A Justiça condendou Kayque Silva dos Santos e Genilson de Melo Viana, a quase 50 anos de prisão pela morte da servidora pública Grazy Junqueiro, vítima de um latrocínio em sua casa, ocorrido no dia 3 de julho em Santana do Ipanema, município do Médio Sertão de Alagoas. A decisão foi proferida no último dia 25 de abril, pela juíza Nathallye Costa Alcântara de Oliveira, responsável pela 3ª Vara Criminal de Santana.
Kayque foi sentenciado a 20 anos de reclusão e 118 dias-multa, cada um no valor de 1/30 do salário mínimo. Já Genilson, por já ter condenação por outro homicídio, foi condenado a 27 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão e 164 dias-multa. Ambos foram presos em flagrante nos dias 4 e 5 de julho de 2023 (Kayque daSilva e Genilson de Melo, respectivamente), permanecendo presos até a presente data.
Segundo dados contidos no processo judicial, a defesa dos acusados, realizada pela Defensoria Pública de Alagoas, recorreu da sentença, movendo uma apelação ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).
Julgamento de Latrocínio
O chamado latrocínio é uma forma qualificada do crime de roubo, com aumento de pena, quando a violência empregada resulta em morte. Esta enquadrado no artigo 157, §3, II do Código Penal, que consta no capitulo dos crimes contra o patrimônio e não dos crimes contra vida como muito pensam. A pena prevista é de 20 a 30 anos de reclusão e multa. O latrocínio é considerado como crime hediondo segundo a Lei 8.072/90.
Caso de Gazy
De acordo com o inquérito policial, os denunciados estavam bebendo, quando o réu Kayque chamou Genilson para cobrar uma suposta dívida de Grazy, com quem ele mantinha um relacionamento afetivo.
Ao chegarem na casa da vítima, os acusados iniciaram uma série de agressões, deixando a vítima extremamente ferida. Em seguida, os autores levaram vários objetos do local. O corpo de Grazy foi encontrado na manhã do dia 3, por colegas de trabalho de um posto de sáude que ela atuava.
Grazy ainda foi levada inicialmente ao Hospital Regional Clodolfo Rodrigues de Melo, em Santana do Ipanema, mas logo foi transferida ao Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, onde ficou em coma, até que dia 10, um dos familiares informou o seu falecimento.