Galego Malta e Ivone Carvalho. Registram uma festa de Bodas de Ouro com muita história. O casal de sertanejos, José Clerisval Malta, popular “Galego Malta” e Ivone Carvalho Malta, reuniu neste sábado (7) setembro de 2013, familiares e amigos para celebrar 50 anos de casamento. … A cerimônia religiosa deu início por volta das 20h30, na igreja de São Pedro, localizada no bairro da Ponta Verde, em Maceió. Filhos, netos, genros e demais amigos puderam prestigiar Galego e Ivone, que realizaram simbolicamente a troca de alianças.
A segunda parte da comemoração das Bodas de Ouro aconteceu na casa de eventos Casa Blanca, no bairro do Farol, onde o casal ofereceu um jantar ao som de uma boa musica ao vivo.
Como a tradição manda, na recepção, os “noivos” passaram novamente pelos rituais matrimoniais: corte do bolo de casamento; dança da valsa e até a disputa do buque jogado por Dona Ivone, naturais de Santana do Ipanema, mas residindo na capital alagoana há cerca de 15 anos, Galego e Ivone sempre mantiveram estreitos contatos com sua terra natal, preservando laços familiares e de amizades. Dessa união surgiram cinco filhos: Franklin, Mary, Sidney (Sidinho da Telecom), Sheylla e Shermans (Tete). Dessa segunda geração vieram os genros e noras e como consequência onze netos.
Nesta terça-feira (1º) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), deverá instalar duas comissões especiais para analisar soluções para o financiamento de medidas de estímulo à Educação e à Segurança.
Apesar de pastas distintas, educação, quando unida à segurança dá um resultado positivo surpreendente. Pena que poucos gestores e gestoras não enxerguem essa positiva parceria.
De acordo com Calheiros, o estudo é importante diante da perspectiva de mais recursos para o setor, graças à decisão do Senado em relação aos royalties do Petróleo, os quais, de acordo com o texto aprovado, 75% que cabe ao governo federal, serão destinados à educação.
Estudos preliminares mostram que o valor pode chegar a R$ 112 bilhões a mais para financiar os setores de educação e saúde, nos próximos dez anos.
Na teoria, isso quer dizer que teremos mais creches, mais escolas de tempo integral, mais escolas de música e dança, maior incentivo ao esporte nas suas várias modalidades, melhores salários e qualificações para os educadores e profissionais em educação, transporte escolar gratuito, mais faculdades, laboratórios equipados e tantos outros benefícios que a educação pode proporcionar as crianças e jovens das periferias abandonadas nas milhares cidades brasileiras.
Em relação à violência, o tráfico de drogas, que leva ao uso indiscriminado de usuários cada vez mais sedento, tem sido uma das maiores causas de mortes prematuras de jovens e crianças; algo comparando a uma hecatombe no planeta.
Em Santana do Ipanema, uma pequena cidade do Sertão nordestino, as mortes causadas por grupos que disputam os pontos pela venda das drogas, tem levado gangues rivais a se digladiarem, com resultados fatais onde parece que nunca acaba de morrer adolescentes, tornando-se assim algo banal para a sociedade, que já nem sabe a quem recorrer.
E pouco, pra não dizer nada, tem sido feito para mudar esse quadro caótico. Onde famílias são destruídas; sejam de usuários, traficantes e até de com pessoas que não estão envolvidas.
Como as soluções por parte dos governos têm sido ineficazes, as soluções, por parte da sociedade, vem em forma de desespero.
Há quem defenda o fim da violência usando a mesma tática; ou seja, o uso da força. Para esses o extermínio indiscriminado seria a solução imediata. Quem nunca ouviu a frase, “bandido bom é bandido morto”?
A pergunta seria: a quem delegar o poder de exercer a Lei de Talião, “Dente por dente, olho por olho”?
Uma prova cabal de que isso não funciona está em uma ação lançada em 1986, em relação ao combate ao tráfico de drogas, pelo presidente da maior potência bélica do planeta. Ronald Reagan, quando tomou por base a ideia defendida por outro presidente norte-americano, Richard Nixon, há quatro décadas, que lançou a chamada “guerra contra as drogas”, baseada na repressão e na perseguição policial e militar.
