Sindpol avaliou condições de trabalho em distritos na capital e no interior do Estado
Falta de condições de trabalho, carência de efetivo policial e superlotação são alguns dos problemas constatados em um levantamento de 2013 feito pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) em 34 delegacias de Maceió e das regiões Agreste, Sertão, Norte e Sul do estado. Em todas elas, a entidade constatou problemas graves na estrutura física. O relatório foi entregue nesta quinta-feira (02), à imprensa, durante entrevista coletiva na sede do Sindpol, no Centro, em Maceió.
De acordo com o presidente do Sindpol, Josimar Melo, a situação por que passam os policiais civis contribuem para o aumento da violência em Alagoas. “Os policiais não têm condições de trabalho e acabam sendo desviados da função. Essa realidade compromete o trabalho porque os crimes não são investigados e a impunidade prevalece, dando espaço para o tráfico de drogas e assaltos a agências bancárias”, relatou.
Além dos problemas citados, o Sindpol constatou carência de efetivo policial, armamentos insuficientes, instalações elétricas com fiação exposta, infiltrações, rachaduras e insalubridades, presos vivendo em condições subumanas nas celas e delegacias que acabam servindo precariamente de casa de custódia para os detentos. Nas delegacias não há também controle de pragas e é comum encontrar ratos, escorpiões e insetos nos prédios.
Na Delegacia de Homicídios, em Maceió, desde que foi inaugurada, há uma piscina que acumula água das chuvas e serve como foco do mosquito da dengue. No prédio podem ser vistas, também, rachaduras nas paredes e infiltrações. Em Matriz do Camaragibe, na região Norte, a delegacia apresenta superlotação e problemas nas redes elétrica e sanitária. Existem alojamentos insalubres e paredes mofadas. Há 49 presos que vivem em situação subumana e reclamam da qualidade da água, alimentação e das precárias condições das instalações sanitárias.
O Sindpol pretende apresentar o relatório ao Ministério Público Estadual, governo, Conselho de Segurança e à OAB a fim de cobrar melhorias nas condições de trabalho, uma política de segurança pública com motivação profissional, e a retirada dos presos das delegacias. Uma assembleia geral pode ser realizada após uma reunião que está marcada para amanhã, sexta-feira (03), para definir algumas ações do sindicato.
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