Confesso: recebo benefícios do PT para defender seus governos

Bandeira do PT (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Já me perguntaram mais de uma vez por que eu defendo tanto o PT. Por mais que eu explique, sempre aparece alguém para dizer que eu devo estar recebendo algum benefício, um troco por fora, já disseram até que recebo sanduíche de mortadela. Poucos entendem que muitos de nós lutam por ideais, pelo bem comum. Mas, pensando bem, é melhor eu confessar que realmente recebo benefícios oriundos do Partido dos Trabalhadores, para defender suas bandeiras.

Quando eu assisto ao meu semelhante recebendo o mesmo benefício que desfruto há muitos anos, décadas antes dos governos petistas, aquilo que me parecia um privilégio de poucos, como, por exemplo, pessoas que viveram sob muita necessidade passarem a fazer três refeições por dia, sinto-me igualmente beneficiado, pois, ao sentirmos grande contentamento pela felicidade alheia, recebemos um grande benefício, visto que tal estado  de satisfação contribui para a nossa saúde física e mental. 

Quando eu entro na casa de alguém que me diz tê-la adquirido devido às possibilidades geradas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com os subsídios que governos anteriores não quiseram oferecer aos mais pobres, governantes que só enxergavam o lucro financeiro, não levando em conta os benefícios sociais, mas que nos governos petistas passaram a ser uma realidade, isso me enche a alma de alegria e ai sou beneficiado mais uma vez.

Sempre que transito pela zona rural e observo pequenas propriedades dispondo de uma cisterna, o que antes dos governos do PT eram raras e só existiam nas propriedades dos mais aquinhoados, isso agora, pra mim, é motivo de felicidade. Felicidade, nesse caso, é sinônimo de benefício; benefício este proporcionado pelos governos petistas.

Quando eu olho para o comércio da minha cidade, Sertão de Alagoas, e não vejo mais agricultores, em época de longas estiagens, como tem ocorrido nos últimos tempos, mendigando com suas famílias, ou, mais grave, invadindo estabelecimentos comerciais para saquear alguma comida e não deixar sua prole morrer de fome, como ocorria antes dos governos petistas; e, em vez disso, chegam para adquirir mantimentos e até mesmo bens de consumo durável, o que antes apenas a classe media e alta tinham direito, isso me trás uma enorme satisfação, e sinto que estou sendo beneficiado. 

Portanto, meus irmãos nordestinos e brasileiros que conseguem se alegrar com a felicidade dos outros, isso, para mim, será sempre motivo de satisfação e felicidade, grande benefício!

PS: Nunca fui filiado ao PT, nem recebi qualquer benefício indireto, por fora, para militar por seus candidatos, apesar de gostar muito de sanduíche de mortadela… Huuummm!

A súplica dos likes

Foto: Reprodução / Pixabay

Nos últimos dias me peguei fazendo uma autoavaliação no que diz respeito as redes sociais, então, na correria do dia a dia, me dei um prazo de meia hora de “descanso” das minhas atividades rotineiras para fazer uso de um aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos. Para a minha surpresa, os trinta minutos se transformaram em quase duas horas, sem que eu pouco percebesse a hora passar. Sentindo-me inquieta com isso, cheguei numa turma de amigos, e individualmente, perguntei para eles: “Ao longo do dia, quanto tempo você passa usando as redes sociais?”, e a resposta unânime, tão surpresa quanto esperada foi “o dia todo”.

Isso me fez pensar em várias situações corriqueiras, e todas elas me geraram um sentimento de escravidão mental. Nós estamos curtindo e compartilhando a nossa vida de verdade, ou fazendo isso somente superficialmente, estando dependentes de uma ferramenta tecnológica? Porque cá entre nós, estou vendo o mundo inteiro amarrado a uma constante alienação em um ciclo de postar, compartilhar e esperar curtidas e comentários. Agora imagine que você publicou uma foto, e absolutamente ninguém deixou lá o seu like, isso te deixaria triste de alguma forma? Se a resposta for sim, porque isso importa tanto assim?

