Servidores públicos param em União dos Palmares

15 jan 2013 - 06:50


Segundo o secretário de Finanças, eles estão há dois meses sem receber. Após o decreto de emergência, eles temem que o pagamento não seja feito.

Faixa de protesto dos servidores públicos de União dos Palmares (Foto: arquivo pessoal/Ivan Nunes)

Servidores públicos da cidade de União Palmares, que estão há dois meses com os salários atrasados, paralisaram as atividades na tarde desta segunda-feira (14). Após o decreto de emergência, os funcionários temem não receber os salários dos meses de novembro e dezembro.

Segundo o secretário de Finanças do município, Roberto Carnaúba, os servidores concursados estão de braços cruzados.

De acordo com Carnaúba, após assumir a prefeitura, a atual gestão encontrou as contas zeradas e mais de R$ 2 milhões em dívidas públicas. Ainda segundo ele, as contas de energia das escolas da cidade também estão atrasadas.

“Não temos dinheiro para pagar nenhuma dessas dívidas. O que me preocupa mais ainda são as escolas, porque, sem energia, elas não funcionam ”, disse Carnaúba.

Ainda segundo o secretário, o antigo gestor do município, Areski Omena, o Kil, descontou a parcela do empréstimo consignado dos servidores e não repassou para a Caixa Econômica Federal. “São mais de R$700 mil que a prefeitura está devendo. Estamos tentando negociar junto à Caixa o débito, que é muito alto”, afirmou.

O prefeito eleito por União dos Palmares, Carlos Alberto Borba de Barros Baia (PSD), tentou uma negociação com os servidores, mas sem sucesso. “Disse que pagaria janeiro no final do mês e que os meses atrasados eu parcelaria, mas eles não aceitaram. As contas estão zeradas e eu não tenho como fazer o pagamento integral dos atrasados”.

Decreto de emergência

O prefeito de União decretou situação de emergência no município após descobrir irregularidades administrativas da gestão anterior. O decreto foi publicada no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira (3).

De acordo com o decreto, faltam medicamentos essenciais nos postos de saúde, merenda escolar, além de condições mínimas de atendimento ao público e furto de materiais utilizado nos expedientes pelos funcionários.

O prefeito considerou que, para a continuidade dos serviços públicos essenciais, como acesso à educação e à saúde com condições mínimas de atendimento ao cidadão, seria necessário decretar “situação de anorma­lidade no município por 180 dias, em razão da situação de desorganização administrativa deixada pela gestão anterior de Ariski Freitas, o Kil (PTB)”.

Por G1 Alagoas

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