Cinema e Música se encontrarão no Centro Cultural Arte Pajuçara, nesta quarta-feira (26), a partir das 20h, durante a estreia local do média-metragem “Três dias com o Mestre”. Após a exibição da obra documental dirigida por Glauber Xavier e protagonizada por Nelson da Rabeca, o público presente no evento gratuito prestigiará o show da cantora e compositora Dona Benedita, viúva de Nelson, e do projeto Tradição Improvisada. Todo o evento será acessível em Libras e os ingressos poderão ser retirados na bilheteria do local no dia da estreia, a partir das 19h.
Seu Nelson era cortador de cana e descobriu-se músico aos 54 anos. Fabricava artesanalmente as próprias rabecas e aprendeu a tocá-las de forma autodidata. A produção reverbera o universo musical de Nelson e Dona Benedita e acompanha o processo de criação de uma rabeca por Nelson e seus filhos. É uma obra etnográfica, mas também poética.
O filme é produzido pela Sambacaitá Produções, com coprodução da Associação Artística Saudáveis Subversivos e conta com distribuição da Cajuína Audiovisual e com codistribuição do Sebrae. A obra tem o apoio financeiro do Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, via Lei Aldir Blanc, direcionado pelo Ministério da Cultura. É uma realização da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em parceria com o diretor da obra.
Sobre o mestre
Nelson dos Santos, conhecido como Nelson da Rabeca (Joaquim Gomes, 12 de março de 1941 – Maceió, 22 de abril de 2022), foi um rabequista, acordeonista e compositor brasileiro, natural de Alagoas. Nascido em uma família de agricultores, Nelson passou a maior parte de sua vida trabalhando na lavoura de cana-de-açúcar, até descobrir seu talento musical aos 54 anos, sem nunca ter frequentado a escola. Casado com Benedita da Silva, que o acompanhava como vocalista, Nelson teve dez filhos, alguns dos quais seguiram a carreira musical. Seu fascínio pela música começou ao ver um violino na televisão, o que o levou a construir e tocar sua própria rabeca.
Paralelamente ao trabalho agrícola em Marechal Deodoro, Nelson tornou-se conhecido por compor e tocar baiões, xotes, marchas e forró pé-de-serra, além de tocar acordeão. Autodidata, começou a construir rabecas na década de 1970, buscando sempre a perfeição e originalidade. Sua preferência pela madeira de jaqueira para a construção de rabecas, pela sua beleza e durabilidade, destacou-se em sua obra. O reconhecimento de Nelson se ampliou com a pesquisa de José Eduardo Gramani, que ficou impressionado com a qualidade das rabecas de Nelson, levando à gravação de um CD em 1994. Em 1998, a Associação dos Amigos de Nelson da Rabeca foi fundada para promover seu trabalho artístico. Seu Nelson faleceu em 22 de abril de 2022, aos 81 anos, devido a problemas cardíacos, deixando uma marca indelével na música e cultura de Alagoas.
Paralelamente ao trabalho agrícola em Marechal Deodoro, Nelson tornou-se conhecido por compor e tocar baiões, xotes, marchas e forró pé-de-serra, além de tocar acordeão. Autodidata, começou a construir rabecas na década de 1970, buscando sempre a perfeição e originalidade. Sua preferência pela madeira de jaqueira para a construção de rabecas, pela sua beleza e durabilidade, destacou-se em sua obra. O reconhecimento de Nelson se ampliou com a pesquisa de José Eduardo Gramani, que ficou impressionado com a qualidade das rabecas de Nelson, levando à gravação de um CD em 1994. Em 1998, a Associação dos Amigos de Nelson da Rabeca foi fundada para promover seu trabalho artístico. Seu Nelson faleceu em 22 de abril de 2022, aos 81 anos, devido a problemas cardíacos, deixando uma marca indelével na música e cultura de Alagoas.
“Nelson da Rabeca deixou um legado extraordinário como mestre do Patrimônio Vivo de Alagoas, que continua vivo em suas composições, nos instrumentos que construiu e na inspiração que deixou para futuras gerações. Ele foi, e sempre será, um dos mais legítimos representantes de nossa cultura popular alagoana,” destacou a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas.