Sistema carcerário do Nordeste tem 43 mil presos a mais do que número de vagas Dados de superlotação foram coletados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Gabriel Ferreira, Graziela França e Lucas Maia / Agência Tatu

24 jul 2022 - 08:00


Foto: Divulgação / Agência Tatu

No país, o aumento de vagas no sistema carcerário não vem acompanhando o número de presos. Em 2021, haviam 159.923 presos para 116.600 vagas em todo o Nordeste, com 43.323 vagas a menos que o número real de pessoas encarceradas, o que representa um déficit de 27%.

Os dados, coletados e analisados pela Agência Tatu, são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, a 16º edição do relatório. Apesar de novas vagas terem sido implementadas, a quantidade não foi suficiente para acabar com a superlotação.

Déficit no Nordeste

Mesmo com o aumento de vagas em 28% em 2021, o déficit continua. Entre os estados do Nordeste com as maiores taxas de superlotação estão Pernambuco, Ceará e Alagoas. Os demais estados do Nordeste obtiveram déficits menores em 2021.

Sistema carcerário em Alagoas

Alagoas disponibilizava de 4.920 vagas, mas tinha 9.856 presidiários em 2020. Ano passado o estado passou a contar com 10.522 presos, um aumento de 6,76%, e uma redução de 272 vagas. Assim, o déficit de vagas é de 5.874.

Demais regiões

De 2020 para 2021, as regiões do Sul, Sudeste e Norte conseguiram reduzir o déficit de vagas do sistema prisional, ou seja, a falta de vagas foi minimizada. A mais evidente foi a região Sul que conseguiu reduzir em 72,49%; já o Norte teve uma redução de 38,16%; e o Sudeste reduziu em 38,16%. Na contramão, o Centro-Oeste teve 25,84% de aumento no déficit de vagas.

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