Trabalho de professor de AL será apresentado em Feira Internacional

03 set 2013 - 09:53


Pesquisa foi realizada com alunos do ensino fundamental da Escola Estadual Xingó II, em Piranhas

Foto: Divulgação

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O Parque Ecológico Pedra do Sino, em Piranhas, foi o ambiente escolhido para o desenvolvimento em campo da pesquisa “Ambientes naturais e suas interferências na formação de conceitos no ensino de Ciências”, do professor Péricles Carvalho, da Escola Estadual José Sena Dias, com alunos do ensino fundamental. A pesquisa será apresentada no Colóquio Internacional da Educação, em Sergipe, de 18 a 21 de setembro.

O trabalho, com eixo temático “Educação e Pesquisa em Espaços não Formais”, foi desenvolvido com 50 alunos da Escola Estadual Xingó II (onde Péricles trabalhava na época da pesquisa) a respeito de interferências provocadas por aulas práticas desenvolvidas em ambiente natural na formação de conceitos no ensino de ciências em alunos do ensino fundamental.

Como explica o professor Péricles Carvalho, para esse fim foi definido o conteúdo bioma caatinga, já que os alunos estão inseridos em região com essa característica, o que dessa forma facilitou consideravelmente o deslocamento dos mesmos da sala de aula até o Parque Ecológico Pedra do Sino.

“No ambiente natural, os alunos conseguem visualizar os componentes e observar as várias interações que ocorrem no ecossistema, bem como ter a capacidade de entender a importância de valorizar o bioma caatinga”, afirma Péricles. Segundo ele, por ser uma vegetação típica da região, também desperta a percepção de pertencimento a esse ambiente.

Aulas práticas

Péricles reconhece, ainda, que as aulas de Ciências desenvolvidas em ambientes naturais têm sido apontadas como uma metodologia eficaz tanto por envolverem e motivarem crianças e jovens nas atividades educativas, quanto por constituírem um instrumento de superação da fragmentação do conhecimento.

“Meu intuito foi diversificar as aulas práticas e teóricas para que os alunos pudessem contextualizar os conceitos num ambiente diferenciado e bem conhecido dos estudantes”, ressalta o professor. Segundo ele, outro propósito foi oferecer uma visão do que seria a vegetação da Caatinga.

Para Ricardo Oliveira, 15 anos, aluno do 8º ano, as aulas além de terem sido muito mais dinâmicas e interativas, serviram para um conhecimento mais aprofundado da região e ainda para esclarecer dúvidas dos colegas de sala. “Além da beleza que conhecemos no Parque Ecológico, aprendemos com mais detalhes o que a natureza oferece”.

Maiara da Silva, que também fez parte do grupo, reconhece que as aulas em outros ambientes se tornam mais interessantes e que despertam mais curiosidade dos alunos e, ainda, se tornam uma experiência inesquecível. “Todos nós gostamos da proposta e deveria ser seguida também por outras disciplinas”.

Planejamento

Na primeira semana, como informa o professor Péricles Carvalho, foram trabalhadas aulas teóricas na Escola Xingó II com o tema Bioma Caatinga abordado e, em seguida, foi solicitado aos alunos que conceituassem individualmente o termo ‘Caatinga’ e retratado por meio de um desenho suas respostas.

Na segunda semana, a turma foi para uma visita no Parque Ecológico da Pedra do Sino e teve a oportunidade de observar a variedade de espécies e suas respectivas informações contidas nas placas de cada representante da flora. E na terceira semana da pesquisa, afirma Péricles, foi solicitado aos alunos o conceito do Bioma Caatinga, cuja finalidade foi responder o objetivo do trabalho e perceber as mudanças e conhecimentos adquiridos por todos.

Com o resultado dessa pesquisa, o professor Péricles é taxativo: “Assim o processo de ensino e aprendizagem passa a ter significado para o aluno, quando o educador propicia condições para que o estudante possa participar da construção de sua aprendizagem através da descoberta, curiosidade, paixão e a partilha”.

Agência Alagoas

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