O projeto “Livros que libertam” vai entregar nesta terça-feira (30), em unidades do complexo prisional alagoano, mais 560 livros arrecadados. As obras irão reforçar o acervo do Presídio de Segurança Máxima de Maceió e da Penitenciária de Segurança Máxima de Alagoas.
A entrega acontece às 9h, e vai contar com a participação de representantes do Poder Judiciário e da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris). A distribuição é fruto da iniciativa da Vara de Execuções Penais, que reverte a pena pecuniária, que é paga pelo cometimento de crimes de menor potencial ofensivo, em compra de livros para o projeto.
Iniciada em outubro de 2022, a ação já conseguiu arrecadar quase 3 mil exemplares, além da aquisição de quadros-lousa, ar-condicionados, aparelhos de TV, ventiladores, projetores, pranchetas de mão, notebooks e material de construção para reforma dos locais de leitura.
Segundo a policial penal e gerente de educação da Seris, Cynthia Moreno, o material arrecadado por meio das penas pecuniárias é fundamental para o andamento do projeto. “Com os livros e materiais arrecadados conseguimos aumentar a variedade de obras literárias, dando mais opções de leitura; melhorar a estrutura ofertada, para otimizar a execução das fases do projeto; como também conseguir atender cada vez mais participantes”, afirmou a gestora.
Atualmente, o projeto “Livros que libertam “ já possui mais de 1.200 participantes em todas as unidades penitenciárias de Alagoas. A meta é que até o final do ano o projeto alcance mais de 3 mil custodiados no estado, o que equivale a quase 70% da população carcerária. “A gente sabe do poder transformador que o livro oportuniza. Esse projeto de remição pela leitura tem o potencial de transformar e ressignificar a vida dessas pessoas, fazer com que elas possam se reencontrar e ter uma nova perspectiva de vida”, diz o juiz da Vara de Execuções Penais, Alexandre Machado.
O Projeto
“Livros que Libertam” é um projeto desenvolvido pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), em parceria com o Poder Judiciário, por meio da Vara de Execuções Penais, que garante a remição de pena através da leitura. O projeto consiste em reduzir quatro dias da pena para cada livro lido.
O projeto também conta com monitores, selecionados entre os participantes, que ficam responsáveis pela leitura do livro para os custodiados que ainda não são alfabetizados, garantindo, desta forma, que eles também tenham acesso ao benefício.