De acordo com o escritor uruguaio Eduardo Galeano, em seu livro “Os Filhos dos Dias”, em relação a esta atitude de repressão: “A partir de então, aumentaram seus lucros os narcotraficantes e os grandes bancos que lavam seus dinheiros; as drogas, mais concentradas, matam o dobro de gente que antes matavam; a cada semana se inaugura uma nova prisão nos Estados Unidos, porque os drogados se multiplicam na nação que mais drogados tem.” (p.339).
Por tanto está provado que repressão nunca foi a solução para o combate às drogas; prevenção sim.
“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.”, Pitágoras.
Tem um ditado popular que diz “Mente vazia, oficina do diabo”.
Será tão difícil imaginar que a frase dita por Pitágoras, há quase 500 anos/a.C. tem um sentido lógico e prático?
Tendo a criança, hoje abandonada em bolsões de miséria, a chance de nos seus primeiros anos de vida frequentar uma creche bem equipada; com educadores qualificados, merenda e material didático de qualidade, onde possa ser bem tratada e praticar os seus primeiros exercícios físicos e mentais, não teria enorme chance de, ao invés de ingressar no mundo das drogas, tomar o rumo da educação, da medicina ou do esporte?
Conforme, nota do Senado, a comissão tem até o dia 16 de dezembro para debater e propor soluções que viabilizem a alocação de mais recursos financeiros para o sistema educacional brasileiro. O grupo está formado por dez senadores, incluindo a presidente e o relator; é esperar e torcer que esses recursos cheguem e sejam realmente aplicados em favor de nossos crianças e jovens.
Setembro, com o passar do tempo, vai se tornando cada vez mais eclético, se nos mostrando um mês cada vez mais multifacetado. Se a gente for olhar a história vamos encontrar coisas tenebrosas por aqui ocorrendo. O “setembro negro” de 1972 nas olimpíadas de Munique, embora só doze anos tínhamos naquele ano, a lembrança vem com veemência. Sete de setembro de 1822, o “Grito do Ipiranga” o grito do engodo, transmutando-se no “Grito dos Protestos”, amplamente vivido pelas avenidas do país. A América e o mundo relembrou o 11 de setembro, a ferida que jamais cicatriza, completou 12 anos .
Setembro é mesmo um mês especial, particularmente para quem assim o considera. Se bem que para considerá-lo especial é preciso que algo de diferente dos outros meses, aconteça somente nele. Motivos, temos de sobra para nos alegramos, aqui começa a primavera. Nele nasceram minha amada Mara Rúbia, e há um ano apenas, minha netinha Aika, filha de Monaly.
Setembro do “velho” Bruce Espringsteen, se destacando no meio de tantas, novas celebridades no “Rock’in Rio – 2013”. Muitas delas nem eram nascidas quando Bruce e outras estrelas de quinta grandeza, se reuniram pra gravar “We are The World” “We Are The World foi uma canção composta por Michael Jackson e Lionel Richie, gravada em janeiro de 1985 por 45 dos maiores nomes da música norte-americana, no projeto conhecido como USA for Africa. O single, o LP e o clipe renderam cerca de 55 milhões de dólares. We Are the World apresentava 44 vocalistas diferentes, incluindo Michael Jackson, Lionel Richie, Harry Belafonte, Tina Turner, Bruce Springsteen, Billy Joel, Kenny Rogers, Bob Dylan, Cyndi Lauper, Diana Ross, Ray Charles e Stevie Wonder. (fonte: wikipédia.com.br).
Para a igreja de Cristo, setembro é considerado o mês da Bíblia. “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e Luz para o meu caminho” Salmo 119,105. Este mês foi escolhido pela igreja, porque o dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no de 340 e faleceu em 420 d.C.). São Jerônimo traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e Grego) para o latim. A Bíblia é hoje o único livro traduzido em praticamente todas as línguas do mundo. Serve de “alimento espiritual” para a igreja e para as pessoas, e ajuda o povo de Deus na sua caminhada, em busca de construir um mundo melhor.” (fonte: católicos.vialumina.com.br).
Ser um padre, à frente de uma paróquia no interior do sertão, sem desmerecer os demais que se encontram em grandes centros, é dar o ombro com muito mais fervor na condução da cruz de Cristo. O povo humilde e desprovido de tudo, vê na figura daquele homem de batina, a oportunidade de renovar sua fé e sua esperança. Um colega nos contou que um desses servos de Cristo, chegando à igreja de sua paróquia, encontrou uma ruma de matuto participando de uma aula de catequese para o matrimônio. Escolheu um daqueles futuros nubentes, e tacou-lhe uma pergunta:
-Você sabe quem são as três pessoas da Santíssima Trindade?
-Sei sim seu “páde”! É tudinho da minha família: Ói! Esse aqui é Pedro Trindade. Aquela, Maria Trindade, e tem Chiquinha Trindade que num tá aqui porque está viajando.
Fabio Campos 24.09.2013
Breve no Blog fabioscampos.com.br o Conto inédito; “Labirinto”
Sábado dia 21 na AABB de Santana do Ipanema a festa de ouro do 2º Prêmio Celebridade Fest
20 SETEMBRO 2013 REDAÇÃO
Santana do Ipanema vai parar nesta Sábado dia 21, quando acontece na Associação Atletica Banco do Brasil – AABB, em Santana do Ipanema, o 2º Prêmio Celebridade Fest 2012, a partir das 22h00min. Dezenas de personalidades serão homenageadas, inclusive santanesnes que se destacam fora do municipio. A festa será animada por LOURENÇA E BANDA L 4 E DO DJ PATO. Segundo o organizador do evento, Edilson Barbosa O Baile Celebridade Fest já é uma tradição em Santana do Ipanema.
Uma vez que estou tendo quinzenalmente aulas de Libras (Língua Brasileira de Sinais) resolvi praticar justo com meus alunos. E propus fazermos um ditado diferente, não pronunciaria uma só palavra, só com gestos. E não é que deu certo! Aproveitamento de quase cem por cento! Estariam comprovando uma outra teoria que preocupa pedagogos de plantão: Cada vez mais, no dia a dia, estamos substituindo a oralidade pela linguagem verbal, ou de sinais. Uma reportagem na TV dos Marinhos, dizia que cada vez mais pessoas estão preferindo enviar mensagens pelo celular ao invés de simplesmente tentar completar uma ligação onde comodamente poderiam usar a oralidade, a fala.
Os sites de relacionamento é uma prova cabal de que o crescimento desse tipo de comunicação já é mais preferido que aquele, em que se utiliza o aparelho fonador, ou simplesmente a oralidade. O facebook que traduzido “ao pé da letra” Livro na cara! É uma prova concreta disso. Os internautas estão preferindo estar com as palavras na ponta dos dedos, em detrimento de tê-las na ponta da língua! Que seja. Daí, daremos de ver, se multiplicar por estas plagas, e pelo mundo todo, mais poetas, mais escritores, mais cronistas, mais filósofos. Com a palavra (literalmente) a criatividade! Santana tem angariado para si o pomposo título de “Terra de escritores” em detrimento da crescente onda em voga. Torcemos para que na mesma proporção seja também terra de leitores. Afinal quem escreve, lê, mas também quer ser lido.
Dicas do meu ditado; Polegar para cima = Legal!; Polegar para baixo = vai mal!; polegar esfregando no indicador = dinheiro!; polegar em riste, apontando em direção as costas = pedido de carona; indicador e médio em “v” = vitória! Ou paz e amor!; as duas mãos formando um coração sobre o peito esquerdo = amo você!; polegar e indicador formando um círculo = ok! Este sinal é americano, criado na 2ª grande guerra, significava zero killer (zero número de mortes ou baixas no front); juntando os dedos como que piscando = está cheio!; dedo indicador passado rapidamente no pescoço de um lado ao outro = está ferrado! Mas é preciso que se diga que isso nada tem haver com Libras.
Outro caso clássico no que refere-se sinais verbais e tentar entender a mensagem nas portas de banheiros, de lugares públicos. Eles oferecem uma gama de possibilidades de interpretações, dependendo da leitura que fazemos dos símbolos que são utilizados para distinguir. O w.c. masculino, por exemplo: Um bonequinho com a cabeça solta. Bem que poderia ser considerado “bullying” se alguém resolvesse interpretar que aquele signo estaria dizendo: banheiro pra negro, ainda mais drogado, vive com a cabeça voando! Já o feminino: A bonequinha estaria dizendo: Levanta a saia e mija aí no chão mesmo!
