De modo a reforçar parcerias e contribuições socioambientais, técnicos do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) participaram do 3º Workshop Ambiental promovido pela Associação Nordesta. O encontro aconteceu no município de Quebrangulo, e destacou projetos importantes, a exemplo do reflorestamento das margens dos rios Paraíba e Mundaú.
Ao decorrer do evento, ocorrido neste final de semana, as ações da Nordesta foram apresentadas, assim como o debate acerca de pautas relevantes como reflorestamento e mercado de crédito de carbono. Isabel Nepomuceno, consultora ambiental do IMA, relata que as atividades desenvolvidas pela Associação contribuem positivamente para o meio ambiente.
“O viveiro de mudas Nativas da Nordesta possui 130 espécies endêmicas da região em que 20 destas são ameaçadas de extinção e são utilizadas para a recuperação de áreas degradadas”, explica a técnica que também reforça a notoriedade dessas ações.
“Nós temos um novo desafio que é contribuir para a diminuição das enchentes, não apenas em Quebrangulo, mas em outros municípios da região. Para isso pretendemos reflorestar as cabeceiras dos rios nas bacias do Paraíba e Mundaú”, explica Anita Studer, fundadora da associação Nordesta.
Por ser ornitóloga, a suíça Anita Studer chegou ao Brasil na década de 80 para estudar o canto de algumas espécies. No entanto, abraçou a missão de criar uma organização sem fins lucrativos para atuar diretamente na preservação das áreas de mata atlântica, em especial na região de Quebrangulo, e seguiu contribuindo em território brasileiro até então.
Inclusive, a Associação participou incisivamente no processo que regularizou a Reserva Biológica de Pedra Talhada. Atualmente é uma Unidade de Conservação Federal que continua recebendo esforços da Nordesta, mas que é mantida por órgãos federais.
O Herbário MAC do Instituto também conta com uma parceria para estudos florísticos, sobretudo na região em que a Nordesta atua. Através dessa interação diversas espécies são depositadas e catalogadas no acervo botânico.
“Através dessa parceria temos a possibilidade de identificar, ver as espécies endêmicas, novas distribuições e ocorrências de registros para aquela região. Então isso é um grande ganho para as pesquisas e para o conhecimento da flora alagoana”, finaliza Jarina Alves, bióloga e consultora do Herbário MAC.