Acredito que foge totalmente da minha ossada conseguir entender esse ponto em que chegou a humanidade. Ao mesmo tempo em que é maravilhoso poder compartilhar informações importantes e em segundos esta ter chego a um grande patamar de receptores, é aprisionador viver em função do que as pessoas do outro lado da pequena tela irão pensar, curtir ou comentar sobre a sua vida. Só pode haver uma pitada de insensatez de todos nós envolta nisso tudo. Porque, pare pra pensar, a sua vida deve importar a quem além de você?

Tem outra coisa que me deixa curiosa… Qual a necessidade das pessoas estarem provando o tempo todo que estão vivendo? Fotos da conveniência de posto de gasolina onde pararam pra tomar café da manhã, fotos do prato do restaurante classe média onde foram comer, fotos do jantar na orla a beira mar, vídeos daquele show bacana em que puderam ir, vídeos da BR com localização quando arranjam um jeito de viajar. Percebem o quanto estamos dependentes de nos mostrar ativos? Mas, mostramos somente a felicidade gratuita e o egocentrismo aflorando feito primavera. Porque, sejamos sinceros, os boletos a pagar, ou aquele fim de mês que só tinha feijão, farinha e ovo no almoço, eu ainda não vi ninguém tirar foto e postar.

Não contente com o simples ato de postar, as pessoas só se sentem, enfim, realizadas em sua vida virtual, se houver o feedback daquilo que foi posto. Afinal de contas, estamos postando aquilo que em nosso subconsciente é atrativo para quem está vendo. Mas o que acontece, é que estamos gastando o que não temos, alimentando a ideia de mostrar uma realidade que não nos condiz, para mostrar pra pessoas que pouco estão se importando com isso, gerando um ciclo sem fim de insatisfação.

Ainda há outro fator, “Li e concordo com os termos de uso”. Quando foi a ultima vez que você viu essa frase? E mais, você realmente leu, e realmente concorda com os termos de uso? Então, caro amigo, tenho uma coisa pra te contar hoje, e é melhor abrirmos bem os olhos, a propósito: “Você nos outorga uma licença mundial gratuita, não exclusiva (com direito a sublicenciar) para usar, copiar, reproduzir, processar, adaptar, modificar, publicar, transmitir, exibir e distribuir esse Conteúdo em qualquer e em todos os tipos de media ou métodos de distribuição” – e você realmente concorda com isso? Pois é, é isso que o twitter pede para que concorde, e você nunca leu. Mas, se você ficar atento, ficará surpreso com o que irá encontrar nas letras miúdas de todos os veículos que chamamos de redes sociais.

A propósito, quando você faz o download de um aplicativo, e no ato da instalação o mesmo pergunta “Você permite que nós tenhamos acesso aos seus contatos?”, qual a razão para isso? Porque um aplicativo qualquer teria que ter acesso aos meus contatos, ou a minha localização, ou as minhas fotos? Não te deixa intrigado que isso aconteça? Então vou te contar um segredo: isso é só mais uma forma de te manipular, e fazer com que você continue preso a essa corrente, afinal, existem informações importantes sobre você em seus arquivos, e tendo acesso a isso, fica muito mais fácil te atrair e te convencer a continuar nessa bola de neve constante e sem fim.

Agora te deixo a responsabilidade de fazer uma análise corriqueira, em seu dia a dia, você se pertence, ou pertence ao “sistema” se deixando manipular? Pode até parecer hipocrisia perguntar isso, até porque, se você está lendo isso nesse exato momento, você está fazendo uso da tecnologia para isso. Mas, a questão é: você tem filtrado aquilo que está constantemente acessando? Nós somos aquilo que carregamos conosco, sugiro que evite bagagens fúteis e angustias desnecessárias causadas pela grama do vizinho sempre verde, pois, como bem disse Shakespeare: “Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.”

Entenda, de uma vez por todas, a Lei Rouanet

Foto: Divulgação

A Lei 8.313/91, popularmente conhecida como Lei Roaunet, tem tomado espaço cada vez mais nos ambientes de debates insipientes. Fortalecidos pela imprudência no momento de receber, repassar e acreditar em notícias falsas.

