Santana: Após entrevista, radialista Flávio Henrique rebate acusações feitas por prefeito

31 dez 2014 - 10:39


Resposta do policial veio após o prefeito Mário Silva falar que o radialista estaria o perseguindo e abordando a sua vida pessoal.

Foto: Reprodução Facebook

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O policial civil e radialista durante 23 anos, Flávio Henrique Silva não gostou nada de algumas colocações feitas pelo prefeito de Santana do Ipanema, Mário Silva (PV), numa entrevista concedida ao site Alagoas na Net no ultimo fim de semana. O ex-âncora do Programa Liberdade de Expressão classificou como inverdades algumas das alegações do gestor, que afirmou que o comunicador estaria invadindo a sua vida pessoal.

“Eu nunca mandei e nunca mandaria alguém tirar foto da casa de ninguém”, comentou Flávio ao se defender da acusação de Mário Silva, que afirmou que o radialista teria tirado foto de móveis de sua casa. O policial explicou o caso e disse que quem o fez foi um próprio correligionário do político, que passou o arquivo via whatsapp (aplicativo de mensagens instantâneas). “Um dos assessores dele me chamou numa conversa e daí comentou de uma reunião dele [prefeito] com alguns servidores. Ele tirou uma foto de santinhos em um dos cômodos da casa do Prefeito. Inclusive só comentei o assunto por se tratar de um fato político, já que ele estaria pedindo votos para seu candidato”, disse.

Ainda se defendendo, Flávio também negou que tenha agido de maneira perseguidora contra o gestor. “Minha posição sempre foi a mesma, tanto com vereadores, na época de Meirica, Fofa ou Zé Vaz, como dos prefeitos que passaram como Marcos Davi, Renilde e agora o Mário. É bom que se diga inclusive que eu tomei a liberdade de chamar o próprio Mário Silva para dar a ultima entrevista no programa, para ele explicar a chamada crise financeira. E olhe que a rádio já tinha cortado o contrato de divulgação com a Prefeitura”, completou.

Outro ponto citado por Flávio foi uma possível edição, num áudio solicitado por Mário Silva. “Segundo a direção da rádio, nenhum áudio dos programas deve ser editado, a recomendação é entregar do jeito que foi transmitido e com o trecho solicitado” falou o comunicador, que completa: “Inclusive eu não tenho nem autorização para fazer tal edição, pois somente um dos funcionários da emissora é que está apto para mexer nos arquivos”.

Flávio Henrique disse se mostrar surpreso com as declarações do prefeito, mas alegou categoricamente que não tem dúvidas de que quem foi perseguido politicamente foi ele. “Nunca houve uma crítica para o cidadão Mário Silva, mas sim com o prefeito Mário Silva. Sobre o envio dos repórteres, o programa sempre recebeu reivindicações dos ouvintes e por isso a rádio os mandava para averiguar as denúncias… sempre foi assim”, argumentou.

Aproveitando a oportunidade nossa reportagem questionou o policial sobre a manifestação de alguns moradores que expressaram querer a volta dele ao programa de rádio. “Eu acredito que não volto mais, mas sempre fiz rádio por prazer. Quando tive que optar, decidi pensar na segurança e estabilidade da minha família, por isso estou na polícia”, concluiu o radialista que finalizou afirmando que pretende atuar do “outro lado”, agora como ouvinte do programa Liberdade de Expressão.

Por Lucas Malta / Da Redação

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