Segundo Google, FBI vigia pessoas na internet

11 mar 2013 - 16:57


googleaskO Google abriu o Transparency Report para divulgar os pedidos de dados que governos e entidades fazem à empresa e para aperfeiçoar a “transparência em relação ao fluxo de informações relacionadas às ferramentas e aos serviços”, como informa o site da iniciativa.

A partir dos dados fornecidos, é possível concluir que o FBI monitora a web procurando por potencial atividade terrorista e outras ameaças. Os investigadores solicitam dados pessoais de contas do Google usando as chamadas “Cartas de Segurança Nacional” (NSL, na sigla em inglês), um dispositivo permitido pelo Patriot Act. Esse ato, assinado pelo então presidente George Bush em outubro de 2001, criou várias medidas para tentar combater o terrorismo em território americano, mas é também muito criticado por ter diminuido a privacidade dos cidadãos.

A página das solicitações de informações de usuários dos EUA não indica exatamente as quantidades dos pedidos feitos via NSL. Entre 2009 e 2012, por exemplo, foram feitos de 0 a 999 pedidos de dados, o que pode ter afetado entre mil e 2.999 usuários.

Segundo Richard Salgado, diretor legal do Google, essa imprecisão nos números faz parte da estratégia das investigações. “Divulgamos intervalos numéricos e não os números precisos. Isto é uma preocupação do FBI, do Departamento de Justiça e outras agências, pois a revelação dos números exatos prejudicaria as investigações. Somos gratos aos funcionários do governo dos EUA que trabalham conosco por nos ajudar a conhecer melhor o uso das Cartas de Segurança”, disse o diretor.

A Electronic Frontier Foundation, fundação que luta pelos direitos civis, diz que as NSL são perigosas pois ferem as liberdades individuais dos cidadãos.

Por Revista Galileu

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