VIDA DE NEGRA
3 junho 2020
No mundo inteiro artistas, marcas de grande destaque, ativistas, profissionais de todas as áreas e populares das mais variadas camadas sociais sobem as hastags #VIDASNEGRASIMPORTAM e ou #BLACKLIVESMATTER, como protesto contra a violência de ação policial e negligência das autoridades contra a vida dos negros.
Mas, muitos desconhecem que este é um movimento internacional que existe desde 2013 e ganhou força em 2014, após a morte de dois afro-americanos em Nova York.
#BLACKLIVESMATTER foi fundado por mulheres, lideranças negras, e com o objetivo de defesa da causa das mulheres e da comunidade LGBT (LGBTQI+) e hoje, no Brasil, o movimento #VIDASNEGRASIMPORTAM ganha uma proporção muito maior na internet, após o 31 de Maio, no Rio de Janeiro, subindo massivamente as hastags contra o genocídio da juventude negra, Antirracistas e Antifacistas.
O Brasil tem a tendência a maquiar o racismo. Segundo o Sociólogo Florestan Fernandes, “o brasileiro tem preconceito de ter preconceito”. ”É uma forma de transformar os indivíduos que são mais vulneráveis socialmente em inimigos do país. Há pouco clamor popular para reivindicar a humanidade dessas vidas”. “Tanto aquele que é a pessoa que age preconceituosamente tanto a que sofre o preconceito fazem acordo tácito de não falar sobre aquilo. É vergonhoso para o indivíduo que é preconceituoso e também é vergonhoso para aquele que passa pelo preconceito, fica parecendo que ele está sendo vitimado”. Fonte: Estado de Minas.
Concordante com Florestan, inclusive quanto a acordos tácitos, deixo meu depoimento de experiência vivencial do preconceito racista desde o berço, veja abaixo: