Monumento ao Jumento em 1970, obra do pão-de-açucarense João Damasceno Lisboa (Foto: Cortesia / Arquivo Darras Noya)
Quem chega a Santana do Ipanema, através da rodovia BR 316, vindo do Agreste para o Sertão, dá de cara com um dos principais monumentos do município: o jumento e o tangedor: Mineiro e Candinho. Para os moradores mais novos, e quem ainda não conhece a história, esse texto traz informações sobre o significado dessas estátuas.
Em junho de 2018, o site Alagoas na Net publicou um artigo do professor Marcelo Fausto, no qual expõe sobre essa história. Entre outras coisas, Fausto cita o escritor santanense Tadeu Rocha, o qual afirmou que o monumento constitui verdadeiro marco na evolução dos sertões, pois indica o fim da busca da água nas cacimbas.
Neste mês de janeiro, dois santanenses trouxeram para seus conterrâneos um personagem que foi o responsável por enaltecer o jumento e o trabalhador. Os irmãos Sérgio Soares de Campos e Fernando Soares Campos lançaram no sábado (22) o livro intitulado Adeildo Nepomuceno Marques – “um carismático líder sertanejo”.
Adeildo Nepomuceno Marques foi o único prefeito de Santana do Ipanema a assumir três mandatos, e foi em seu segundo mandato que ele decidiu inaugurar a estátua do jumento, o qual era chamado pelo seu tangedor Candinho, de Mineiro.
O autor Sérgio Campos relatou que quando era menino, viu de perto esse acontecimento importante para os moradores santanenses e conta tudo isso nesta obra literária.
A estátua do jumento, que muita gente não sabe, mas se chama “Mineiro”, e do seu parceiro “Candinho”, foi colocada no dia 03 de março de 1969, data em que Santana do Ipanema recebeu seu primeiro sistema de água encanada, vinda de Pão de Açúcar, do rio São Francisco.
O monumento, uma obra do pão-de-açucarense João Damasceno Lisboa, também conhecido como Joãozinho Retratista, portanto, foi uma homenagem a essa dupla, que antes do novo equipamento, era quem socorria os sertanejos, levando água para seus lares, oriundas de poços do rio Ipanema“, diz.
Eternizar o trabalho de vários “candinhos”, e os jumentos, foi uma parcela da contribuição dada pelo político Adeildo Nepomuceno, que também assumiu o cargo de deputado estadual por Alagoas.
Foi também durante sua passagem política que aconteceram inaugurações de várias obras em Santana do Ipanema, a exemplo da ponte na AL 130, que dá acesso a várias cidades do Sertão, como Olho d’Água das Flores, Carneiros, Olivença, entre outras.
Esses e outros fatos sobre o ex-prefeito santanense você pode encontrar no livro Adeildo Nepomuceno Marques – um carismático líder sertanejo, pela editora Grafmarques. Atualmente, a obra pode ser obtida em três pontos de venda em Santana do Ipanema, no Hotel Privillege, na Casa O Ferrageiro e no Bar Comercial.