Santana do Ipanema: 142 anos: uma imagem de uma economia pujante
4 abril 2017
Os tempos áureos da feira livre de Santana do Ipanema estão expressos nesta foto (ao lado), publicada em 1921, no livro Brazilian Cotton. Quando o comércio do algodão era forte em nossa economia.
Inclusive fui testemunha, quando no início da década de 1970 estive na propriedade dos meus avós maternos, localizada na zona rural de Olho d’Água das Flores, observando a colheita de algodão juntamente com meu avô Tomás Doroteu, no sítio Gavião.
Na Santana que me recordo tivemos duas fábricas de beneficiamento de algodão: uma no cruzamento da Rua Delmiro com a Siqueira Campos, e a outra na Rua Sinhá Rodrigues.
No mesmo ano do registro desta imagem, através da lei nº 893, de 31 de Maio de 1921, Santana do Ipanema recebeu a categoria de Cidade, pois, já era conhecida pelo seu progresso.
No entanto, em 24 de abril de 1875 o local já tinha sido elevado a Vila, quando desmembrou-se de Traipu. Daí a divergência de alguns pesquisadores em relação a comemoração da emancipação política de Santana do Ipanema.
“No Brasil durante muito tempo, a data correta da fundação de municípios antes da proclamação da república era o dia da criação da vila. Com a vila o arraial ou a freguesia adquiria a sua autonomia político-administrativa, passando a constituir uma câmara de vereadores, com direito de cobrar impostos, e baixar ‘posturas’ que eram espécies de leis municipais, recebia ainda um ‘juiz de fora’, pelourinho e cadeia pública”, informa a Wikipédia.
Os tempos mudaram. A nossa economia já não depende da agricultura. O nosso comércio cresceu, em relação a esta época. No entanto ainda vivemos tempos de dúvidas. Santana do Ipanema, que já foi Ribeira do Panema, completa 142 anos de Emancipação Política, no próximo dia 24 de abril de 2017.
Viva o povo santanense: índios, negros e brancos.
*Texto originalmente publicado no Facebook em 04 de abril de 2017