Neste domingo, andei “navegando“ pelos canais de tevê, e encontrei Rolando Boldrin, aquele do saudoso, “Som Brasil” antigamente no canal dos Marinhos, acontece que agora ele apresenta o “Senhor Brasil” corruptela daquele, noutro canal. E contava um causo de procissão, no interior de Minas, que contaremos aqui. Lá iam as beatas rezando e cantando, na procissão ladeira a cima. Os fiéis concentrados na cantiga da reza. Nada tirava sua atenção, cabeça baixa, iam cantando:
-Os anjos! Todos os anjos… Cantava a fila dos homens.
-Os anjos! Todos os anjos… Repetia a fila das mulheres.
E o padre lá na frente com a vela na mão também repetia:
-Os anjos! Todos os anjos…
Nisso o padre dá fé de um ônibus (naquele interior ônibus era chamado de jardineira) vem descendo a ladeira, desembestado, sem freio!
O padre se vira pro cortejo e grita:
-Gente! A jardineira! E todos numa só voz:
-Ô jardineira porque tais tão triste!
Por falar em cantiga de igreja, por estes dias estávamos ensaiando, uns cânticos pra um encontro que teremos. Entre, mais de dez pessoas, só um é fumante. Como sempre tem um gaiato no meio. A cantiga começou:
-O meu coração é de Jesus…
-E o teu pulmão é da Souza Cruz!
Fabio Campos 18.09.13 No fabiocampos.blogspot.com Breve Conto inédito: “O Jardim dos Desencantos”
São muitos os cronistas de plantão, colaboradores em inumeráveis tablóides, sensacionalistas no web espaço. Bem como, incontáveis são os deslumbrados internautas, a debulharem quilométricas listas de ditos populares, provérbios e frases de efeito nos sites de relacionamento social. E saber que centenas de milhares pessoas tão envolvidas com o mundo virtual a ponto de dedicarem mais de um terço de suas vidas, em detrimento de um mundo real. Ocorreu-me agora criar um dito popular baseado nesse tipo de filosofia intergalática: “Internauta é como baiano, passa a maior parte da vida dentro da rede.”
Aliás neste instante, reportar-me a uma curiosa notícia divulgada através da Rádio Milenium FM(Santana do Ipanema-AL). O competente radialista, Flávio Henrique, âncora do programa matutino “Liberdade de Expressão” noticiava que um baiano iria entrar com Ação Judicial, por danos morais, contra um cantor de pagode, por ter dito, creio que num show, que “os baianos eram preguiçosos”. E o radialista remendava: “ninguém gosta, nenhum povo gosta de ser tachado disso ou daquilo (além do que isso é bullying). Porém ir ao extremo de acionar o ministério público é exagero! E nós alagoanos? Sabemos que no sul do país somos tachados pela classe política que temos.”
Visualizando esse mundo cibernético, vamos nos deparar com a humanidade vivendo vida dúbia, uma virtual que se funde e se confunde com a real. Lembro nitidamente quando à doze anos atrás, o mundo perplexo, chocado, extasiado, assistiu, ao vivo e a cores, pela TV, uma cena de filme hollywoodiano que virou realidade. O ataque terrorista as torres gêmeas do World Trade Center.
O mundo viu, nascer um novo século, e um novo milênio. Nesse ínterim descobriu-se a mais terrificante de todas as criações humanas: o PVC (policloreto de vinil) o plástico. Aliás, a palavra “nylon” (se pronuncia náilon) vem de dois termos: Nova Yorque e Londres. Dele claro, nasceria o “dinheiro de plástico” o cartão de crédito (que pode ser também de débito).
Cartões vão acompanhar a gente a vida toda: Desde o cartão de vacina quando nascemos, até o cartãozinho de lembrança no dia do sepultamento. Passando pelo cartão de apresentação, cartão de aniversário, casamento, bodas nupcial. Cartão de loteria, cartão de natal! Cartão da previdência social, Tem o cartão do Bolsa Família. O cartão poupança e o conta corrente. Cartão de registro do ponto no trabalho. Cartão do crediário, o “Green Card” é o cartão verde pra entrar na América. cartão do cadastro de pessoa física o CPF. Ultimamente o governo já cogita a possibilidade de criar o CU: Cartão Único! Que substituiria todos os citados. O problema é que as pessoas iriam ter que andar por aí com o CU na mão o tempo inteiro! Ou sair mostrando o CU a toda hora, pra todo mundo!
