SANTANA DE IPANEMA

Foto: Divulgação

Num desses dias a trás, vi nas redes sociais, uma jovem divulgando matéria sobre o santuário turístico à Senhora Sant’Ana, que está sendo erguido na Serra Aguda pela atual gestão da prefeita Dra. Cristiane Bulhões. Interessante que ao citar o nome da cidade a moça pronuncia Santana de Ipanema.

E aí, claro, atiçou-me os sentidos. Sabemos nós santanenses que o nome de nossa cidade, aceita como correta, a grafia e a pronúncia: Santana do Ipanema.  Vamos tentar entender, se há erro na pronúncia da bela repórter, ou se somos nós santanenses que grafamos e pronunciamos equivocamente o nome da nossa cidade? Santana é uma palavra composta, no primeiro termo ocorre uma aglutinação de dois verbetes: Santa e Ana em alusão a nossa padroeira, avó de Nosso Senhor Jesus Cristo. Até aí tudo bem. O termo “de” é na língua portuguesa, uma preposição, enquanto que o “do” é a contração da preposição “de” mais o artigo definido, masculino, singular “o”.

Sendo assim, podemos concluir que a pronúncia Santana do Ipanema, estaria a referir-se à Senhora Santa Ana do rio Ipanema. Melhor dizendo, o artigo “o” é referência ao rio. Mas isso abre um precedente, para uma discussão seja mais aprofundada. Por exemplo, por que dizemos Praia de Ipanema, ao nos referirmos à praia existente no Rio de Janeiro? Considerando que Ipanema naquele lugar é uma enseada, deveríamos dizer praia da Ipanema, não? E o que dizer de Nossa Senhora de Copacabana?

“Etimolgia do termo Copacabana: é vocábulo indígena boliviano. A palavra é a união de duas palavras: “copa” e “caguana”, que quer dizer “lugar luminoso” resplandecente. Fonte: site: cruzterrasanta.com.br”

Meu irmão, escritor Fernando Soares Campos, foi que nos deu pistas para que compuséssemos tal crônica. Informando-nos inclusive da existência de uma imagem de Nossa Senhora de Copacabana, numa capela construída num rochedo entre a praia de Copacabana e a praia de Ipanema. No site citado à cima tem toda a história da imagem da santa.

Apimentando um pouco mais o nosso raciocínio, podemos acrescentar aqui dois novos termos “O Menino Jesus de Praga”. Considerando que Praga é uma cidade, a capital da República Techca ( ou Techquia, antiga Techquislowáquia)  não deveria ser chamado Menino Jesus da Praga? Aludindo a imagem  do menino-deus à cidade de Praga. Muito embora viesse a soar de modo pejorativo, vale salientar que a tradução para o termo “praga”, de acordo com o site soescola.com.br, da língua techca “práh” vem a significar “limiar” ou “porta”.

E São José da Tapera? Não deveria se chamar São José de Tapera? Nesse caso não, pois aqui ocorre o mesmo que acontece com o nome de nossa cidade Santana do Ipanema.  São José da [cidade de] Tapera. Contração da preposição “de” mais o artigo “a”. Uma vez que “tapera” de acordo com o dicionário é: substantivo feminino e significa “construção em ruínas ou alojamento abandonado.”

Ela chegou sorrateira como quem chega do nada/ ela não me disse nada, também nada perguntou/ Me pegou tão desarmado, me atingiu feito sezão/ Se instalou feito posseira, explodindo o meu pulmão.

Parodiamos a música “Teresinha” [1977] da ópera do malandro de Chico Buarque, pra dizer de como fui acometido pela mais nova epidemia a da Febre “Oropouche”.

“A febre Oropouche é uma doença viral endêmica da Amazônia, transmitida pela picada do mosquito “Culicoides paraenses”,  conhecido como “Maruim”.  Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, perda de apetite, tontura calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. A “Febre do Maruim” pelos sintomas pode ser confundida com outras doenças como Dengue e Chikungunya. Fonte: Google.com.br”

UM POUCO DE HUMOR PARA ENCERRAR

DITADOS POPULARES

MAIS LIGADO que Rádio de Preso!

MAIS LARGO que Cintura de Sapo!

MAIS PRA FRENTE que Sapato de Palhaço!

MAIS CHATO que Chinelo de Gordo!

MAIS CURTO que Coice de Porco!

MAIS POR FORA que a Cueca do Super-Homem!

Década de 70, Governo Militar instalado no Brasil. Um TELEGRAMA de Brasília é enviado pra uma Delegacia numa cidadezinha no interior do Ceará: “URGENTE: POSSÍVEL MOVIMENTO CÍSMICO NA ZONA; ÍNDICE 07 NA ESCALA RICHTER; EPICENTRO A 3KM DO LOCAL. ASS: GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS.”

Uma semana depois o Delegado manda resposta a Brasília: “MOVIMENTO DESARTICULADO; FECHAMOS A ZONA, PRENDEMOS AS PUTAS; RICHTER ABATIDO A TIROS; EPICENTRO, EPICLETO E EPIFÂNIA TODOS PRESOS, E SÓ NÃO RESPONDEMOS ANTES PORQUE TEVE UM TERREMOTO DA PÔRRA AQUI. ASS: DELEGADO.”

HEY JULY!

Praça Dr. Adelson Isaac de Miranda (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)

Eis que chegamos à metade da jornada anual. Chegamos ao meio do ano. O mês de julho é um mês frívolo! Remete a férias, que remete a descanso, que remete às festas, que evoca alegria. Para nós santanenses, carregado de simbolismo. Para os que jubilaram, este mês traz consigo um quê de nostalgia. Ele sopra sobre nós bons ventos de recordações.

O rádio ligado, o locutor acorre a dizer que neste mês, nós santanenses, vivenciamos duas festas importantíssima, sendo uma profana: A Festa da Juventude e outra religiosa: Festa dos padroeiros da cidade Senhora Sant’Anna e São Joaquim.

Sinceramente, acho forte demais o adjetivo: “profano” dependendo do contexto em que está inserido. E mais ainda o verbo: “profanar”.  Interpreto-os como algo que fere, que mancha, que viola algo que não devia ser tocado, como em algo sagrado. O dicionário Priberam vai dizer que o adjetivo profano significa; “1- que é alheio a religião; 2- secular, leigo; 3- oposto ao respeito devido àquilo que é sagrado.”.  Se fosse este que vos fala,  o autor do colóquio na emissora de rádio, mudaria o adjetivo para festa “folclórica” ou “popular” e  manteria os termos festa religiosa mesmo.

Quanto ao título da crônica, trata-se de um trocadilho em referência o título da música: “Hey Jude” da banda britânica “The Beatles”. A composição tem como autoria, a dupla: Paul MacCartney e John Lennon. De acordo com o site letras.mus.com.br foi composta em 1968. Criada em junho, gravada em julho e lançada em agosto daquele ano.

A letra da composição original é uma espécie de mensagem de alguém o “eu lírico” para Jude uma personagem fictícia, o interlocutor (pode ser uma pessoa do sexo masculino ou feminino). Isso porque há um verso que diz: “Hei! Jude não tenha medo. Você foi feita para ir lá e conquistá-la.”; em outro verso diz: “Não carregue o mundo nos seus ombros. Você bem sabe que é um tolo.” A música o tempo inteiro é uma conversa franca e aberta com alguém que precisa tratar a vida com mais leveza. E sugere que a música pode ser uma ótima oportunidade para isso.

Sempre concebi esta música como sendo uma mensagem dirigida a uma mulher. No entanto o que nos diz o site: essenciasdaterra.com.br traz um significado inusitado para este nome próprio: “JUDE:  É um nome carregado de significado e simbologia. Derivado do hebraico  “Yehudah” que significa “louvor” ou “agradecimento”. Tem conexão profunda com a espiritualidade e a força interior. É o nome de um dos apóstolos de Jesus Cristo.

Particularmente este mês traz-me lembranças muitos vivas das duas festas ao qual o locutor se referia. Meu filho Joaddan, o primogênito, quedou-se surpreso ao ouvir do pai a origem da festa da juventude, com suas tradicionais gincanas automobilística, e depois  motociclística e de jegue. E somente muitos anos depois a introdução de outras modalidades esportivas: Sinuca, Baralho, Corrida pedestre; e mais recentemente Vôlei de praia, Tênis de mesa etc.

A curiosidade das filhas Juliana e Monaly ficou por conta do concurso da rainha da festa da juventude, que no passado não acontecia em praça pública, e sim no ponto máximo do evento, o ápice era o Baile da Festa da Juventude, ocorrido no Tenis Club Santanense. O traje era de gala, o público masculino usava terno completo e as damas vestiam longo, era moda o uso de perucas e penteados extravagantes à base de laquê.

Em muito lembrava os bailes de debutantes (festas de 15 anos de uma turma de garotas) ou os famosos Bailes de formatura, ao som de bandas tocando o que mais se ouvia a época: êi-êi-êi, Bossa nova, Valsa, Bolero e os Clássicos da MPB dos anos 60 e 70.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

GLOSAS PRA HORA DE TOMAR UMA

ÁGUA num tem Cabelo

CAIEIRA num tem Pescoço

GALINHA num tem Dente

CARRAPATO num tem Osso

Bote a cachaça num Copo

Pra começar o Descôrço.

CARRO sem Roda num Anda

Bêbo deitado num Cai

CHIFRE de Corno num Fura

CACHAÇA pura num Vai.

HOMEM que bebe Cachaça

que vive na Embriaguez

CACHORRO que bebe Ovo

MULHER que dá a primeira Vez

Num tem DOUTOR no Mundo

Que dê um jeito nos Três.

A Desgraça do Pau Verde

É ter o Sebo do Lado

Quando o Sebo pega Fogo

O Verde morre Queimado

É Melhor andar Sozinho

Do que Mal Acompanhado.

MADEIRA DE DAR EM DOIDO

Foto: TheUjulala / Pixabay

De acordo com o site dicionarioinformal.com.br o termo-título desta crônica significa: substantivo composto, feminino. Designa madeira dura “Chico doce” ou cassetete. Exemplo Massaranduba é madeira de dar em doido.

Andei andando pelo mundo. Vagando feito vagabundo. Perambulante, confesso. Sem encontrar, no jardim das palavras, uma flor que exalasse um perfume que me atraísse, me embriagasse, com sua formosura, de uma beleza ímpar me enfeitiçasse. Fui para na floresta das Laurissilva, localizada na ilha da Madeira.

“A Ilha da Madeira, na verdade um arquipélago. É um território português localizado em meio ao oceano Atlântico, e não existem vias terrestres que façam ligação ao continente. Pra quem gosta de Cruzeiros, essa é uma fornade chegar lá. Pra quem quer saber mais sobre acesse: viagemturismo.abril.com.br”

‘Laurissilva é um tipo de floresta úmida, composta maioritariamente por árvores da família das lauráceas, endêmico da Macaronésia, região formada pelos arquipélagos de Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde. Fonte: Wikipédia”

“PAU QUE BATE EM CHICO, BATE EM FRANCISCO: A expressão releva a necessidade de igualdade/isonomia. A mesma faz alusão a idéia de que “Chico” é uma pessoa qualquer, sem posição social relevante, enquanto que “Francisco” é pessoa de posição social relevante, de destaque. Mas no final são iguais perante a sociedade. Pois todo Chico é Francisco, e vice-versa, razão pela qual não há que se diferenciar na aplicação de uma norma.”A régua da justiça deve ser isonômica e sua força deve se impor a fortes e fracos, ricos e pobres.” Trecho do discurso do senador Rodrigo Janot [2015] Senado Federal.”

“Madeira de Lei ou madeira nobre designa, em sentido mais amplo, as madeiras que por sua qualidade e resistência, principalmente ao ataque de insetos e umidade, duram mais que as outras. São aptas para emprego em construção civil, naval, confecção de móveis, coronha de armas, instrumentos musicais. Costuma apresentar aparência com cores marcantes indo do bege-amarelado passando pelo amarelo a marrom escuro. As madeiras “brancas” ao contrário das de lei, possuem muito Alburno aparência feia, e apodrecem facilmente. Exemplos: Madeira comum: pinho; Madeira de lei: carvalho. Dependendo do grau de dureza e trabalhabilidade, os usos e cada espécie têm destinações preferenciais. Assim, madeiras duras e pesadas, servirão para portas de segurança, pisos ou móveis pesados. Ao exemplo do Ipê, Pau-ferro, Jatobá, jacarandá e Angelim. Fonte: Wikipédia.org.br”

Veio-me agora uma lembrança boa, uma visita que fiz ao saudoso Paulo Ney Rêgo. O ilustrador da capa do livro “Festas de Santana” [1977 -1ª Edição] do escritor, e confrade, Djalma Carvalho [ASLCA]. Paulo Ney é primo, em segundo grau, da minha esposa Mara Rúbia Vieira Rêgo. Na sua fazenda Paulo mantinha um ateliê, aonde produzia obras de arte em madeira de lei, massaranduba. Alto relevo de paisagens sertanejas que, segundo ele, iam parar na América e Europa. Desde que vi o desenho da capa do primeiro livro de Djalma Carvalho passei a admirá-lo. Sem saber que um dia o conheceria. Autor de um traço tão autêntico e marcante.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

NA DELEGACIA

-Você sabe tocar Bateria?
– Não Seu delegado.
-E por que roubou a Bateria do seu Vizinho?
-Porque ele também não sabe!

DOIS FAZENDEIROS PROSEAVAM:

-Vizinho tuas Vacas Fumam?
-Não!
-Então teu Estábulo ta pegando Fogo!

DOIS SOLTEIRÕES NA FESTA

-Odeio Festa de Casamento!
-Por quê?
-As Tias ficam falando “O próximo será Você!”
-Então se Vinga!
-Como?
-Fala o mesmo pra Elas, nos Funerais!

ATA, COMO ASSIM?

Foto: M. Maggs / Pixabay

O ano de 1978, é um marco na minha vida. Nele alcancei a maioridade. Tudo muda na vida de alguém que atinge a maioridade. Se fôssemos um índio, por certo um ritual de iniciação teria que marcar esse momento. Sem contar que numa aldeia indígena a maioridade pode chegar muito antes dos dezoitos anos. Para os civilizados um série de documentos a serem providenciados: RG; CPF; Título eleitoral, carteira de trabalho etc.

Seria esse o ritual de iniciação a vida adulta? Portar documentos? O direito de entrar em ambientes antes proibido para menores: cinema, quando o filme era apenas pra maiores de 18. Andar na rua altas horas da madrugada, comprar cerveja e cigarros frequentar bordéis. Mudar o visual: calça comprida ao invés de calções com suspensórios. Poder viajar sem a necessidade de acompanhante, ou a permissão dos pais.

Tudo o que antes parecia tão distante, inatingível, bastou uma data virar no calendário, e todas as portas antes fechadas agora se abriam. Claro, que não foi bem assim. Isso porque a vida adulta tem um preço. Diga-se de passagem, um preço justíssimo! Ter que se autossustentar era uma das regras.

No entanto, a maior conquista que tive ao tornar-me adulto, não foi nenhuma dessas coisas. Mais do que tudo isso foi o direito a cursar Datilografia e concluir um curso de Correspondente Comercial, ambos ofertados gratuitamente pelo SENAC –Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.

Com muito orgulho guardo até hoje os certificados. Aprender a fazer um ofício, um memorando, foi muito bom, porém a ata foi um achado! Saber fazer uma ata abriu-me portas. Por causa de poder fazer parte da diretoria de várias instituições, a exemplo da AGRIPA – Associação dos Guardiões do Rio Ipanema, e ASLCA – Academia Santanense de Letras Cultura e Artes.

Ata é palavra camaleônica. “Ata – substantivo feminino; registros de sessão de colectividades deliberativas; [botânica] árvore frutífera (Annona squamosa)  pinha da família das anonáceas by dicionário Priberam.com.br; Ata: verbo transitivo: apertar e dar nó em; Ata; Pinha ou Fruta-do-conde  servem para designar um fruto da família das anonáceas que possui mais de 170 variedades Por que Fruta-do-Conde? Porque foi o governador Diogo Luis de Oliveira, o Conde de Miranda que em 1626 trouxe para o Brasil o fruto, originário da América Tropical. By google.com.br”

UM POUCO DE HUMOR PARA ENCERRAR

FRASES FILOSÓFICA

O REMÉDIO PRA OLHO GORDO? COLÍRIO DIET!

COMO POSSO PERDER A ESPERANÇA SE EU NUNCA A ENCONTREI!

DEPOIS DA TEMPESTADE… O TRÂNSITO PÁRA!

CONTROLE EU ATÉ TENHO, O PROBLEMA

É QUE TÔ SEM PILHAS!

NA DELEGACIA

O Senhor também estava na Confusão?

E o Bêbado: -Eu não.

-E o que está fazendo aqui?

-Ouvi o senhor gritar: “Cana pra todo Mundo!”

QUEM SOU?

