Santana: Trabalhadores de cemitério reclamam do abastecimento de água

02 dez 2015 - 10:22


O secretário municipal de obras garantiu que o serviço é prestado continuamente, sempre que solicitado pelos trabalhadores.

Trabalhadores reclamam do serviço de água (Foto: Alagoas na Net)

Trabalhadores reclamam do serviço de água (Foto: Alagoas na Net)

Trabalhadores e trabalhadoras que atuam no cemitério mais antigo da cidade de Santana do Ipanema estão aflitos com o abastecimento de água no local.

Segundo informações chegadas ao site Alagoas na Net, o local está sendo atendido precariamente por carros pipas, desde que a Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas (Casal) desligou as torneiras que abasteciam o cemitério.

O problema é contado por alguns servidores que trabalham no Cemitério Santa Sofia, situado no bairro da Comoxinga. O local é a necrópole mais antiga do município sertanejo, na qual, além da falta de água, sofre há anos com a falta de espaço e infraestrutura.

Rotina de trabalho

Um dos servidores que atua na limpeza do local, a qual pediu anonimato por medo de represálias, revelou que no ultimo dia de finados, foi necessário usar água do rio Ipanema para preparar alguns dos túmulos para visitas. “Um pipa trouxe a água, mas ela estava muito suja. Infelizmente era a que tinha”, lamentou o funcionário.

Apesar do sorriso, o jovem José diz passar sufoco nos cemitérios (Foto: Alagoas na Net)

Apesar do sorriso, o jovem José diz passar sufoco nos cemitérios (Foto: Alagoas na Net)

O jovem Antônio José não faz parte do quadro de trabalhadores efetivos e nem contratado do campo santo, mas presta serviço como autônomo na realização de limpeza de túmulos, tanto no Cemitério Santa Sofia, quanto no São José do Barroso, ambos no bairro Camoxinga.

Ele afirma receber em média R$ 30,00 por mês, de cada família, para cuidar das covas. Entretanto, o rapaz afirma que tem tido dificuldade para contornar as adversidades. “Temos que se virar comprando água em carroças de burro, ou outras maneiras, para assim manter os clientes e serviços”, conta.

Contas atrasadas

Em busca de saber há quanto tempo o cemitério não teria o liquido precioso, através do fornecimento da Casal, nossa reportagem obteve a informação de que isto já acontece desde julho deste ano, momento em que a estatal deixou de fornece o serviço para o local.

Segundo histórico do próprio órgão, o município possui um débito, corrigidos com juros e correção monetária de quase R$ 170 mil (exatos R$ 166.500,45). O valor é referente a inúmeras contas, surgidas desde meados de 1997. “Entra gestor e sai gestor e vão pagando umas contas e ficando outras”, confessou uma fonte à reportagem.

Respostas

Apesar da afirmação do secretário, a reportagem encontrou a cisterna vazia (Foto: ALnaNet)

Apesar da afirmação do secretário, a reportagem encontrou a cisterna vazia (Foto: ALnaNet)

Por telefone, o secretário municipal de obras, Fernando Guimarães, gestor da pasta responsável pela manutenção do serviço, explicou que o corte de água pela Casal foi uma decisão feita pela própria administração com o objetivo de conter os gastos.

“Lá estava vindo quase R$ 10 mil, uma média de R$ 5 mil de água… não há lógica para isso”, comentou Fernando, que ainda afirmou que o serviço através dos caminhões pipas tem sido suficiente.

O secretário disse desconhecer qualquer débito do município com a Casal, também garantiu que o serviço é prestado continuamente, sempre que solicitado pelos trabalhadores dos dois cemitérios da cidade, apesar de nossa reportagem registrar o flagrante da caixa de abastecimento fazia, nesta teça-feira (1). “Pelo menos duas vezes na semana mandamos os carros”, garantiu.

Da Redação

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