Sobre Amanda Araújo

Amanda Araújo Mendes é proprietária e enfermeira do consultório de enfermagem CuraDerme situado em Santana do Ipanema (Alagoas). Formada em enfermagem pela Faculdade Cesmac do Sertão, também bacharela em administração pública pela Ufal. Possui especializações na área de gestão em saúde pública e urgência, emergência e terapia intensiva. Já atuou como enfermeira no Hospital Regional de Santana do Ipanema e atenção básica do mesmo município. Fez parte do corpo docente dos cursos da escola técnica de saúde Valeria Hora e atualmente é docente do Divino Cursos.


Será que sempre é birra da criança?

17 fevereiro 2024


Foto: Mandyme27 / Pixabay

O transtorno opositor desafiador, conhecido pela sigla TOD, ainda é pouco conhecido, e quando vamos falar sobre suas características e particularidades daqueles que tem o transtorno devem surgir dúvidas ou falatórios se não estão inventando “modismos” para justificar comportamentos indisciplinados e de confrontos das crianças.

O TOD é um distúrbio do neurodesenvolvimento que ocorre na infância e adolescência e provoca sintomas como teimosia, impulsividade e de forma mais marcante o comportamento de desafiar figuras de autoridade, seguimento de regras e algumas vezes esse comportamento desafiador é pelo puro sentimento de satisfação no desafio.

Essa é uma condição de difícil diagnósticos por serem comportamentos semelhantes aos comportamentos naturais as fases do desenvolvimento infantil, mas o que se deve ser observado é a intensidade, frequência e duração desses comportamentos.

Algumas crianças têm esse comportamento desafiante tão forte que ao serem solicitadas ao fazerem algo mesmo que seja algo que gostem, só para confrontar aquele que solicitou são capazes de deixar de fazer para se opor ao pedido, outro ponto que deve ser observado é que ao acreditarem que foram prejudicadas, ou que fizerem algo de ruim contra elas podem buscar vingança pois são extremamente rancorosas.

Para fechamento de diagnósticos deve ser seguido critérios do DSM -5, existe tratamento medicamentosos para aliviar alguns sintomas só que o mais indicado é a psicoterapia e a família deve ser totalmente ativa nesse processo para aprender a lidar com todos esses comportamentos.

O processo terapêutico vai ajudar a criança desenvolver habilidades e técnicas para lidar com esses comportamentos e o quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento melhor o prognóstico dessa criança, pois crianças com transtorno opositor que não tratam, tem uma grande chance de, na fase adulta, desenvolve o transtorno de conduta.

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