Sesau orienta gestantes sobre transmissão vertical da febre Oropouche Medidas devem ser adotadas no combate ao mosquito Aedes aegypti, que também pode transmitir a dengue, zika e chigungunya

Ruana Padilha / Sesau

17 jul 2024 - 19:30


Reunião do Comitê Técnico de Monitoramento das Arboviroses de Alagoas. (Foto: Olival Santos / Ascom Sesau)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Comitê Técnico de Monitoramento das Arboviroses de Alagoas, apresentou, nesta quarta-feira (17), orientações sobre transmissão vertical da Febre Oropouche para gestantes. Durante o encontro, que ocorreu no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), os técnicos discutiram também medidas a serem adotadas para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da dengue, zika e chigungunya.

O chefe do Gabinete Estadual de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, infectologista Renné Oliveira, explicou que as gestantes entraram no radar da febre Oropouche pela possibilidade de contaminação fetal. E que de acordo com Nota Técnica emitida pelo Ministério da Saúde (MS), a medida foi adotada após a detecção da presença do anticorpo do vírus em amostras de quatro casos de microcefalia e um caso de abortamento registrados no Brasil. 

“Como medida de recomendações para as gestantes é orientado que evitem as áreas que há muitos insetos, se possível usar telas de malha fina em portas e janelas. Aplicar repelentes nas áreas expostas da pele; manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, e o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo”, ressaltou o infectologista.

O coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, Clarício Bugarim, salientou que serão intensificados medidas de vigilância nos meses finais da gestação e no acompanhamento dos bebês de mulheres que tiveram infecções por dengue, Zika e Chikungunya ou febre de Oropouche. 

“Iremos fazer uma retrospectiva do nosso banco de dados em relação aos desfechos dessas gestações e também fazer um levantamento dos abortamentos e óbitos fetais e das maiores formações neurológicas congênitas para saber se esses abortamentos estão relacionados a algum caso possível de um gestante que teve Oropouche”, informou.

Claricio Bugarim reforçou que o Estado não apresenta casos suspeitos de febre Oropouche, mas destaca que os sintomas da doença são iguais aos da dengue e que, por isso, é necessário a realização de exame laboratorial para comprovar a infecção. “Hoje só conseguimos comprovar o diagnóstico para febre Oropouche por meio laboratorial, pois os sintomas são os mesmos da dengue. No Estado, a análise é realizada no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) que vistoria os casos descartados para as outras arboviroses”, explicou.

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