Risco à saúde: Menores são flagrados em lixão de Messias

23 out 2013 - 08:18


Menores deixam escola para trabalhar em meio ao lixo hospitalar

Foto: Reprodução TV Gazeta

Foto: Reprodução TV Gazeta

Crianças e adolescentes foram flagrados trabalhando em um lixão do município de Messias, na Região da Zona da Mata de Alagoas. O flagrante aconteceu durante esta terça-feira (22) e os menores afirmaram que largaram os estudos para ajudar no sustento da família.

Cerca de 2 km; esta é à distância percorrida por uma estrada de terra em meio a um canavial, para chegar ao terreno onde funciona o lixão. Os menores enfrentam uma dura rotina de trabalho e os próprios pais revelam detalhes. “Eu chego 8h30. Dá para tirar em média de R$ 150 a R$ 200 por quinzena”, revela catadora Maria José da Conceição.

As crianças trabalham juntando o material que será vendido para a reciclagem. Os menores largaram os estudos para trabalhar e ajudar no sustento da família e agora tem que lidar com outras preocupações. “A pessoa paga aluguel, água, energia, faz a feira e ainda fica devendo algumas coisas”, conta um dos meninos.

Um dos garotos, um adolescente de 17 anos, largou os estudos há dois anos, já está casado e está prestes a se tornar pai. “Agora que ela está grávida, eu tenho que arrumar dinheiro para comprar o enxoval do meu menino”, diz o garoto.

Os barracos servem de abrigo para os catadores. A espera para a chegada de cada caminhão, dura em média duas horas. O lixão está localizado em uma área de mata atlântica e isso não é a única irregularidade; Um perigo ainda maior põe em risco a vida dos catadores; No local é bastante comum encontrar seringas, outros restos de materiais hospitalares e até equipamentos de uso veterinário.

Os catadores afirmam já ter se cortado várias vezes no local, contudo, os mesmos dizem que não tem o que fazer, pois essa é a única solução que eles encontram.

O prefeito de Messias, Jarbas Omena, afirmou que não tinha conhecimento de que menores trabalhavam no lixão. Ele disse ainda que tomará as providências. De acordo com o prefeito, as seringas encontradas no local são de material utilizado em animais, que possivelmente sejam descartadas por indevidamente por algum agricultor da região e descarta que seja lixo hospitalar.

Da redação com o G1 AL

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