Um desafio chamado promoção de saúde
12 abril 2020
A maior parte da formação dos profissionais de saúde ainda é baseado no modelo hospitalocêntrico ultrapassado, o que acaba não preparando para atuar no campo da promoção à saúde. Estudos comprovam isso ao mostrar a diferença entre o ensino e as reais necessidades de saúde na sociedade.
A promoção da saúde é a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), focada no fortalecimento da capacidade dos usuários de saúde e dos grupos sociais de intervir no próprio processo saúde-doença. Para ocorrer essa intervenção é necessário que a população tenha conhecimento do seu papel na prevenção de doenças ou na recuperação de seu próprio estado de saúde.
A promoção de saúde baseia-se na elaboração e implementação de políticas públicas, criação de ambientes favoráveis à saúde, reforço da ação comunitária, desenvolvimento de habilidades pessoais, reorientação dos sistemas e dos serviços de saúde. Sendo então, a principal encarregada de evitar a sobrecarga nos serviços secundário e terciário de saúde (hospitais gerais e hospitais especializados).
Na prática, a promoção de saúde ajuda a difundir o conhecimento à população sobre como evitar doenças, se proteger de zoonoses, higiene pessoal, ambiental e coletiva, alimentação saudável, práticas e hábitos de qualidade de vida.
Após todas as implementações e formulações desde a Reforma Sanitária, a organização do SUS é compreendida a partir da participação da população junto aos profissionais na promoção e na vigilância à saúde.
A população passa então a ser sujeito do processo e a doença deixa de ser o foco de observação. A Saúde então se volta para o modo de vida e as condições de trabalho dos indivíduos e grupos sociais, e suas repercussões no processo saúde-doença.
Existem dois grandes problemas que são a má gestão e a corrupção que geram diferentes dificuldades de se praticar essa promoção de saúde em âmbito nacional, e enfrentar essas dificuldades é o desafio para o SUS nesta década.