Além da votação propriamente dita, o silêncio dos que não justificaram seu voto também é muito simbólico.
Fotos: Lucas Malta / Alagoas na Net
A vitória ampla e indiscutível alcançada pelo prefeito de Santana do Ipanema, Isnaldo Bulhões (PMDB), diante da votação e aprovação da Lei Delegada, na noite da última sexta-feira (20) começou a desenhar o destino e posturas dos atuais vereadores da cidade sertaneja.
O 7 a 2 da sessão extraordinária foi bem diferente do que aconteceu na primeira sessão do ano, no dia 1º, quando o presidente Mário Siqueira (PMDB) se elegeu com todos os votos da Casa. E mesmo com a ausência de dois componentes, o resultado revelou a verdadeira contradição de idéias e posições dentro do Poder Legislativo.
Além da votação propriamente dita, o silêncio dos que não justificaram seu voto também é muito simbólico. Sem dúvidas, que esteve presente ou assistiu a sessão em vídeo (que foi transmitida no Facebok) começou a imaginar a direção que cada um dos parlamentares começa a trilhar daqui pra frente.
Em conversa rápida com alguns dos parlamentares, um deles fez questão de afirmar que, votar contra a Lei Delegada, neste momento, foi uma forma de mostrar ao seu eleitor que nem sempre o que o Executivo quer, é sempre tão bom para a comunidade.
“Essa Lei Delegada vai trazer resultados lá na frente. Agora o eleitor pode nem perceber, mas com certeza com o tempo ele vai olhar para traz e querer ver quem foram os vereadores que concordaram com isso”, disse Marciano dos Santos, vereador pelo PPS.
Outro vereador, que não quis se identificar, mas que acabou votando a favor da medida do prefeito justificou sua posição alegando que este não seria o melhor momento para se contrapor com o chefe do Executivo. “Sei que isso não é bom na opinião pública, mas não adianta votar contra a maré nesse momento”, relatou o parlamentar mais discreto.
Lamentações à parte, no próximo dia 3, data da volta do recesso parlamentar, ou quem sabe em uma nova sessão extraordinária, os parlamentares de Santana do Ipanema vão ter mais chances de mostrar suas opiniões e seus posicionamentos, assim como fizeram durante toda a campanha eleitoral.
Por Lucas Malta / Da Redação