O governo de Alagoas promoveu mais capacitações do projeto Creche Segura na manhã desta quarta-feira (17). As ações aconteceram na creche Cria de Maceió, Arapiraca e Poço das Trincheiras. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Primeira Infância de Alagoas (Cria), o Núcleo de Educação Permanente (NEP) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Durante o treinamento, os profissionais da creche aprenderam como agir diante de casos como parada cardíaca em pediatria, engasgos, crises convulsivas, choque elétrico e diversas outras eventualidades que demandem intervenção de especialistas.
De acordo com a secretária de Estado da Primeira Infância de Alagoas, Caroline Leite, a capacitação é fundamental para deixar tanto as crianças quanto os profissionais mais seguros. “O Creche Segura é um projeto essencial e de extrema importância por manter nossas crianças e as comunidades mais seguras e preparadas em situações de risco. O projeto é uma responsabilidade do Governo de Alagoas e cumpre a Lei Federal Lucas 13.722, que traz a obrigatoriedade de capacitar 30% dos colaboradores”, destaca.
No final da capacitação, os participantes receberam o certificado e a creche uma placa do Programa Creche Segura. Cada Creche Cria vai receber um kit de primeiros socorros com atadura, termômetro, tesoura, luvas, entre outros materiais básicos de controle de sangramento.
LEI LUCAS
O Projeto Creche Segura cumpre uma das exigências da Lei 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, em que é obrigatória a capacitação de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados, da Educação Básica, bem como, de estabelecimentos de recreação infantil. A legislação é uma homenagem ao caso do estudante Lucas Begalli, de 10 anos de idade, que morreu por não ter recebido os primeiros socorros.
Em 2017, o estudante participava de um passeio promovido pela escola particular onde estudava, no interior de São Paulo, e se engasgou com um pedaço de salsicha, que estava dentro de um cachorro quente. Na ocasião, não havia ninguém que soubesse fazer a manobra do desengasgo e, mesmo tendo sido socorrido pelo Samu e levado para o hospital, o garoto foi a óbito dois dias depois.