Foto: Peter H / Pixabay

Imagine você, se a palavra pudesse se autodefinir? O que diria de si mesma? “–Muito prazer! Sou a palavra! Fui eu que a tudo criou! Deus disse: “Faça-se a luz!” E por minha causa a luz se fez! Na verdade, disse-me em hebraico, aramaico? Ou latim? Não sei ao certo. Posso garantir que em qual idioma for, sou muito bonita. Nasci para unir, pra esclarecer, para crescer, para desenvolver, para promover. Vim ao mundo pra alegrar, pra emocionar, pra ajudar, pra facilitar, pra melhorar a comunicação entre os homens.

Nem sempre consigo. Às vezes fico triste, melancólica, reflexiva, pensativa. Tantas vezes já fui pisada, rasgada, enlameada, jogada fora, desprezada, humilhada. No entanto nunca desisto. Já imaginaram quão prazer, e ao mesmo tempo, como sofrem os que vivem da minha existência? Escritores, professores, comunicadores, políticos, jornalistas, magistrados, médicos, compositores, intérpretes, dicionaristas, tradutores etc. Muitas vezes mal entendidos, desrespeitados, caluniados, vilipendiados.”

Sobre o termo “autodefinir” “O falso prefixo “auto” é um elemento de composição na formação de palavras. Pela nova ortografia somente é separado do segundo elemento por hífen nos casos em que este inicia por “o” ou “h”. Caso o segundo elemento se inicie com a consoante “s” ou “r” é necessário dobrá-la, sem usar hífen. Nos demais casos quando o segundo elemento inicia por demais consoantes ou vogais não há hífen.  By site: soportugues.com.br”

A palavra nos proporciona muitos momentos de alegria, disso não temos dúvida! Em especial quando deixa a seriedade da prosa e entra no jardim da infância da poesia.

“Sóbolos rios que vão por Babilônia, me achei/ Onde sentado chorei as lembranças de Sião e quanto nela passei/ Ali o rio corrente dos meus olhos foi manado, e tudo bem comparado/ Babilônia ao mal presente, Sião ao tempo passado.  Luis Vaz de Camões [1524-1579]

“Sôbolos – etimologia – contração sobre alguma coisa já determinada; em cima; para cima; da preposição “sobre” mais o artigo arcaico “lo”. Fonte: Google.com.br”

A poesia de Camões uma Décima, arte poética, é uma estrofe de dez versos, podem ser heptassilábicos (redondilha) ou decassilábicos, podendo aceitar outras métricas.

“Soltai-me Amor enganado/ Que enganado me prendeis/ Que em meu poder não tereis/ Seguro vosso cuidado/ Sou um pastor desprezado/ Que numa aspereza vivo/ A toda brandura esquivo/ Sujeito a todo rigor/ Não posso servir a Amor/ Que estou de sorte cativo.  Francisco Rodrigues Lobo, Poeta português [1580-1622].

De acordo com Ricardo Sérgio [recantodasletras.com.br] Os poetas Românticos não apreciavam muito a Décima, Porém os Parnasianos a puseram em circulação. Os nossos cantadores nordestinos utilizam-na com frequência.

“Quem é esta clandestina que dentro de mim viaja/ e de mim não se separa mesmo quando estou dormindo/ e aparece nos meus sonhos breve e leve como a neve? Quem é esta clandestina doce e branca e feminina/ que me segue quando saio sombra em mim dissimulada/ e torna a voltar comigo colada ao cair da tarde?  Quem é essa clandestina que de mim não desembarca? Sou seu trem ou seu navio? Seu barco ou seu avião? E sua voz me respondeu: és meu berço e meu jazigo/ Antes mesmo de nasceres eu já estava contigo/ E sempre estarei em ti até o fim da viagem. Ledo Ivo “Crepúsculo Civil -1990.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

VERSOS SEM RIMA

LÁ VEM A LUA SAINDO

POR DETRÁS DAQUELA SERRA

BRANQUINHA QUE NEM LEITE

SE TALHAR EU COMO.

LÁ VEM A LUA SURGINDO

REDONDA COMO UMA VARA

SE VOCÊ NÃO COME MELÃO

PORQUE ROUBOU MINHA BICICLETA?

ESPEREI POR VOCÊ

DEBAIXO DUM GALINHEIRO

ESPEREI TU NUM VIESSE

A GALINHA ME CAGOU…

SUBI NUM PÉ DE LIMÃO

PRA VER MEU AMOR PASSAR

O MEU AMOR NÃO PASSOU

AÍ EU DESCI.

 

Fabio Campos, 15 de Abril de 2024.

MÃOS E CORAÇÃO

Foto; congerdesign / Pixabay

Eis que já estamos, no segundo dia, da segunda semana, do quarto mês do ano: Abril.  Algumas expressões, diversas impressões, vieram-nos muito forte. Junto aos primeiros clarões do sol, mansamente vieram, ao nosso encontro. Relembramos datas comemorativas que a muito tempo pontuam este tríduo de lustros, de dias. Abril, mês mais que perfeito! O único do ano, que não termina com a letra “o”. Há quem acredite ser ele que abre o ano. Possuímo-lo, trinta dias, os completa. Num mês como esse nasceu d. Amância minha avó materna, num dia 13. Também uma filha minha: Adla Juliana em abril nasceu, num dia 10. Minha nora Angélica, e meu genro John, todos de abril.

É pascoal o descobrimento do Brasil. É pascal a primeira missa em solo brasileiro. A imensa cruz o altar no meio da mata. Nativos e pássaros nos galhos das árvores observavam curiosos. Nascidos dos pincéis de Victor Meireles.

