O Sindpol não mediu críticas aos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público pelo caos da segurança pública em Alagoas, no Seminário “Os elevados índices de mortalidade por armas de fogo no Brasil”, ocorrido na Assembleia Legislativa de Alagoas, na última sexta-feira (11).
A sessão púbica reuniu a cúpula da segurança pública e representantes das entidades das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, além do deputado federal Alessandro Molon, que é 2º vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e presidente da Subcomissão Especial de Controle de Armas, Munições e Explosivos na Câmara Federal.
Do Sindpol, participaram o presidente, Josimar Melo, o vice-presidente Edeilto Gomes, e o diretor Financeiro, Antonio Zacarias. Depois de mais de três horas aguardando, Josimar Melo se pronunciou sobre vários temas que envolvem a segurança, como a política de recolhimento de arma. Ele destacou que mesmo que se retira todas as armas, os altos índices de homicídios continuarão. O sindicalista esclareceu a falta de política pública para mais de um milhão de jovens, o novo acordo com os usineiros que prevê isenção fiscal, as denúncias ao Ministério Público sobre o repasse a mais ao duodécimo à Assembleia Legislativa, os alugueis de veículos e aeronaves, as reformas superfaturadas nas delegacias, que muitas nunca foram concluídas, mas que foram consideradas regulares pelo MP. Disse também que o Programa Brasil Mais Seguro era uma farsa. Citou que nas delegacias regionais, ao invés de colocarem as fitas vermelhas, que significam vítima de homicídio, estão disponibilizando das azuis que tratam de morte clínica, para maquiar o número de homicídio.
O presidente Josimar Melo cobrou investimento na segurança pública, valorização do policial civil com o Plano de Cargo, Carreira e Subsídios, política de geração de emprego para a juventude, educação, saúde, transporte público e moradia popular gratuita e de qualidade.
Resposta
O procurador-Geral de Justiça, Sérgio Jucá, pediu direito de resposta. Disse que era uma declaração injustiça. Alegou que encaminhou à Procuradoria da República a denúncia dos decretos que favorecem o não recolhimento do ICMS pelos usineiros.
Ele não se pronunciou sobre as denúncias do sindicato. Disse que ali era um ato político.