Por conta do surto de diarreia ocorrido em diversas cidades de Alagoas, um alerta das autoridades da saúde tem sido feito em diversas regiões do Estado.
Na manhã desta quarta-feira (29), a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Santana do Ipanema, Sibele Azevedo, falou à nossa reportagem e abordou o assunto relatando algumas medidas a serem tomadas para verificar as razões dos casos.
Coletas de água e de fezes para a realização de analises são algumas das primeiras medidas a serem tomadas. Também está sendo feita capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde e dos enfermeiros que trabalham nas unidades básicas, além de distribuição de cartazes, folders e hipoclorito para as unidades básicas trabalharem nas comunidades.
A coordenadora ressalta ainda a importância de manter hábitos de higiene na comunidade. “Pedir para que o hipoclorito seja realmente usado para tratar a água, pois essa é uma das medidas mais eficazes no combate às diarreias”, disse Sibele.
Motivo
Um laudo está sendo feito com a coleta da água da cidade, para saber se há alguma substância, tipo uma alga, que esteja provocando o surto. Também está sendo analisado se a grande quantidade de moscas que está tendo na cidade tem haver com a doença. “A gente não descartar a hipótese de que o surto da doença esteja sendo provocado por alguma substância na água ou, se é por conta da grande quantidade de moscas, mas a gente só vai poder afirma isso após o resultado da análise”, explicou a coordenadora da vigilância epidemiológica da cidade.
Em outras regiões
A situação de surto de diarreia já está sendo registrados em cinco estados brasileiros, (Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba). Em Alagoas já são 33 municípios atingidos pelo surto que foi identificado a partir do sistema de monitoramento das doenças diarreicas que as unidades de saúde, inclusive o hospital, informam à vigilância epidemiológica semanalmente. Desde então, a atenção básica, vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental estão trabalhando em conjunto, para tentar prevenir, diagnosticar precocemente e tratar adequadamente todos os casos.
Não é culpa da água!
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) divulgou um laudo, nesta segunda-feira (27), realizada pelo Laboratório Central (Lacen). Nele a empresa comprovou que a água fornecida pela distribuidora em Palmeira dos Índios está isenta de coliformes fecais. O resultado atesta que os casos de diarreia divulgados pela imprensa na semana retrasada não têm qualquer relação com a água da companhia, que está adequada para consumo humano.
Agora, segundo o gerente, as secretarias de Saúde do Estado e do Município estão intensificando a fiscalização em pontos alternativos de abastecimento, como carros-pipa clandestinos, poços, cacimbas e cisternas, no intuito de se resolver o problema da epidemia de diarreia, que acometeu mais de 200 pessoas no município do Agreste alagoano.
O resultado com a análise da água para o município de Santana do Ipanema deverá sair no próximo mês.
Da Redação com assessoria