Em ironia o parlamentar não deixou escapar que tem cobrado ações do chamado “primeiro ministro”.
A Câmara Municipal de Santana do Ipanema foi palco de discursos enfáticos e críticas severas ao prefeito da cidade, Mário Silva (PV), durante sessão ordinária desta sexta-feira (4). Uma delas foi abordada pelo ex-presidente da Casa e vereador José Vaz (PSDC), que cobrou respostas do gestor por obras paradas no município. Entretanto, um discurso mais duro partiu do atual presidente e vereador de oposição Genildo Bezerra (PR).
Entre uma palavra e outra o popular Papa Tudo não economizou nos ‘puxões de orelha’ e nas ironias e chegou a dizer que o governo não estaria mais no controle, já que agora, de acordo com o próprio, estaria sendo governado pelo que ele chamou de “primeiro ministro”.
O presidente da Casa Tácio Chagas Duarte começou cobrando a adoção de medidas por parte da Defesa Civil Municipal. O alarde veio, porque segundo ele, vem recebendo cobranças da comunidade rural pelas constantes faltas d’água na região e que os carros pipas não estariam atuando. Sem indicar diretamente ou citar nomes, o vereador pediu para que o prefeito não esperasse ações externas, mas sim tomasse atitudes. “Demita alguns aventureiros e faça seu papel prefeito”, cobrou.
As críticas a Mario Silva não cessaram, e Papa Tudo chegou a dizer que o prefeito criticava a gestão passada, feita pela ex-prefeita Renilde Bulhões, que não por acaso faz parte do grupo político do crítico. “O senhor falou que a gestão passada errava por trazer gente de fora pra administrar, mas vossa excelência encheu a prefeitura de pessoas desse tipo”, declarou o vereador.
O parlamentar não deixou escapar que tem cobrado ações do chamado ‘primeiro ministro’, pessoa da qual ele indica ter sido designado para fazer a articulação política do prefeito. “A cidade não está mais sendo administrada pelo prefeito, mas sim por uma pessoa de fora, pelo primeiro ministro”, alardeou Papa Tudo, que ainda emendou dizendo que Mário Silva estaria reconhecendo que sua equipe é incompetente.
Em suma, a acidez do presidente praticamente fechou os discursos da Casa, que logo após teve indicações, requerimentos e projetos lidos pelo secretário da Mesa Diretora, seguidos de votação e finalização dos trabalhos do dia.
Por Lucas Malta / Da Redação