O nome popular da Lei se deu em homenagem ao principal idealizador, o diplomata, filósofo e professor Sérgio Paulo Rouanet. Ao contrário do que se vulgariza, a Lei Rouanet se trata de um mecanismo de incentivos fiscais, como forma de estimular a iniciativa privada ao setor cultural.

Em resumo, o governo abre mão de parte dos impostos para que esses valores sejam investidos em projetos culturais de exibição, utilização e circulação públicas. Não foi criada por um determinado partido, como toda e qualquer lei. Através da lei Rouanet cidadãos e empresas (pessoas físicas e jurídicas), podem destinar parte do seu Imposto de Renda devido.

Foto: Divulgação

O incentivador é fornecedor dos recursos para o evento, consequentemente, através da Lei Rouanet, tem dedução parcial ou total no Imposto de Renda. Existem duas formas de fornecimento: patrocínio ou doação. no caso de patrocínio, o incentivador pode ser publicado como tal. Já em doação, o incentivador não pode ser citado ou promovido pelo evento.

Em verdade vos digo, precisamos com urgência, verificar as notícias e informações que nos chegam, antes de simplesmente repassar a corrente de burrice e analfabetismo funcional.

QUEM SABE FAZ A HORA

Foto: Divulgação

Não é novidade que os partidos políticos no Brasil estão cada vez mais enfrentando crises, principalmente, no que se refere a legitimidade e carisma com a população.

Isso é um dos combustíveis que tem fortalecido o aparecimento de grupos com propostas de políticas públicas, principalmente, formados por jovens da sociedade civil. De longe, esses grupos têm dois pontos em comum. O primeiro ponto é o interesse em manter um debate com a população sobre pontos que realmente interessem a própria população.

O segundo ponto é a crítica a “atual” forma de política e politicagem que prevalecem no Brasil. Atual entre aspas, visto que a política no Brasil possui tais características há um bom tempo. A proposta central é a renovação na política, com a participação cada vez mais de jovens.

O Movimento Acredito é um desses grupos e tem se destacado principalmente por ser idealizado e encabeçado por jovens e colocar por água à baixo a polarização direita-esquerda. Propõem-se como uma alternativa de renovação nacional e superação à polarização radical de direita e esquerda.

Os jovens que estão à frente do Movimento Acredito são o professor Felipe Oriá, o consultor José Frederico Lyra e a pesquisadora Tábata Amaral. E na próxima eleição, o grupo está lançando candidatos em vários estados do Brasil.

Precisamos sim valorizar os jovens que há algumas décadas estiveram engajados na conquista da democracia. Porém, os tempos são outros e com novos desafios a serem superados. Com novas lideranças, novas propostas, esperança renovada e um extenso caminho. Para a conclusão, fica então o convite para conhecer o Movimento Acredito suas ideias e propostas. Clicando aqui (https://www.movimentoacredito.org/), você acessa o site.

Quanto custa?

Foto: Amouton / Reprodução / Pixabay

Você tem sido você, ou só mais uma peça que compete ao sistema encaixar ao jogo? Tem sido prazeroso levar a vida que escolheu ter, ou a máscara está pesada demais para continuar sobre a face? Gostaria de saber um pouco mais… Queria poder te perguntar com franqueza: você se conhece? Apresente-se a mim. Ou melhor, apresente-se a si mesmo. Descreva-te pelos teus próprios olhos, dispa-se. Consegue se enxergar por inteiro, ou é só mais um reflexo infeliz no espelho do banheiro pela manhã?  

Você acorda satisfeito e vai à cozinha sorridente tomar seu café da manhã antes que as responsabilidades diárias comecem, ou você está sempre sufocado pela obrigatoriedade de levantar cedo, e insatisfeito pelas escolhas que tomou na vida? Por que, cá entre nós, se você está onde está, foi você que se colocou lá. E sim, eu entendo que algumas coisas são necessárias serem passadas para que, posteriormente, possamos alcançar aquilo que realmente almejamos. Mas, não deixa de ser uma questão de escolhas. 

