Presidente e vice recepcionaram relatório de ações militares e reforçaram importância do diálogo
O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador José Carlos Malta Marques, e o vice-presidente, desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, receberam, na tarde desta quarta-feira (06), representantes de quatro movimentos sociais do estado. O objetivo da visita foi a entrega de um documento que relata as ações militares contra os movimentos.
Para o desembargador presidente, a relação entre o Poder Judiciário e os movimentos sociais presentes em Alagoas sempre foi pautada na civilidade e aplicação da lei. “O que for necessário ser feito e no que for possível ajudar, nós ajudaremos. Mas, é preciso lembrar que somos um Poder e atuamos sob o absoluto domínio de regras. É evidente que há limites que precisam ser respeitados”, lembrou José Carlos Malta.
Durante a reunião, o presidente do TJ também lembrou que esse relacionamento é reflexo do avanço republicano e da democracia e, por isso, é preciso zelar para que sempre exista. “Nosso olhar sobre o movimento é o mesmo que o existente sobre qualquer instituição”, explicou.
Um dos líderes nacionais, o advogado Renato Carvalho, agradeceu o encontro e reconheceu o esforço das autoridades e do Judiciário alagoano em solucionar os conflitos. “Reconheço que os movimentos sociais ainda são anacrônicos, mas, muitas instituições alimentam esse anacronismo. Em compensação, observo que Alagoas está à frente de outros estados no que se refere às questões dos conflitos agrários”, afirmou Carvalho. O chefe do Judiciário lembrou que essas mudanças positivas são reflexo da abertura e modernidade das instituições, incluindo o Poder Judiciário.
Membro do Comitê de Conflitos Agrários do estado, o vice-presidente, desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, reforçou o papel da Justiça na solução das demandas ligadas à terra. “Como membro do comitê de Conflitos Agrários, posso dizer que existe o interesse em solucionar esses problemas. É difícil encontrar alternativas para os títulos de dívidas agrárias, que são extremamente desgastados, mas, o Poder Judiciário de Alagoas é um aliado dessa luta”, comentou.
Estiveram presentes na reunião representantes dos Movimento Luta Pela Terra (MLT), Movimento Unidos Pela Terra (MUPT), Via do Trabalho e Terra Livre.
TJ/AL