Ufal leva projeto de extensão para a bicentenária Festa do Meado de Agosto

20 ago 2013 - 19:28


Evento contou com a apresentação de jovens da comunidade quilombola Tabuleiro dos Negros, que integram o projeto Tambores

cultura 1O projeto de extensão Tambores, da Universidade Federal de Alagoas participou da Festa do Meado de Agosto, realizada no Município de Taquarana, Agreste alagoano. Formado por Jovens de 12 a 18 anos de idade, o grupo subiu ao palco pela primeira vez e, junto com o maracatu Batuque Yá, apresentou os remanescentes do Quilombo Tabuleiro dos Negros, de Penedo.

Coordenado pelo professor Sérgio Onofre, o projeto Tambores trabalha percussão, ritmos afro-brasileiros e dança afro, reunindo as comunidades Oiteiro e Tabuleiro dos Negros, ambas do Município de Penedo. Além de buscar o resgate da cultura das comunidades, pretende-se também promover geração de renda, com a descoberta de novos talentos; despertar e oferecer aos participantes a oportunidade de se tornarem profissionais de música e dança.

De acordo com Onofre, que também é diretor do Espaço Cultural da Ufal, o projeto prevê a implantação de uma mini fábrica, em Penedo, para a confecção e venda de instrumentos de percussão, entre outros. “Nossa pretensão é levar o trabalho a outras comunidades quilombolas do Estado”, revelou.

A festa

Marcada pela fé, toques, cantos e danças, a Festa Meado de Agosto tornou-se patrimônio cultural para os moradores de comunidades rurais banhadas pelo Rio Lunga, no Agreste do Estado. A Ufal foi parceira do evento, realizado nos dias 14 e 15 de agosto, que contou com um público aproximado de três mil e quinhentas pessoas.

Batuque Yá

Criado há quatro anos por Wilson Santos, aluno do curso de Música da Ufal, o Batuque Yá, composto somente por mulheres, busca a aproximação da população feminina dos instrumentos de percussão e a desmistificação de que apenas homens podem tocar tambor. O grupo desenvolve ações em parceria com a universidade e deu origem ao projeto de extensão Batuque Yá em Movimento, aprovado no Programa de Iniciação Artística (Proinart).

Para Santos, a Ufal merece ser parabenizada pelo incentivo a expressões artísticas, como a música e a dança. “A universidade, especificamente neste ano, deu um passo gigantesco no que diz respeito à valorização da cultura de raiz, da cultura afro e da percussão, não só popular como clássica também. Acabamos de ter um concurso para professor de percussão, que era uma área carente dentro da Ufal. É um momento histórico”, destacou.

ASCOM UFAL

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