Criado na periferia de Maceió, Zé Carlos tornou-se em 2012 o maior foi artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série B e atualmente joga na China
Um alagoano criado no bairro da Chã da Jaqueira se tornou em 2012 o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro da Série B desde sua criação, em 1994. Essa conquista foi de José Carlos Ferreira Filho, 29 anos, mais conhecido como Zé Carlos, e carinhosamente chamado pelos torcedores dos clubes por onde passou como “Zé do Gol”.
A alcunha dada ao alagoano tem tudo a ver. Com os 28 gols marcados numa única edição do campeonato, Zé Carlos bateu o recorde e superou até então os maiores artilheiros da história desta competição, que eram Uéslei, ídolo do Bahia no final da década de 1990, com 25 gols, e Alessandro, atacante que se destacou no Ipatinga-MG em 2007.
Casado, pai de quatro filhos, Zé Carlos relata o sentimento da conquista: “Passei momentos difíceis na carreira, principalmente depois da perda de minha mãe, em 2007, mas superei isso com ótima temporada no Criciúma, ano passado”, disse Zé do Gol.
O fruto da artilharia no Brasileiro do ano passado rendeu a Zé Carlos uma proposta irrecusável do Jiangsu Sainty, atual vice-campeão chinês. Com isso, o artilheiro anunciou sua saída do time catarinense.
Zé Carlos assinou por duas temporadas com o Jiangsu, seu 13º clube na carreira – além do Criciúma e do Corinthians Alagoano, aparecem no rol do Porto, Vizela, CRB, Ulsan Hyundai, Ponte Preta, Jeonbuk Motors, América-RN, Paulista, Paulista de Jundiaí, Cruzeiro e Gamba Osaka -, e garante que será uma boa oportunidade financeira: “Essa proposta de dois anos é para ajeitar minha vida e da minha família. Vou fazer 30 anos e não sei se vai surgir outra como essa”, conta.
Atualmente, Zé Carlos ainda está vinculado ao Corinthians-AL, clube formador de atletas e responsável pela venda dos direitos federativos do atacante.
O maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro da Série B começou a jogar nos campos de peladas da Chã da Jaqueira, atuando justamente onde mais gosta de colocar a bola: no gol. “Nas peladas com os moleques lá na Jaqueira, eu era geralmente o goleiro”, revela Zé dos Gols.
Das peladas para o primeiro time, foi um salto. “A minha primeira equipe foi o Dínamo e depois fui para o Atlântico, um time do bairro do Sanatório. Foi aí que o pessoal do Corinthians Alagoano me viu e me comprou. Nessa época eu iria completar 18 anos”, conta o artilheiro.
Como ídolos que o inspiraram para o futebol e como atacantes, Zé Carlos cita dois nomes, inclusive um deles também alagoano: “Um é o Romário e o outro é o alagoano Aloísio Chulapa, de quem sou amigo e com quem converso muito”, diz.
Agência Alagoas