REFLETINDO NOS CAÇUÁS

29 Maio 2014 - 08:29

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de maio de 2014

Crônica Nº 1.199

Foto: Blog o Sarrafo

Foto: Blog o Sarrafo

“Na mitologia de vários povos, os primeiros seres humanos foram criados a partir de elementos da natureza, como argila e areia.

Um antigo povo da América do Sul, os tiahuanacos, acreditava que o deus Wiracocha teria emergido das águas do lago Titicaca para criar o primeiro casal humano.

Um mito da Indochina conta que os primeiros seres humanos viviam em um paraíso, podiam voar e conversar com os animais e as plantas. Lá havia ferramentas que trabalhavam por eles e sua única obrigação era alimentá-las. Mas houve uma vez em que os seres humanos não cuidaram das ferramentas. Elas então castigaram os homens, fazendo-os trabalhar na Terra para sempre.

Um mito africano, dos povos iorubas, conta que Obatalá criou os primeiros seres humanos modelando-os em barro. Foi o sopro do deus Olodumare, porém, que deu vida a eles.

Já no chamado Antigo Testamento, um conjunto de livros sagrados para os judeus e que também faz parte da Bíblia dos cristãos, há uma explicação para o surgimento dos seres humanos. Segundo a narrativa bíblica, tudo o que há na Terra foi criado por Deus.

As explicações mitológicas influenciaram as tradições e os costumes de muitos povos. Nelas os seres humanos teriam sido criados com a mesma aparência de hoje, sem passar por transformações ao longo do tempo. Tais explicações também são chamadas criacionistas”. (VAZ, Maria Luísa & Panazzo, Sívia. Jornadas.hist. 2. ed. São Paulo, Saraiva, 2012. Pag. 41).

Ao longo da vida conheci e conheço muitos que poderiam achar simpáticas às teorias da origem do ser humano; além de simpáticas, divertidas até. Para esses o que não pode ser divertido é à saída do homem da Terra. “Que ingratidão de Deus! Depois de se roubar tanto e oprimir com arrogância do próprio sangue, não poder levar o que arrebanhou”. Na linguagem chula, basta um dinheirinho a mais, um carguinho ou a menor vaga da carreira política: os homens cagam dinheiro e as mulheres mijam loção.

De bolso liso, sobe ou desce o defunto safado, mas não tem muita certeza de como subornar o fisco dos céus ou as catervas de satanás.

Ô povo besta da peste!

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