Chegamos ao século divisor de águas da história. Enfim chegou a Era de podermos, no sentido mais amplo da palavra, nos permitir. É necessário desprender-se das correntes do julgamento alheio, desatar o nó. Libertar-se. O preço que se paga por viver a mercê dos padrões e do status, é incontavelmente maior que o valor de ser exatamente quem é. Não há sabor mais gostoso que um copo cheio de si mesmo. É agridoce. Inebriante. Faça o teste, esteja desnudo, em uma conversa entre você e você… 

Experimente tomar um porre de você, ainda não pôde ser encontrada uma ressaca tão cheia de quero mais. Vá mergulhando em si de dose em dose, aos poucos. Se deguste. Não haverá ânsias, náuseas, nem arrependimentos no dia seguinte. Mas, são grandes as chances de se tornar um viciado. Um dependente de si. E é bom deixar claro aqui: não existem tratamentos, nem reabilitações. É um caminho sem volta. Se pertencer, de verdade, é algo tão forte que uma vez alcançado, não há possibilidades de retorno. 

Chegará um momento em que ser você mesmo parecerá algo pesado. Alguns dias você se sentirá perdido, no meio do deserto, com sede de mudanças. Outros dias, talvez irá sentir-se numa assustadora escuridão, e olhará para dentro perguntando: quem sou eu, afinal? – e então, saberá responder? (Mas todas as mudanças são assim mesmo, não é?) Quanto será que tem custado ser você… Será que o preço a se pagar é justo? Avalie um pouco. Quando você vai a uma loja comprar algumas peças de roupa, você compra pensando em si mesmo, ou, no que as pessoas irão pensar ao vê-lo vestido? Sejamos sinceros, cada vez mais, as pessoas alimentam a fome do capitalismo, comprando coisas que não servem, para agradar pessoas que estão pouco se importando com as suas escolhas. 

Arrisque se entregar a si próprio, apenas. Haverá dias em que pessoas que não te conhecem te julgarão da maneira mais árdua que você possa imaginar. Chegam, te olham, e se fazem rasas ao tentar conhecer o seu universo, sem te mergulhar. Também haverá a possibilidade de pessoas próximas colocarem em teste tudo que encontrarem em você, pois, se já somos julgados em querer agradar o mundo, imagina se pararmos de viver em função de tudo e todos e começarmos a viver em função de nós? Esteja pronto para a viagem no seu infinito particular. 

Não desanime. Há uma pessoa, uma única pessoa, que aceitará sua imensidão sem questionar, e será o bastante. Não te julgará, e se julgar, será para o teu crescimento. Te fará mudar, te motivará a ser forte, te ensinará com os erros, e sempre, sempre estará lá. A pessoa que nunca se fará ausente, aquela que sempre será a primeira a chegar sem que você tenha que chamar. Consegue perceber quem é essa pessoa? Quando precisar dela, olhe para dentro de si e pergunte: você está aí? – Posso te garantir, irá ouvir de imediato: sim, eu estou aqui. – E não há sentimento mais puro que se pertencer, amar-se, ser presença, e o protagonista da própria vida. 

Em um mundo cheio de pessoas querendo mostrar umas às outras aquilo que não são, por motivos tão mesquinhos e banais, poder mostrar-se verdadeiramente, e não ter que sempre pensar duas vezes antes de agir, e simplesmente ser, ah, não tem preço… Desate o nó das amarras que te prendem, quebre as correntes, esteja liberto. Custa um preço alto demais viver uma vida da qual não te pertence, e não há como resgatar o valor perdido. Não compensa. Pague o preço de ser quem você quiser. Você é seu, e isso jamais pode estar à venda.

O Mito brasileiro

Foto: Ilustração

A definição de mito no Dicionário Aurélio é “coisa só possível por hipótese”. Ou seja, algo que existe somente em forma de suposição. A margem da verdade. Podemos encontrar ainda no mesmo dicionário, a definição de mitologia como “conjunto de fábulas”. Definição essa que fala por si só.