Meu amigo Alberto Laranjeiras, o popular “Benga” outro dia contava-me que nosso vizinho Marcos Davi, ex-prefeito de nossa cidade. Certa ocasião, recebeu um telefonema duma dessas operadoras de telemarketing oferecendo um determinado cartão. A moça passou meia hora explicando as vantagens. O amigo se fez de desentendido:
-E serve mesmo pra quê?
Mais uma hora de explicação. E o cliente quis saber:
-Tem haver com cartão de natal?
-E mais hora e meia de lenga-lenga. Pra tentar convencer o cliente, a telefonista apelou:
-Pra ter todas as vantagens basta que o senhor me passe o número do CPF e do RG!
Afinal o cliente se decidiu:
-Ô mulher me dá aí aquele CPF e RG de enganar os bestas que ficam ligando pra gente…
E ouviu o som do telefone sendo desligado no outro lado da linha.
P.S. Comunicamos aos nossos leitores e amigos, que nosso primeiro livro, previsto para ser lançado no próximo dia 13 de setembro (sexta-feira) na Câmara de Vereadores Tácio Chagas (S.I.), não mais irá ocorrer. Oportunamente divulgaremos a data deste evento.
Fabio Campos 12.09.2013
Breve no fabiosoarescampos blogspot.com o Conto inédito: “Quando morre uma Canção”
Como os debates sobre Saúde e Educação estão em voga, vejamos o texto abaixo, na íntegra, identificado no final.
“O renascimento das atividades comerciais e a prosperidade dos centros urbanos estimularam também o desenvolvimento intelectual. As universidades proliferaram-se, pois para a burguesia o conhecimento passou a ser indispensável à plena realização de seus negócios. No decorrer do século XII, as escolas, muitas delas fundadas durante o período carolíngio, tornaram-se excelentes centros de ensino, cujas disciplinas continuavam sendo as mesmas da época de Carlos magno. O curso era composto pelo trivium, em que se ensinava gramática, retórica e lógica; e pelo quadrivium, que iniciava o aluno em aritmética, geometria, astronomia e música.
Depois de completar o curso básico trivium e quadrivium, os alunos podiam preparar-se profissionalmente em escolas de “artes liberais” ou dirigir-se para as áreas de medicina, direito e teologia. Supõe-se que a primeira universidade europeia tenha sido a da cidade italiana de Salerno, cujo centro de estudos remonta ao século XI. As universidades de Bolonha e de Paris, ambas do século XII, estão também entre as mais antigas. Nos séculos seguintes, muitas outras surgiram, como as de Oxford, Cambridge, Montpellier e Coimbra.
Originalmente, estas instituições eram chamadas de studium generale, agregando mestres e discípulos dedicados ao ensino superior de algum do saber. Porém, com a efervescência cultural e urbana da Baixa Idade Média, logo se passou a fazer referência ao estudo do saber, ao conjunto das ciências, sendo o nome studium generale substituído por universitas. As universidades organizavam-se com base nas faculdades, cuja palavra, com o sentido de professores e alunos dedicados a um ramo do conhecimento humano, descendia originalmente de facultas, isto é, o direito de ensinar.
As universidades também gozavam de vários privilégios, destacando-se, além do direito de ensinar dos seus graduados (licentia docenti), a isenção de impostos e contribuições, a dispensa muitas vezes do serviço militar e até o direito a julgamento especial em foro acadêmico para os seus membros, vantagens garantidas quase sempre ou pelo imperador ou pelo papa, as duas maiores autoridades da época”.
VICENTINO. Claudio. História geral. São Paulo, Scipione, 2000. Pág. 156-157.
IMAGEM ANTIGA DA CATEDRAL DE MACEIÓ. (Foto da própria Organização).
