Sinpete cresce e leva educação científica do Litoral ao Sertão de Alagoas Edição de 2023 registrou 300 atividades ofertadas, com participação de cerca de dez mil estudantes de 230 escolas, nos cinco municípios participantes

Assessoria / Ufal

24 out 2023 - 19:30


Semana Interinstitucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete) (Foto: Assessoria / Ufal)

A Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió, tornou-se um grande polo de divulgação científica com vários estandes temáticos compartilhando estudos ou experiências nas mais diversas áreas do conhecimento. Tudo apresentado numa linguagem acessível e atrativa para que todos pudessem participar.

Desde a última segunda-feira (16), crianças da educação infantil, estudantes dos ensinos fundamental e médio, de escolares públicas e particulares, circularam pelos campi da Ufal na capital e no interior do estado tendo a oportunidade de vivenciar como fazer ciência por meio das atividades propostas pela Semana Interinstitucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete). O evento termina nesta sexta-feira (20) superando de forma positiva as expectativas dos participantes. Foram dias de intensa movimentação que demonstraram o poder de mobilização do conhecimento científico.

O objetivo da Sinpete é grande, pensando o presente e com visão de futuro: mais do que simplesmente mostrar o que é ciência, o foco da Semana é apresentar a atividade como um meio de resolução de demandas e uma possibilidade de carreira profissional, estimulando o surgimento de novos cientistas alagoanos.

“A Sinpete se estrutura a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS], visando estimular a curiosidade e o pensamento científico de crianças e jovens alagoanos. A ideia é inseri-los como protagonistas na busca por soluções sustentáveis que respondam a problemas socioambientais do lugar onde vivem”, destaca Vera Pontes, coordenadora-geral do evento. E ressalta: “É a educação científica na escola como ferramenta de transformação social. Por meio de ações de estímulo à iniciação científica, a Sinpete possibilita a aproximação entre Universidade e escola e contribui com a formação acadêmica dos futuros ingressantes da Educação Superior”.

Números que impressionam

Em sua segunda edição, a Sinpete surpreendeu o público com a ampliação das atividades. De acordo com os organizadores, entre oficinas, minicursos, palestras, mesas, exposições e experimentos, foram mais de 300 atividades ofertadas, contemplando os municípios de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Maragogi, cidades que sediaram o evento este ano.

Com inscrição de 230 escolas, das redes públicas municipal e estadual, além das particulares, a projeção de público foi de cerca de dez mil estudantes participantes ao longo da semana. E os esforços foram para que ninguém ficasse de fora. “Algumas escolas públicas enviaram e-mail reportando desistência da visitação de alunos por não terem conseguido o transporte, mas, diante das possibilidades, a Ufal interveio disponibilizando ônibus escolar para suprir um pouco dessa dificuldade e fazer o translado da turma”, informou Vera.

Para realizar um evento desse porte, foi preciso engajamento de uma equipe que acreditasse na ideia. A coordenadora conta que, na edição de 2023, foram mais de 300 pessoas envolvidas na organização e execução. Ela ressaltou o apoio do reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, e da vice-reitora Eliane Cavalcanti, além de pró-reitores, docentes, pesquisadores, técnicos e estudantes que se dispuseram a trabalhar na realização da Semana.

“Foi um trabalho bem articulado com as pró-reitorias, o Nees da Ufal, a Ascom [Assessoria de Comunicação], secretarias de Estado e municipais, outras instituições de ensino superior, de fomento à pesquisa. A toda essa equipe, nossa gratidão”, reconheceu Vera.

Projeto de popularização e divulgação da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), a Sinpete é realizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em colaboração com o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc-AL), Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti-AL), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/AL) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), com a importante parceria do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (Nees) da Ufal.

A realização da Semana consolidou a união de diversas instituições em torno do objetivo de estimular ideias e soluções para as demandas locais pensadas a partir da perspectiva dos próprios estudantes, acreditando, estimulando e abrindo espaço para atuação dos futuros cientistas.

“Em sua 2° edição, a Sinpete cresceu, expandiu e se interiorizou, visando alcançar dezenas de municípios, centenas de escolas e milhares de alunos alagoanos, do Litoral ao Sertão. É um projeto interinstitucional e, como tal, realizado pelas instituições parceiras, numa interconexão com as secretarias municipais de educação”, explica a coordenadora. E destaca: “Nessa perspectiva, a Ufal se apoia no 17° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, da ONU: parcerias e meios de implementação, buscando investir no ODS 4: educação de qualidade”.

Maior instituição de ensino superior pública de Alagoas, o foco da gestão central é fazer da Ufal um espaço cada vez mais dos alagoanos. E é nessa perspectiva que também trabalha a equipe organizadora da Sinpete: para que os estudantes da educação básica se sintam motivados e acreditem que podem ser os futuros discentes e pesquisadores da Universidade.

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