Considerar algo ou alguém como mito é literalmente como colocar à prova a sua veracidade, a sua existência de fato. Ou no mínimo, considerar que o indivíduo se encaixa em um conto fabuloso.

O Mito brasileiro em questão está longe de um conto fabuloso feliz ou utópico, na verdade se encaixa perfeitamente em um conto de terror angustiante. Fazendo uma analogia a mitologia grega, podemos comparar o Mito brasileiro com Érebo, o deus da escuridão. Ele é a personificação das trevas e é considerado um dos maiores inimigos de Zeus.

Ainda continuando essa divertida analogia com a mitologia grega, podemos citar outra narrativa, o mito de Sísifo, um camponês simples – como a maior parte do povo brasileiro – que certo dia tentou ser mais esperto que os deuses.

Por isso então, Sísifo, recebeu a punição de rolar uma pedra gigante até o topo de uma montanha. E quando chegava ao topo, a pedra rolava novamente até o chão, devido seu peso e o cansaço dele. E no dia seguinte, Sísifo teria que repetir toda a atividade até o fim de sua vida.

Albert Camus, em seu livro O Mito de Sísifo, usa o conto para explicar que a condição humana é basicamente seguir uma rotina diária, sem sentido próprio, determinada por algumas instâncias. Onde os “camponeses simples” continuarão sempre repetindo atividades.

Porém, podemos sim continuar numa condição humana simples sem imitar a esperteza de Sísifo. Basta tentar pensar um pouco sobre o que nos reserva o futuro se o Mito brasileiro tornar-se o senhor dos camponeses. É melhor não abrir essa Caixa de Pandora!

Aposentados podem ter direito a 25% de adicional em seus salários; entenda

Foto: stevepb / Pixabay

O Superior Tribunal de Justiça em votação recente decidiu ampliar o adicional no salário dos aposentados que necessitem de cuidadores. A princípio este percentual só era devido em casos de aposentadoria por invalidez, porém com a decisão, outros tipos de aposentadoria também poderão ter o acréscimo desde que cumpram os requisitos exigidos.

Aposentados por invalidez que necessitam de auxílio permanente de terceiros em razão de problemas de saúde incapacitante, recebem a título de auxílio 25% a mais em seus salários, a boa notícia é que uma recente decisão do STJ estendeu esses direitos a outros tipos de aposentadoria, como a aposentadoria por idade e por tempo de serviço.

A Lei 8.213/1991 estabelece que será devida a Aposentadoria por invalidez ao segurado da Previdência Social que for considerado incapaz e seja ele insusceptível de recuperação para o exercício da atividade que lhe garanta subsistência. Porém, não é muito difícil encontrarmos beneficiários que, mesmo não estando na condição de aposentado inválido, dependem da assistência de terceiros para as atividades rotineiras do dia a dia, como alimentação, higiene, locomoção, etc.

A lei supracitada estabeleceu que os aposentados por invalidez, que necessitem de assistência permanente de outra pessoa, deverá fazer jus a um aumento em seus proventos de 25% sobre o valor de seu benefício, o objetivo principal é custear os serviços realizados pelo assistente.

No entanto a lei tem limitado o referido aumento apenas aos beneficiários que estejam em gozo de aposentadoria por invalidez e, desde que, comprovem a dependência de ser auxiliado por terceiros,  ou seja, que apresentem algum tipo de incapacidade. Ocorre que em recente decisão, o STJ ampliou tal entendimento buscando dar isonomia aos beneficiários aposentados de maneira geral mas que comprovem depender do auxílio de assistente para a prática dos atos.

Na decisão o STJ estendeu a todos os aposentados que necessitem de cuidados permanentes o adicional em seu benefício. Agora, comprovada a necessidade de assistência permanente de terceiro, é devido o acréscimo de 25% previsto no artigo 45 da Lei 8.213/1991, a todas as modalidades de aposentadoria.

