as cabeças dos onze cangaceiros mortos em Angicos (SE), inclusive a de Lampião e Maria Bonita, em 1938.
Entre 1937 e 1938 o interventor de Santana, Joaquim Ferreira da Silva, construiu um prédio para se tornar hospital. A dificuldade, depois, para se arranjar mão de obra e equipamento fez com que o prédio ficasse ocioso até ser ocupado pelo 2º Batalhão de Polícia de Alagoas que funcionou em Santana a partir de 1936. Esse prédio construído com mão de obra Fulni-ô (índios de Águas Belas-PE), ficou ocioso novamente quando o batalhão foi embora. Em 1950, o prédio passou à escola e assim funciona até hoje.
Ainda no ano de 1938, o mesmo interventor, Joaquim Ferreira da Silva, junto ao governo do estado, construiu o Grupo Escolar Padre Francisco Correia, para funcionar até a quarta série. Foi a primeira escola pública de porte, em Santana. Continua funcionando na arquitetura original como os demais prédios.
Em 1953, foi fundado o Tênis Clube Santanense, entre as duas escolas acima citadas, permanecendo com arquitetura básica até os nossos dias.
Esse quarteto arquitetônico, tanto faz parte da história santanense quanto da história do sertão alagoano.
(Fonte:”O boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema” – AL)
Sobre Clerisvaldo Chagas
Romancista, historiador, poeta, cronista. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.
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16 jul
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