Professores da rede pública de Santana do Ipanema, município do Médio Sertão de Alagoas, fizeram na manhã desta quarta-feira (15) um protesto em frente a sede da Prefeitura Municipal e mesmo sob chuva contínua, solicitaram antecipação de uma reunião com a prefeita Christiane Bulhões, a fim de levar uma pauta de reivindicações.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação – Núcleo Santana, Cristina Alves, usou da palavra em determinado momento do ato e pediu mais atenção da gestão com a classe. Ela explicou ao site Alagoas na Net que a prefeita marcou uma reunião somente para o dia 15 de julho, mas os docentes buscam antecipar esse encontro.
“Não é possível que precisemos esperar o fim da Festa da Juventude, para que a gestão olhe para os trabalhadores. A prioridade da cidade não pode ser apenas fazer eventos, a prioridade da cidade tem que ser reconhecer esses profissionais, valorizá-los, respeita-los e recebê-los com dignidade”, declarou Cristina.
A sindicalista ainda criticou o fato que a SMTT (Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes) recolheu uma barraca que foi armada para acolher os professores, devido às chuvas. “Tirar o direito de ficar em baixo de uma barraca, por uma questão burocrática, mostra claramente para a sociedade a falta de respeito”, completou ela.
Além dos manifestantes, como já virou costume em alguns atos do Sinteal no Sertão, em tempos juninos, também esteve presente no ato uma pequena banda de forró pé-de-serra, que serviu de trilha sonora enquanto alguns dos professores faziam uma panfletagem junto aos moradores que passavam no local. (Veja o encarte abaixo)
Pauta do Sinteal
Ainda segundo a líder do Sinteal em Santana, entre algumas das pautas que a entidade busca tratar com a prefeita estão: o cumprimento do terço de férias, mudança de letra de alguns profissionais, melhoria na recomposição salarial, bem como definição no pagamento dos precatórios do Fundef.
“São oito anos de arrocho salarial, com a inflação lá em cima. Não dá pra fazer a manutenção básica de nossas famílias. O trabalhador da Educação não é a favor de rateio, pois isso não leva para a carreira, só precariza nossas famílias. Não somos obrigados a fazer poupança, queremos nossa valorização”, desabafou Cristina.
A sindicalista ainda completa: “Estamos com salários abaixo do piso nacional do magistério em 50%. Isso é vergonhoso. Santana do Ipanema já pagou um dos melhores salários da região, porém, desde 2015 que os gestores que aqui passam vem precarizando, ano após ano”.
Respostas da Prefeitura
O site Alagoas na Net tentou contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Santana do Ipanema, contudo, até o fechamento desta matéria, não obtivemos respostas.