Segundo o secretário de Finanças, eles estão há dois meses sem receber. Após o decreto de emergência, eles temem que o pagamento não seja feito.
Servidores públicos da cidade de União Palmares, que estão há dois meses com os salários atrasados, paralisaram as atividades na tarde desta segunda-feira (14). Após o decreto de emergência, os funcionários temem não receber os salários dos meses de novembro e dezembro.
Segundo o secretário de Finanças do município, Roberto Carnaúba, os servidores concursados estão de braços cruzados.
De acordo com Carnaúba, após assumir a prefeitura, a atual gestão encontrou as contas zeradas e mais de R$ 2 milhões em dívidas públicas. Ainda segundo ele, as contas de energia das escolas da cidade também estão atrasadas.
“Não temos dinheiro para pagar nenhuma dessas dívidas. O que me preocupa mais ainda são as escolas, porque, sem energia, elas não funcionam ”, disse Carnaúba.
Ainda segundo o secretário, o antigo gestor do município, Areski Omena, o Kil, descontou a parcela do empréstimo consignado dos servidores e não repassou para a Caixa Econômica Federal. “São mais de R$700 mil que a prefeitura está devendo. Estamos tentando negociar junto à Caixa o débito, que é muito alto”, afirmou.
O prefeito eleito por União dos Palmares, Carlos Alberto Borba de Barros Baia (PSD), tentou uma negociação com os servidores, mas sem sucesso. “Disse que pagaria janeiro no final do mês e que os meses atrasados eu parcelaria, mas eles não aceitaram. As contas estão zeradas e eu não tenho como fazer o pagamento integral dos atrasados”.
Decreto de emergência
O prefeito de União decretou situação de emergência no município após descobrir irregularidades administrativas da gestão anterior. O decreto foi publicada no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira (3).
De acordo com o decreto, faltam medicamentos essenciais nos postos de saúde, merenda escolar, além de condições mínimas de atendimento ao público e furto de materiais utilizado nos expedientes pelos funcionários.
O prefeito considerou que, para a continuidade dos serviços públicos essenciais, como acesso à educação e à saúde com condições mínimas de atendimento ao cidadão, seria necessário decretar “situação de anormalidade no município por 180 dias, em razão da situação de desorganização administrativa deixada pela gestão anterior de Ariski Freitas, o Kil (PTB)”.
Por G1 Alagoas