Movimentação é para evitar ações de crimes dentro e fora do sistema prisional em Maceió e na cidade de Craíbas.

Ação contou com forte esquema de segurança coordenado pelo diretor das Unidades Penitenciárias, capitão Josinaldo Anízio, e com o apoio de 50 agentes (Foto: Jorge dos Santos)
Na manha desta quarta-feira (11), mais 66 presos foram transferidos do Presídio Cyridião Durval, em Maceió, para o Presídio do Agreste, em Craíbas. Em contrapartida, outros 54 serão oriundos de Craíbas para Maceió.
A medida, como nas transferências anteriores, é para engessar os líderes dos grupos criminosos dentro do sistema prisional e evitar que coloquem em prática os planos das suas ações.
Considerados periculosos, os reeducandos transferidos teriam domínio sobre grupos nos módulos que ocupavam e seriam os responsáveis por planejamento de fugas, motins, ordens para as quadrilhas às quais pertencem para cometer crimes do lado de fora, entre outros ilícitos.
“No Presídio do Agreste, além do bloqueio natural (porque não há sinal para operadoras), por garantia, ainda existem seis bloqueadores de aparelhos celulares”, informou o superintendente de Administração Penitenciária, tenente-coronel Marcos Sérgio.
“Nessa gestão, o reeducando é quem escolhe a forma como quer pagar sua pena, se perto ou longe da família. Se estiver preso aqui e continuar a se rebelar, será transferido na hora”, completou o oficial.
A transferência desta quarta-feira já estava planejada e foi agilizada pelo boato sobre o resgate do preso José Soares Jr, acusado de assalto, roubo, tráfico de drogas e formação de quadrilha.
A ação contou com um forte esquema de segurança coordenado pelo diretor das Unidades Penitenciárias, capitão Josinaldo Anízio, e com o apoio de 50 agentes da segurança pública que fazem parte do Grupo de Intervenção Tática (GIT) da Superintendência de Administração Penitenciária (SAP), Batalhão de Operações Especiais (Bope), Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A transferência teve a autorização do juiz da 16º Vara de Execuções Penais, José Braga Neto. A ouvidoria da SAP também acompanha todo o procedimento.
Por Dulce Melo e Maysa Ferreira / Agência Alagoas