Estamos diante da imponente Catedral Metropolitana de Maceió, ocasião que nos faz pensar sobre a quantidade de igrejas construídas no Brasil. São inúmeras, milhares entre pequenas e grandes que ajudaram a povoar o país levando adiante a fé cristã. Quem anda pelos sertões ainda contempla igrejas nos mais inusitados lugares. Fazendeiros construíam capelas, ermidas, e alguns queriam que depois os padres tomassem conta. Talvez não seja muito difícil construir-se um templo de tamanho razoável, mas parece que os construtores esqueciam-se do após, isto é, da manutenção anual que sem ela as casas de orações viravam ruínas. Como a igreja era rica, mantinha essas posses até com ajuda de paroquianos, mas como manter uma igreja de porte de uma gigantesca estrutura como esta de Maceió? No início havia apenas uma capela de engenho que se foi modificando, tornou-se matriz da paróquia desmembrada de Santa Luzia do Norte e agora representa o povo cristão como catedral da arquidiocese.
O lançamento da primeira pedra aconteceu no dia 22 de julho de 1840, quando governava a província Cansanção do Sinimbu. Somente em 20 de dezembro de 1859, o Visitador Diocesano Cônego Afonso de Albuquerque procedeu à bênção do magnifico templo. Foi o Barão de Atalaia quem ofertou uma belíssima escultura da Padroeira, benzida no dia 31 pelo próprio Visitador. Durante à tarde, entra majestosamente D. Pedro II, quando é entoado o hino de ação de graças. Quando foi inaugurada a nova Matriz, era pároco de Maceió, o Cônego João Barbosa Cordeiro, homem dinâmico que fundou várias instituições de peso. O Decreto de 02/07/1900 do Papa Leão III, criava a Diocese de Alagoas, conjuntamente, elevava à dignidade de igreja episcopal e Catedral, a Matriz de Maceió, nela instituindo a sede episcopal para aquele que deveria ser chamado bispo de Alagoas.
Assim como esse belo histórico da Catedral Metropolitana, também existem milhares de histórias mais humildes sim, porém, narradas pela tradição, como vitórias alcançadas e nuances incríveis. Vale à pena conhecer A CATEDRAL DE MACEIÓ.
As cidades grandes vão se modernizando devagar ou às pressas, mas os contrastes urbanos mostram-se em toda plenitude. Edifícios modernos surgem ao lado de terrenos originários de sítios com mangueiras e outras árvores que aguardam apenas o capital da especulação. Antigos bangalôs de famílias tradicionais, abandonados, ainda de pé graças à bondade da natureza, ricos falidos, restos de família ou fuga para apartamentos deixam-nos órfãos do passado radioso. Nenhum governo tem condições de ir tombando tantos prédios antigos que fizeram história e nem todos os artistas juntos conseguem salvar esses casarões espalhados vítimas do próprio tempo dos seus antigos donos. Os berros dos vendedores tentam imitar um passado de cinquenta anos, concorrendo com os sons poderosos e irritantes. Casas velhas transformam-se em mercadões iluminados de calçadas repletas de remendos. As barreiras comidas pela ação do homem e do clima mostram prédios gigantes no topo, ao lado de residências capengas como desenhos máximos da pobreza que ameaçam queda fatal com família e tudo.
E nas ruas, desde as primeiras luzes da aurora, a miséria sai à cata da sobrevivência, mostrando as mazelas mais esquisitas de um corpo descomunal de concreto. Chamam-nos invisíveis aqueles seres que passam sem serem vistos, pela situação degradante da pele social. Entre eles, está a criatividade que substitui o animal de tração, pelas mãos dos humanos mais humildes. O catador de papelão mistura-se ao trânsito ligeiro das avenidas apinhadas no fado diário de herói de casa. Arrastando uma carroça entre dois caibros e correntes penduradas, adapta-se o ser humano à condição cavalar. Com precisão e vista de rapina, vai conduzindo aquela carroça enorme cheia dos recortes que encontra nas lixeiras. Passa por todos automóveis, não bate em nenhum, nem relincha, nem escoiceia, mas não deixa de ser o homem/cavalo da sociedade que não o enxerga. Os edifícios continuam furando o céu, o luxo permanece no brilho dos metais e, o dinheiro grosso a circular nos azuis da prosperidade. Enquanto isso, o lixo pede passagem entre pneus, apitos e luzes. Você nem vê, mas bem perto circula O HOMEM/CAVALO.
