O Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Alagoas (Sinteal) até tentou, mas nitidamente a classe não ficou tão satisfeita com o resultado obtido após a reunião de seus dirigentes com o prefeito da cidade de Santana do Ipanema, Mário Silva, ocorrida na manhã desta segunda-feira (21).
Horas após o encontro do gestor com os dirigentes do Núcleo Regional de Santana do Ipanema, o Sinteal convocou uma assembleia, ainda no mesmo dia, para comunicar o resultado das negociações. E as noticias não foram das melhores.
Os professores acabam tendo que ouvir e se conformar, de que após ‘amplo debate’, o sindicato somente conseguiu garantir o benefício de natal [popular Décimo Terceiro] para ser pago no próximo dia 30 de dezembro. Os docentes também receberam a notícia que o salário de dezembro só chegaria em seus bolsos no dia 20 de janeiro de 2016.
Justificativas
A presidente do Núcleo Santana, Cristina Alves, justificou que durante a reunião com Mário Silva, as propostas iniciais feitas pelo município [de pagamento somente em janeiro] foram logo rechaçadas pela entidade, e que, diante da situação financeira que passa o município esse foi o melhor resultado obtido.
Cristina também lembrou que parte desse resultado nada agradável para os trabalhadores deve ser ‘colocado na conta’ do Conselho do Fundeb, que para ela pouco teria fiscalizado a utilização correta dos recursos. “Se o conselho estivesse acompanhado [as contas] nós não estaríamos passando por isso”, frisou.
Quem também participou da assembleia e tentou dar uma força para ‘os companheiros’ foi a representante da executiva estadual do Sinteal, Darci Acioli. Em sua fala ela disse que a classe tem sofrido por ainda ter problemas internos, como o grande número de servidores já prontos a se aposentar, além de novamente se posicionar a favor da Previdência Própria.
Gerou questionamentos
Claramente, os informes de seus dirigentes não agradaram nenhum pouco a classe, que se manifestou a todo o momento. “Vamos aceitar isso? Quer dizer que ele diz que não pode pagar, algo que está na Lei, e vamos ficar calados? Não vamos fazer nada?”, perguntou uma das docentes, identificadas como Lucia.
Outra professora perguntou aos dirigentes do Sindicato que tipo de medida poderia ser feita, de forma como punição, já que ele [o prefeito] não estaria cumprindo a Lei.
Em resposta, a dirigente estadual citou que exemplos de como o Sinteal já procurou buscar os direitos dos professores na Lei. “O Sinteal já tem exemplos de várias ações em cidades como São Miguel dos Campos, por exemplo, infelizmente o resultado às vezes não beneficia o trabalhador”, justificou a líder sindical.