Nesse sentido além dos aposentados por invalidez, também poderão requer o acréscimo, os aposentados por tempo de serviço e por tempo de contribuição que comprovem tais requisitos.

COMO REQUERER OS 25%?

Apesar da decisão do Superior Tribunal, esta, ainda assim não vincula o INSS. Isso quer dizer que ao solicitar o acréscimo junto ao INSS o pedido certamente será indeferido. A partir daí o requerente deverá procurar um advogado de sua confiança para buscar seu direito na Justiça.

SURGIU O COMÉRCIO

Arapiraca, cidade comercial. (Foto: Ângelo Rodrigues)

Segundo Boulos, (História), “Com o aumento da oferta de alimento, a invenção do arado e de novas técnicas de irrigação passou a ocorrer a produção de excedentes, ou seja, as aldeias passaram a produzir mais alimentos do que consumiam. Consequentemente, seus membros puderam se dedicar a outras atividades como a carpintaria e a tecelagem. Ocorreu, assim, uma crescente divisão do trabalho: uns construíam casas, outros faziam tecidos, outros produziam armas, outros  modelavam potes e panelas de cerâmica, e havia ainda os que caçavam e pescavam.

Quem produzia trigo ou azeite, por exemplo, passou a trocar seus produtos por um vaso, um tecido ou uma arma. Nascia assim o comércio. Com o tempo, essas trocas deixaram de ser feitas pelos próprios produtores e passaram a ser efetuadas por um personagem novo naquela época: o comerciante”.

Com o tempo, algumas cidades passaram a se destacar como pontos comerciais que a continuação às transformou em importantes centros de comércio. Mas alguns povos aproveitaram o excedente para comercializar perambulando por outros povos. Outros ainda, de território difícil para a agricultura e pecuária, passaram a negociar com outras gentes, comprando e vendendo com as sobras, de territórios que produziam. Atualmente, em todos os lugares do mundo se encontra pontos famosos pelo que vendem. Aqui no Brasil, chamamos a essas cidades de cidades comerciais. Mesmo contando com inúmeras indústrias, a fama do comércio persiste sobre todas as outras formas econômicas. Para que os exemplos fiquem mais perto, temos Caruaru, no estado vizinho do norte e Arapiraca em Alagoas.

No caso da nossa cidade, Santana do Ipanema, localizada no Médio Sertão Alagoano, podemos classificá-la como cidade comercial, desde os tempos de vila. A vocação de comércio independe do tamanho do lugar. Uma pequena vila, um povoado ou um simples arraial, pode carregar essa vocação e até se expandir se tornando grandes centros como alguns que conhecemos como Sorocaba, Barretos e outros menores.

Atualmente o Comércio é um dos setores que mais emprega no Brasil.

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de agosto de 2018

Crônica: 1.973 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Da Moral e o Moralismo

Foto: Alexas_Fotos / Reprodução / Pixabay

Antes de tudo, gostaria de dizer que após um longo tempo sem publicar neste site, retorno com um tanto de disposição e empolgação. Espero permanecer assim. O tema, confesso, é um tanto intencional ao momento em que nossa sociedade está vivendo. Não apenas intencional por questão social e política, mas também por reflexão do significado das palavras moral e moralismo.

Há uma diferença gritante do que cada uma dessas palavras e seus significados possuem, tanto no contexto acadêmico, como no pragmatismo do dia a dia de um cidadão comum. A importância de esclarecer que há essa diferença se dá pelo fato de que justamente esse pragmatismo das rotinas em sociedade acabam somatizando os significados dessas palavras.

Sabe-se que durante a evolução em sociedade, os povos adotam hábitos e comportamentos necessários para a manutenção do convívio harmonioso desses. E nisso podemos entender o Ethos, ou seja, o caráter moral e social que caracterizam as ideias, costumes, crenças e cultura de um povo.

Em suma, a Moral pode-se referir a uma teoria ampla associada a ética, que rege a conduta, valores e princípios dos seres humanos em uma sociedade.

