Dentre os problemas causados pelo uso excessivo dos aparelhos móveis, a distância física entre pais e filho era superada graças à tecnologia

A tecnologia como suporte: Madson e Sílvia não conseguiam imaginar como seria se não pudessem estar frequentemente conectados com o filho. (Foto: Gustavo Aquino)
Embora distancie quem está próximo, por outro lado, a tecnologia móvel também possui a capacidade de aproximar duas pessoas que se encontram em larga distância uma da outra; aspecto a ser levado em consideração quando a intenção é aproximar um filho, que mora longe, dos seus pais (e vice-versa). Essa foi a realidade dos empresários Sílvia França e Madson Heli, pais do acadêmico de Medicina, Jonas Augusto (21), que estudou nos Estados Unidos por meio do Programa Ciências sem Fronteiras entre agosto do ano passado até o último dia 14.
Para os pais, os aparelhos eletrônicos foram a tábua de salvação para manterem a relação constante com o filho. “Pelo fato de os meios de comunicação estarem muito mais acessíveis, a qualquer hora do dia nos comunicávamos”, disse Heli, que tanto ele como sua esposa conversavam com Augusto frequentemente através de aplicativos como WhatsApp, FaceTime e Skype. Estes dois últimos proporcionam aos usuários um contato face a face que permite a demonstração da emoção que é estabelecida pelo diálogo.
Apesar de a saudade ter tomado grande proporção em suas vidas e o contato interpessoal não ser comparado nem de longe a qualquer outro tipo de comunicação, mesmo que ambos se sentissem tão próximos como se estivessem ocupando o mesmo espaço, França garantiu que esse sentimento era abrandado com os recursos tecnológicos. “Além disso, amenizava também a preocupação, pois estávamos sempre conversando sobre o que ele estava fazendo, como estava se alimentando, se fazia atividade física, se estava gostando das aulas. A tranquilidade de termos estado sempre em contato com ele foi muito importante”, frisou.
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Esta foi a primeira vez que Jonas Augusto morou longe dos pais e, assim como eles, deu graças aos programas e aplicativos por ter estado constantemente em contato com a família. “O que antes só poderia ser feito por meio de cartões-postais, cartas e e-mails, hoje em dia, o uso de programas de videochamadas é muito prático. Com alguns cliques no celular, eu conversava com meus pais, que estavam a mais de 7000 km de distância de mim”, pontuou.
Na terceira fase, a reportagem retratará duas situações: a mudança positiva da relação de mãe e filho, de seis anos, após a primeira reconhecer o quanto a utilização do smartphone estava tornando sua relação com a criança cada vez menos frequente, e a realidade de outra mãe e filha que fazem da tecnologia mais uma oportunidade de estabelecer uma boa conexão interpessoal entre si. Amanhã (quarta-feira, 02), no Portal Alagoas na Net.
Por Gustavo Aquino – colaboração