O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, ex-secretário da Fazenda estadual, participou, nesta quinta-feira, 31, da reunião mensal da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). Santoro veio a Maceió substituindo, na reunião, o ministro dos Transportes, ex-governador alagoano Renan Filho.
Convidado pelo presidente da Fiea, empresário José Carlos Lyra de Andrade, o ministro havia confirmado presença na reunião da Fiea, mas, convocado pelo presidente Lula para eventos no Piauí, na mesma data, enviou Santoro para substituí-lo no encontro com as lideranças da Indústria alagoana. “Um desafio muito grande substituir o ministro Renan Filho, mas, estamos aqui para mostrar o que o governo tem feito na área dos Transportes”, disse o secretário-executivo do Ministério.
Novo PAC
Na sua fala, George Santoro fez amplo relato sobre os graves problemas da malha viária nacional, com destaque na rede ferroviária, que poderiam acarretar prejuízos ao país, sem as medidas que estão sendo adotadas pelo governo do presidente Lula. O secretário mostrou que a piora da malha nos últimos sete anos trouxe o risco de afastar importadores, como os chineses, já que, atualmente, é mais caro levar grãos de um município a outro no Brasil, do que exportar para países vizinhos.
Ele destacou o investimento de R$ 94,2 bilhões que está previsto no novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) para as ferrovias nacionais. “Nosso desafio é aumentar a participação das ferrovias na malha viária brasileira. Um desafio bem complexo!”, afirmou George Santoro. O secretário ressaltou a necessidade de negociação com o Parlamento, onde são aprovados os licenciamentos para investidores e concessionários.
Nessa missão, disse ele, o DNIT já conseguiu efetivar contratos de manutenção (tapa-buraco) em 100% da malha nos 27 estados brasileiros. “Encontramos quase mil obras paradas no DNIT, mas já estamos reduzindo esse número” – revelou, acrescentando que o governo vai investir R$ 185,8 bilhões na recuperação, manutenção e construção de rodovias.
Nos próximos quatros anos, disse George Santoro, o governo federal vai destinar R$ 185,8 bilhões para investimentos nas rodovias nacionais.
Alagoas
O DNIT em Alagoas terá, este ano, R$ 436,4 milhões, volume equivalente a tudo o que foi investido nos últimos quatro anos (2019 a 2022). O superintendente do órgão no Estado, André Paes Cerqueira de França, também participou da reunião na Federação das Indústrias, mostrando as ações previstas para Alagoas, no sentido de melhorar as condições da malha rodoviária. Segundo André, vão ser concluídas obras como a duplicação urbana em São Miguel dos Campos, conclusão da Serra da Catita (até janeiro próximo) e conclusão do Lote 2 da BR-102, em Joaquim Gomes.
São 10 quilômetros de rodovia, uma obra que se arrasta há 15 anos, com a complexidade de se tratar de terra indígena. E que agora está solucionada, servindo como modelo para o DNIT em todo país.
Citando ainda o Lote 6 da BR-101 (Junqueiro), Lote 7 (viaduto de Porto Real do Colégio) e o Arco Metropolitano, o superintendente revelou que 9 obras serão executadas em Alagoas com recursos do Novo PAC. Será investido aqui 1,8 bilhão até 2026.
Ao final, o empresário José Carlos Lyra agradeceu a participação do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, dizendo que George Santoro foi muito bem na apresentação dos projetos, substituindo com eficiência o ministro Renan Filho.
“Nosso agradecimento ao ministro dos Transportes e a George Santoro, que nos trouxe boas notícias sobre o desenvolvimento previsto para Alagoas e o Brasil”, disse o presidente da Federação das Indústrias.