A Ciência Econômica “criou” um tipo de crescimento baseado no consumo destrutivo da natureza e, como resultado, nos entregou um “produto final” chamado aquecimento global – o sintoma mais claro da crise ambiental, resultado de um processo crescente de degradação entrópica da natureza (de matéria e energia) gerada pelo processo de produção industrial que destrói os ecossistemas produzindo emissões crescentes de gases de efeito estufa (GEE).
Atrelado a isso, têm-se que o processo econômico produz calor pelo consumo de natureza, que se degrada em calor tal qual descreve a lei da entropia. Assim, uma economia que entra acelerando na rota do crescimento contínuo produz mais calor que é aprisionado pelo efeito estufa, aquecendo a atmosfera, provocando na ponta final catástrofes ecológicas e a destruição socioambiental.
Estudos realizados mostram que nos últimos 160 anos a temperatura média da Terra sofreu uma elevação de 0,5 ºC e, se persistir a atual taxa de poluição atmosférica (no mundo, a cada minuto, 10 mil toneladas de dióxido de carbono são lançadas na atmosfera), prevê-se que entre os anos 2025 a 2050 a temperatura sofrerá um aumento de 2,5 a 5,5 °C. As principais conseqüências seriam a alteração das paisagens vegetais, que caracterizam as diferentes regiões terrestres, e o derretimento das massas de gelo, provocando a elevação do nível do mar e o desaparecimento de inúmeras cidades e regiões litorâneas. Na Antártida, cerca de 3 mil Km2 de geleiras viraram água entre 1998 e 1999. Dezenas de ilhas da Oceania, entre elas Fiji, Nauru, Tuvalu e Vanuatu, correm o risco de submergir com o aumento do nível dos oceanos. No Recife, capital de Pernambuco, o contorno da praia está encolhendo ano a ano.
O fato real é que para “custear” o crescimento econômico promove-se a destruição ecológica. Para fazer a economia se expandir, mina-se as bases de sustentabilidade destruindo os frágeis equilíbrios ecológicos dos quais depende a conservação dos ecossistemas e da própria vida. Isso explica o fato de a ciência econômica “dominar” o mundo através do automatismo do mercado, tratando a natureza como mero objeto de trabalho.
Lamentavelmente, o planeta não “gira” regido pelas leis do universo e da natureza, mas pelas ordens impostas no mercado global. Isso resulta que estamos submetidos a uma racionalidade de um poder concentrador da riqueza, gerador de desigualdades e insustentabilidade.
A economia neoclássica (a economia tradicional) não faz nenhuma “força” para entender que a degradação ambiental não se deve a causas naturais; sua existência está relacionada às ações antrópicas. Não obstante, como bem apontou o economista mexicano Enrique Leff, “os tomadores de decisões continuam dando mais importância aos imperativos do crescimento econômico e à estabilidade macroeconômica nas políticas de desenvolvimento sustentável que aos estudos prospectivos sobre o risco ecológico e o desencadeamento do aquecimento global”.
Essa economia neoclássica não pode desconsiderar um fato primordial: a economia se alimenta da natureza; o processo econômico ao se “alimentar” de matéria e energia transforma esses recursos em calor, respeitando assim a segunda lei da termodinâmica (entropia). Com o avanço do processo econômico avança-se junto à concentração de GEE.
Até antes da Revolução Industrial essa concentração de gases de efeito estufa na atmosfera manteve-se abaixo dos 280 ppm (partículas por milhão). Atualmente, os níveis de CO2 na atmosfera equivalem a 430 ppm. O otimismo fica por conta do seguinte: se forem tomadas medidas a tempo, em 2050 poderá ocorrer um equilíbrio entre 450 e 550 ppm.
Até chegarmos lá, cabe pensar e repensar seriamente em “refundar” a economia sobre suas bases ecológicas ajustando os “mecanismos” da economia às leis da termodinâmica, fazendo com que a economia neoclássica deixe de negar a contribuição dos processos ecológicos para a produção e passe a “entender” definitivamente que o crescimento não é a solução, mas sim o problema.
(*) Professor de economia do UNIFIEO e da FAC-FITO (São Paulo). Articulista do Portal Ecodebate. Mestre em Integração da América Latina (USP).
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