Um texto debaixo de uma foto de uma senhora idosa, dos seus oitenta anos. Tatuada na mão apoiada o queixo de pele enrugada: 

“Vovó como se enfrenta a dor? Com as mãos minha querida. Se você a enfrentar com a mente, em vez da dor suavizar ela endurece mais. Com as mãos, vovó? Assim, nossas mãos são antenas da nossa alma. Se você as movimenta costurando, tricotando, bordando, cozinhando, pintando, tocando ou afundando-as na terra. Você envia sinais de cuidado para a parte mais profunda de si mesma. E tua alma se ilumina porque você lhe está dando atenção. Assim ela não precisa mais lhe enviar a dor para ser notada. As mãos são realmente tão importantes assim? Sim, minha pequena, pense nos recém-nascidos: rlrd começam a conhecer o mundo graças ao toque de suas mãozinhas. Se você olhar verá que as mãos dos velhos contam mais sobre a vida deles mais que qualquer outra  parte do corpo. Diz-se que tudo o que é feito com a mão é feito com o coração. Porque é realmente assim.: as mãos e o coração estão conectados. Os fisioterapeutas sabem muito bem disso: quando tocam o corpo de outra pessoa com as mãos, criam uma conexão profunda. É precisamente a partir dessa conexão que vem a cura. Pense nos apaixonados: quando suas mãos se tocam, fazem amor da maneira mais sublime que existe. As minhas mãos vovó, a muito tempo não as uso assim! Movimente-as, minha querida, comece a criar com elas e tudo dentro de você mudará também. A dor não passará. Mas vai se transformar na mais bela obra-prima e não vai doer mais. Porque a partir dela, você poderá bordar a tua essência.”

Linda composição. Ao sabor das oitavas da páscoa, revemos Thomas (também chamado Tomé) chamado, naquele último encontro, a tocar as cicatrizes causadas pelos cravos nas mãos e no lado transpassado pela lança que atingiu o coração de Jesus.

UM POUCO DE HUMOR PARA ENCERRAR

O CABELUDO E A MORTE

Um cabeludo se encontrou com a morte, e ela lhe disse:

-Chegou seu dia, vim lhe buscar…

Ele  Implora: -Não me leve! Não pode ser semana que vem?

-Ok! Tá certo!

Pra escapar o cabeludo rapou a cabeça. E foi pro cinema.

A morte procurou, procurou. Entrou no cinema e:

É! Já que não encontrei o cabeludo vou levar esse careca mesmo!

REMÉDIO PRA CRIAR CABELO

O bêbado, liso. Doido pra tomar uma. Diz a um careca:

-Sei de um remédio bom pra criar cabelo!

-Me ensine então!

-Pague uma cana!

O cara pagou logo duas.

-Você pega banha de galinha e vai passando, (pague outra!) passando (pague outra) passando! Esfrega! Esfrega! Esfrega!

-E aí? Nasce cabelo?

-Se nasce não sei. Mas dá um brilho!

A BRIGA

Dois bêbados discutiam e acabaram sacando cada qual um revólver e atiraram um no outro. Morrem os dois na hora.

Um terceiro bêbado que a tudo assistia. Dá um tiro na própria cabeça dizendo:

-Eu não perco essa briga por nada!

Fabio Campos, 08 de abril de 2024.

 

 

 

RECORDES

Foto: Jerzy Górecki / Pixabay

A palavra que trazemos no título desta crônica, é camaleônica. Daquelas que dão vazão a mais de uma interpretação. A depender do interlocutor, de como ela chega a cada um de nós. O que evoca? A que nos remete, no momento em que tomamos posse dela? Afinal, somos nós que nos apossamos, ou somos apossados pelas palavras?

De repente, pode funcionar como um vocativo, a chamar-nos a recordações. Nesse caso na função de verbo. Poderia ainda, assumir a função de substantivo. Aí seria, fria e calculista incógnita. Um coringa! Uma insólita pirâmide do Egito a provocar-nos com um: “decifra-me, se puderes!”

Somos seres recordativos! Reflexivos! Aceitamos o novo, somente o que entendemos como agradável, cômodo. De preferência o que não exija novas adaptações, nos tire da zona de conforto, ou gere mudanças radicais. O tempo inteiro recorremos as recordações. Andando na rua, assistindo um filme, um vídeo, a fachada de uma casa, um quadro antigo, um templo. Olhando um álbum de fotografias, visitando um museu, ou sentado na mesa dum bar. Contemplando as edificações, uma montanha. Tenho na parede do banheiro uma plaquinha com uma frase que leio todo dia: “VIVA O HOJE; REFLITA O ONTEM; SONHE O AMANHÃ!” Interessante que a ilustração é um carro antigo! Um tanto irônico.    

Récorde ou Recorde? No Brasil se ouvem as duas pronúncias. A primeira vinda do inglês: record [pronuncia-se:“rícord”], ocorreu um aportuguesamento na grafia [recorde] e na pronúncia [récorde]; a outra opção usada como paroxítona: recorde, originária do Latim. De acordo com as normas estabelecidas pela língua portuguesa, devemos escrevê-la sem acento agudo na vogal “o”, e pronunciá-la com ênfase na segunda sílaba.

Teremos este ano os jogos olímpicos: as Olimpíadas de Paris. Com início previsto para 26 de julho, indo à 11 de agosto do corrente ano. As novidades ficam por conta da exclusão de modalidades como; beisebol, softbol e karatê, e inclusão de Braking Dance e Canoagem Slalom Extremo.

“Recordes: Verbo; Masculino; Plural de Recorde; ou segunda pessoa Singular do Presente do Conjuntivo do verbo Recordar; verbo transitivo: Fazer vir à memória; lembrar; rememorar; deslembrar; esquecer; obliterar; olvidar; [Antigo] o mesmo que acordar; Verbo pronominal: Lembrar-se; origem etimológica do Latim: record-o-are; Substantivo: Proeza desportiva oficialmente verificada e que supera tudo o que até se tinha feito no mesmo gênero; Adjetivo de dois gêneros e dois números: Exemplo: número recorde, valores recorde. Bater o recorde = ultrapassar o precedente; Deter um recorde = ter conseguido estabelecer um recorde; Em tempo recorde = [informal] Em muito pouco tempo. Origem etimológica: do Inglês: Record.

“Traduções do inglês: “Record” substantivo: ficha; plug; card; token; conter; poker; chip; registry; registration; register; recording; entry.“Vlog O que é um VLOGGER? Vlog é a abreviação de vídeoblog (vídeo + blog), um tipo de blog em que os conteúdos predominantes são os vídeos. A grande diferença entre um Vlog e um Blog está mesmo no formato da publicação. Ao invés de publicar textos e imagens o “Vlogger” ou “Vlogueiro” (em português), produz vídeos sobre os assuntos que deseja publicar. Fonte: Google.com.br”

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

QUESTIONAMENTOS INSTIGANTES

SE ÀS VEZES SENTIMOS FORMIGAMENTO AS FORMIGAS SENTEM HUMANIMENTOS?

SE É PROIBIDO BEBER E DIRIGIR POR QUE TEM ESTACIONAMENTOS NOS BARES?

SE A GENTE NASCE, CRESCE E MORRE, OS ANÕES SÃO IMORTAIS?

SE A PESSOA QUE TEM HALZHIMER ESQUECE QUE TEM HALZHIMER, ENTÃO ESTÁ CURADA?

SABE O QUE O VINHO DISSE PRO LEITE? MINHA MÃE É UMA UVA, E A SUA É UMA VACA!

SABE QUE PAÍS CABE NA GELADEIRA? O PERU!

SABE POR QUE O PASSARINHO NÃO BATE NOS OUTROS? PORQUE TEM PENA!

SABE POR QUE A CHUVA PEGOU O ÔNIBUS? PORQUE ERA CHUVA PASSAGEIRA!

VAI PASSAR!…

Foto: Reprodução / Facebook

Acho que vivo dois mundos paralelos. O mundo real, e o da linguagem. Um é imaginário, o outro é concreto. Acho prematuro afirmar que isso possa caracterizar uma bipolaridade, ou algum tipo de transtorno psicológico. Busco as palavras como Alice no país das maravilhas, como Dorothy no “Mágico de Oz”. Um Indiana Jones dos verbetes e expressões linguísticas. Um Zumbi , Calabar, Floriano, padre Cícero, talvez um frei Damião, que saiu de Bozzano na Itália vindo parar nesses sertões. Visionário como eles assim me sinto. Sempre à busca da palavra perdida.

“IMAGENS POÉTICAS DE JORGE DE LIMA – Samba Enredo da Estação Primeira de Mangueira de 1975: Na epopeia triunfal/ Que a literatura conquistou/ Em síntese de um sonho/ De um poeta tão risonho/ Assim se consagrou ô ô ô/ Ô ô ô ô Essa é a nêga Fulô/ Uma obra fascinante/ De um poeta tão brilhante/ O povo admirou/ Jorge de Lima em Alagoas nasceu/ Ouviu tudo dos antigos o que aconteceu/ Com os escravos na senzala e no Quilombo dos Palmares/ Foi um sábio que seguiu as tradições/ Com seus versos poemas e canções/ Boneca de pano é jóia rara/ Calabar e o acendedor de lampiões/ Zumbi, Floriano e o padre Cícero/ Lampião e o pampa é o amor. Fonte> Letras,mus.com”

Ao acaso vou fazendo determinadas investigações. Tipo, os nomes próprios e sobrenomes mais comuns no Brasil. São vários sites, aqui na internet que tratam do tema. Ganham de lapada: Masculino: João; e feminino: Maria. Um engano que eu tinha foi desfeito, pensávamos que fosse José o nome masculino mais difundido. Do nada, evocou-me a música de Chico Buarque: “João e Maria”

“Agora eu era o herói/ E o meu cavalo só falava inglês/ A noiva do cowboy era você além das outras três/ Eu enfrentava os batalhões/ Os alemães e seus canhões/ Guardava o meu bodoque/ E ensaiava um rock para as matinês. [1977 interpretada pela cantora Nara Leão] Fonte Wikipédia.org
Desde o final do ano passado que procuro uma poesia que fiz, usando apenas sobrenomes de pessoas, para enaltecer o momento do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. A composição faz parte do meu livro inédito de poesia, intitulado “Poesia Não Enche Barriga; Enche o Coração”. Assim que a encontrar a publicarei em uma crônica aqui.

E eis que Chico Buarque veio parar na minha crônica desta semana. Lembrei-me agora de uma marchinha de carnaval que meu irmão, escritor Fernando Soares Campos gostava muito de cantarolar quando vinha passar uns dias aqui no sertão, vindo lá do sudeste, da capital carioca. Atualmente morando nos sertões alagoano. É motivo de surpresa para os amigos que desconheciam tal exílio.

“Vai passar/ Nessa avenida um samba popular/ Cada paralelepípedo da velha cidade/ Essa noite vai se arrepiar ao lembrar/ Que aqui passaram sambas imortais/ Que aqui sangraram pelos nossos pés/ Que aqui sambaram nossos ancestrais/ Num tempo/ Página infeliz da nossa história/ Passagem desbotadas na memória/ Das nossas novas gerações/ Dormia/ A nossa pátria mãe tão distraída/ Sem perceber que era subtraída/ Em tenebrosas transações/ Seus filhos erravam cegos pelo continente/ Levavam pedras feitos penitentes/ Erguendo estranhas catedrais/ E um dia afinal/ Tinham direito a uma alegria fugaz/ Uma ofegante epidemia/ Que se chamava carnaval/ O carnaval, o carnaval [vai passar]/ Palmas pra ala dos barões famintos/ O bloco dos Napoleões retintos/ E os pigmeus do Bulevar/ Meus Deus vem olhar/ Vem ver de perto uma cidade a cantar/ A evolução da liberdade/ Até o dia clarear/ AI QUE VIDA BOA OLERÊ/ AI QUE VIDA BOA OLARÁ/ O ESTANDARTE DO SANATÓRIO GERAL/ VAI PASSAR. By Chico Buarque e Francis Hime. Fonte: mus.letras.com.br

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR
VERDADES ABSOLUTAS:
SABE POR QUE O PATO TEM INVEJA DO CACHORRO? PORQUE ELE TEM QUATRO PATAS!
SABE QUAL PAÍS CABE NUMA GELADEIRA? O PERU!
UM CARRO E UM PATO SE CASARAM, SABE O QUE TIVERAM? UM CARRAPATO!
SABE POR QUE A CHUVA PEGOU O ÔNIBUS? PORQUE ERA UMA CHUVA PASSAGEIRA!
SABE O QUE O VINHO DISSE PARA O LEITE? MINHA MÃE É UMA UVA, E A SUA É UMA VACA!
SABE O QUE UM CORREMÃO FALOU PARA O OUTRO? AQUI OS ANUS PASSAM LIGEIRO!

BOM CARNAVAL! PRA TODOS!

NADA POR DIZER…

Foto: Roman Grac / Pixabay

“Então Deus disse: Que a terra faça brotar vegetação, plantas que produzam sementes e árvores frutíferas, cujos frutos contenham sementes sobre a terra, de acordo com a sua espécie. E assim foi. A terra fez brotar a vegetação, plantas que produzem sementes de acordo com a sua espécie. E Deus viu que isso era bom. Passaram-se a tarde e a manhã, esse foi o terceiro dia. Livro de Gênesis Cap. 1; Vs 11-13. Fonte: Bibleon.com”

MANGAS. Enquanto escrevo, dentro de uma sacola umas mangas, bem aqui ao meu lado. São muito bonitas, [Fazem-me lembrar Alceu Valença].  Ganhei-as, de um amigo. Frutas ganhas tèm outro sabor. Vistosas, pintadas de amarelo de um lado, avermelhadas do outro. Vontade de tocá-las, sentir a maciez de sua pele. O cheiro aguçando-me o paladar. Lembram-me uma “Natureza Morta”. Paro e penso: qual sentido acende-me mais a fruta? A grande diversidade de espécies que existe: manga rosa, espada, coco, Tommy, Palmer etc. Tem nomes de mangas impublicáveis! A criatividade humana, a depender do formato, enaltecem os genitais de homens e mulheres.

“Ganhado ou ganho? Quando usar um e outro termo: Ganhado se usa com os auxiliares TER e HAVER: “TINHA GANHADO”; “HAVIA GANHADO”. GANHO é antecedido do ver “SER” e “ESTAR”: “É GANHO”; “ESTÁ GANHO”. Modernamente, há uma forte tendência pelo uso de “GANHO” com todos os auxiliares citados. Fonte: Google.com”

Todos os dias quando acordo, na lembrança vem-me uma música. Não especificamente “uma música”. Mas, uma qualquer. Por exemplo, tem uma de Renato Russo que começa com as primeiras palavras desse parágrafo. Pode me acontecer de vir lá da infância ou adolescência. Assim, oportuna véspera de carnaval é possível brotar-me antigos frevos.

“Subi a ladeira do Farol/ Fiquei no mirante a olhar/ Os raios dourados do sol/ No azul imenso do mar/Olhei a cidade sorriso/ E vi Maceió tão feliz/ Mostrando tanta riqueza/ Ao povo desse país. By Pitanga.”

SIRIGUELA. Estou com sorte pra ganhar frutas. Ontem, foi um tanto assim de Siriguela. Se fosse eu, encarregado de  escrever um tratado sobre essa fruta, diria: tem o sabor do pecado. Pois queremos sempre degustá-la com uma bebida alcoólica forte! Sua semente é amundiçada! Toma conta praticamente de quase todo o fruto. Enquanto que sua carne [polpa] suculenta, é um manjar dos deuses.

“A siriguela [ou ciriguela, ou seriguela, ou ceriguela] nome científico: Spondias purpúrea L. Possui 18 espécies, sendo 06 delas encontradas no Brasil. Nativa da América Central, é de fácil adaptação a climas tropicais, áridos e semiáridos. Rica em vitamina C, e fibras alimentares. É ótima para reduzir a incidência de câncer de cólon.O fruto é ainda chamado de Ameixa-da-Espanha, cajá vermelho, ciroela, e jacote. Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br”

“AMUNDIÇAR, verbo[AMUNDIÇADO adjetivo] : Sem educação, de mau comportamento, grosseiro, rude. Fonte: dicionáriobrasileirodaLínguaPortuguesa2.”

Uma campanha publicitária na tevê, mais especificamente na rede Globo de Televisão, sobre o próprio jornalismo da emissora. Tem essa música de fundo:

“Eu não sei dizer/ Nada por dizer/ Então eu escuto/ Se eu não entender/ Não vou responder/ Então eu escuto/ Eu só vou falar/ Na hora de falar/ Então eu escuto/ Lá,lá,lá,lá…

É a música “Fala”, interpretada por Ney Matogrosso. É composição de João Ricardo, Lunil e Zé Rodrix. É a última faixa do primeiro álbum da banda “Secos e Molhados”, 1973”. A música traduz um pouco do que sinto, do meu silêncio, das últimas semanas, sem nada escrever. Talvez seja isso. O caju, não podia ficar de fora.

CAJU. Sempre que me perguntam: que fruta eu mais aprecio? Lá me vem ele à boca. Palavra doce que um dia falei pra alguém! Entremeada de saliva. Pra mim fruta temporã, de fim de ano. Até carnaval os cajueiros mais atrasados ficam carregados! Os maturis do cercado de Seu João Augustinho [ pai do amigo, professor e confrade Manuel Augusto Azevedo] lá na infância costumavam vingar-se de nós, meninos traquinos, enchendo de nódoas nossas roupas. Garantia de uma boa “pisa” de mamãe.

 “MATURI: Palavra indígena, usada nos estados do Nordeste brasileiro, para definir um caju novo. Também a castanha verde do caju usado como ingrediente na culinária. By José Luiz – SP Fonte: dicionarioinformal.com.br

“PISA: Substantivo feminino: Ato de pisar; Sova, surra, tunda [nordeste brasileiro]. Fonte Google.com”

Pronto. Taí. Mais uma crônica. Feita de frutas, músicas, lembranças. E eu, pensando que não teria, por um bom tempo NADA POR DIZER…

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

MAIS VERDADES ABSOLUTAS:

SABIA QUE O CARRO MAIS RÁPIDO DO MUNDO, É O CARRO QUE CORRE MAIS QUE TODOS OS OUTROS CARROS?

SABE O QUE DISSE O FAZENDEIRO QUE ROUBARAM SEU TRATOR?  -FUI ROUBADO!

SABIA QUE VOCÊ PODE SALTAR DE PARÁQUEDAS, SEM PARÁQUEDAS? MAS SÓ UMA VEZ!

JOÃOZINHO NA AULA:

– NA FRASE: “O ARTISTA JÁ TEM MAIS DE 20 ANOS DE CARREIRA”. Aonde está O SUJEITO?

-Pôxa! Professora! Deve está muito longe. Né? 20 anos correndo!

BODE GAIATO,   JUNIN na Aula:

-VOCÊS SABIAM QUE OS SERES HUMANOS SÓ CONSEGUEM ENXERGAR O QUE ESTÁ ATÉ 5Km DE DISTÂNCIA?

-ISSO NÃO É VERDADE PROFESSORA! A LUA MESMO, ESTÁ A 3.800Km DE DISTÂNCIA E NÓS CONSEGUIMOS ENXERGAR!

 

Fabio Campos, 31 de Janeiro de 2024.

NAS VOLTAS DO MUNDO…

Foto: Larisa Koshkina / Pixabay

Eis que já estamos num novo ano: 2024. 2023 é página virada. Uma folha branquinha chamada ano novo está na nossa frente, possibilitando nova caminhada. Novas formas de ler e escrever o mundo! Existe lá no mais profundo do nosso ser uma chama acesa. Alguns a chamam de fé. Outros a chamam de esperança. É como um facho de luz. Pode estar tênue como a luz de uma vela. Bem como pode estar ardente e forte como uma pira olímpica. Só depende nós.

Haverá sempre os que dirão: “Ora! Apenas mudou o calendário. As contas à pagar são praticamente as mesmas, os problemas apenas mudaram de ano, as pessoas com quem convivemos ano passado continuam convivendo este ano. Colegas de trabalho, familiares, amigos de infância que estão por perto e nem valorizamos, outros que estão distantes, e quão avidamente gostaríamos de vê-los.”

A exceção claro, fica por conta dos que nos deixaram. Tanto no ano passado quanto já esse ano. Cada um com seu grau de importância, nos deixou. Não contive as lágrimas, ao ver, na tevê, uma criança lamentando a morte dos pais e irmãos na guerra de Israel contra Hamas. A guerra desumana, cruel, inexplicável!

Mário Jorge Lobo Zagallo, Franz Beckenbauer, a filhinha de nossa confreira Lícia Maciel, meu amigo Joninhas [ Jonas Francisco de Souza. *23/07/1964 + 29/12/2023]. Não tive a oportunidade de estar perto, ou de os conhecer pessoalmente alguns de vocês. No entanto lamentei profundamente cada uma, de suas partidas.

“’Somos seres que sentimos profundamente e buscamos sempre um sentido de sermos quem somos. Vamos desde o nosso nascimento e por toda a vida, registrar o que vivemos em nossa memória, e daí extrairmos nosso sentido de existir. Tiramos de todas as experiências algo que significa nós mesmos e que será registrado nesse ser profundo, nossa verdadeira essência. Por Marly Terra Verdi. Membro do grupo de estudos de psicanálise de São José do Rio Preto -SP.”

Convido-vos a caminhar. A estrada está a nossa frente. Vamos ser caminheiro, um João Andante, “nas estradas que o mundo tem” como dizia, o saudoso Paulo Diniz; Encaremos com humildade tudo que Deus preparou para nós

Olha só que interessante: “A Johnnie Walker maior marca de de uísques do mundo, criada no ano de 1867, na Escócia. Em sua logomarca podemos visualizar um Lord bem vestido, na posse de uma bengala. No Brasil no ano de 2018, nasceu a marca “João Andante” uma cachaça produzida na cidade de Passa Tempo, em Minas Gerais. A “João Andante traz em sua logo um maltrapilho carregando uma trouxa de roupas. A expressão “João Andante” é tradução de Johnnie Walker. Fonte: Google.com”

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

VERDADES ABSOLUTAS DITAS NO WATSAP

VOC^SABIA? 60 SEGUNDOS passa em 1 Minuto na ÁFRICA?

SABIA? QUE UM BANDO DE PÁSSAROS VOANDO EM “V” terá um lado maior se naquele lado tiver mais PÁSSAROS?

SABIA? A MAIOR CAUSA de DIVÓRCIOS são os CASAMENTOS?

SE TODOS OS ALUNOS QUE ADORMECEM EM SALA DE AULA Fossem colocados deitados lado a lado na grama eles DORMIRIAM MAIS CONFORTÁVEIS?

A LUA É MAIS IMPORTANTE QUE O SOL Porque a LUA ilumina a NOITE. E o SOL ilumina de DIA que já é claro!

 

Fabio Campos 09 de Janeiro de 2024.