Uma rápida análise do Ethos brasileiro, ou seja, da sociedade brasileira, pode-se tirar três eixos principais, são eles: 1) formação de caráter colonial; 2) influência de diversas culturas; 3) analfabetismo e analfabetismo funcional. Uma sociedade estruturada nesses eixos, é uma sociedade fadada a cometer erros repetitivos. Erros que, basicamente, podem resultar em longos períodos de atrasos sociais, retrocessos científicos, insegurança econômica e principalmente, ameaça a democracia.

O anafalbetismo funcional é caracterizada principalemnte, pela dificuldade de compreensão textual e trata-se de uma pesarosa realidade brasileira. Este fato associado ao pragmatismo ignorante da população é o viés responsável pela produção de uma massa facilmente manipulada. Além disso, é responsável pela criação do moralismo, baseado numa cultura de desinformação, alteração de significados e desvio de valores.

O Moralismo é inversamente proporcional ao conceito da moral, está associado a um comportamento doutrinário de uma parcela populacional em detrimento a outras parcelas populacionais em uma mesma sociedade. Ou seja, a imposição tradicional filosófica ou religiosa de um grupo sobre outro grupo.

Trata-se de uma inversão ignorante da moral, principalmente por desconsiderar a gigantesca complexidade humana e julgar os que estiverem fora do que se considera por valor universal. Sem levar em conta a pluralidade e s reais direitos e deveres que um convívio em sociedade necessita, sobretudo, para continuar a evoluir ou, pelo menos, não retroceder.

UMA NOVA SANTANA SE DESENHA

(ILUSTRAÇÃO/DIVULGAÇÃO)

Sempre tive o pensamento que se fosse puxado o asfalto desde a delegacia de polícia, rasgando até o sítio Barroso, naquela região poderia ser formada uma nova Santana, desde que essa nova cidade fosse planejada com toda estrutura. Agora vem uma surpresa jamais pensada antes, que vai muito mais além dos meus planos de geógrafo.

Trata-se de ideia do DNIT em fazer um contorno da BR-316, em Santana, desde o 7º Batalhão de Polícia num semicírculo pela região norte até além da saída de Santana para o Carié. È um projeto grandioso, “fila da puta” de arrojado! Se o pensamento do DNIT é somente desafogar o trânsito urbano poderá se sustentar até uns 15 ou 20 anos. Se for para desenvolver a região do seu traçado, acertou em cheio.

Explico: caso seja construído esse contorno, as zonas de Santana, Nordeste, Norte, Noroeste e Oeste, se expandirão até topar na linha vermelha, engolindo os sítios Riacho do Bode, Baixio (do Ivan), Timbaúba, Baixio (Abílio Pereira), Imburana do Bicho, Camonga, Barroso, Água Fria e Mata Verde. Logo, logo, pelas necessidades naturais, a prefeitura terá que asfaltar avenidas, e saídas de Santana até a linha vermelha do semicírculo proposto pelo DNIT.

Quer dizer, tudo hoje que é sítio, no prazo dito acima, será zona urbana, mais ou menos como aconteceu em Garanhuns e Caruaru. Finalmente a cidade quebrará suas correntes de confinamento pela região Norte. Inúmeras oportunidades serão oferecidas a diversos tipos de empreendedores. Será um impacto tão grande quanto o que foi no passado a construção do grande bairro Camoxinga, com a diferença de que esta foi mais lenta. 

Se o, então, prefeito Nenoí Pinto tivesse aplicado o seu plano de puxar a AL-130 pela região do Bairro Floresta até sair após a Barragem na BR-316, a parte Sul do Santana já estaria consolidada. É isso que vai precisar agora com a estátua sacra mais alta do mundo, que chegue até ela diretamente a AL-130 e continuação até a BR-316. Assim Santana do Ipanema, terá um gigantesco avanço pelo Norte e pelo Sul, podendo até pensar no asfalto da Serra Aguda a Senador Rui Palmeira, pela Lagoa do João Gomes, beneficiando a Região do Olho d’Água do Amaro.

Cabeça é para pensar.

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2018

Crônica: 1.972 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano