Você tem tido soluço por dias seguidos? Veja os cuidados a se tomar

20 janeiro 2022


Foto: Divulgação / CMH

Todo ser humano, ao menos uma vez na vida, deve ter passado por um fenômeno de contração muscular involuntária intermitente dos músculos respiratórios intercostais e diafragmáticos. Falando assim você pode não entender, mas se eu perguntar: você já teve soluço? Aí muita gente vai dizer que sim.

Foi justamente esse o assunto que abordei num podcast que gravei para o Centro Médico Hebrom. Nos últimos dias atendi três pacientes que apresentavam soluço intermitente, um deles há quase quatro dias com soluço sem parar. Ele já havia passado por outros médicos, tomado medicações, mas não tinha resolvido.

Atrás do soluço, temos que fazer um exame físico, de temperatura, olhar o ouvido, pode ter alguma lesão nesse órgão. Olhar a garganta. É preciso fazer um exame torácico abdominal. Procurar sinais de pneumonia, derrame pleural. Investigar se o paciente tem algum aneurisma, algum problema com o nervo frênico.

É importante verificar a parte cardiológica, se a pessoa tem algum problema nesse sentido, pois o soluço também pode indicar alguma alteração nessa área. As vezes o soluço pode preceder um infarto agudo do miocárdio.

É ainda relevante avaliar se o soluço possa estar ligado a algum fator psicogênico, ou seja, quando o distúrbio não têm uma origem orgânica e sim psíquica. Pode ter uma relação com estresse, ansiedade, excitação.

Há também aquelas medidas populares, já conhecidas do público em geral, como respirar em um saco, engolir açúcar, chupar um limão. Tem a manobra de valsava, uma técnica em que se prende a respiração, segurando o nariz com os dedos e, em seguida, é necessário forçar a saída de ar, fazendo pressão.

Mas também existem as medidas farmacológicas, nesse caso, é preciso sempre buscar orientação médica, para que ele indique o que realmente é melhor.

Aqui no Centro Médico Hebrom fazemos um procedimento simples, que é puxar a língua do paciente e mandar ele retrair a cabeça um pouco para trás, pois diminui o estímulo do nervo vago, que é com que o soluço é excitado.

Quer saber ainda mais sobre este tema, ouça o áudio completo do podcast abaixo:

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