Celebrar o legado e a intelectualidade feminina foi o grande objetivo da 7ª edição do Prêmio Mulheres que Escrevem Alagoas. A premiação, que aconteceu na última quarta-feira (20), no auditório da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, em Maceió, foi marcada por muita emoção, homenagens e reverência ao legado de mulheres na história de Alagoas.
O prêmio, que é uma iniciativa do Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado e Economia Criativa (Secult), foi criado com o objetivo de referenciar as mulheres que fazem a diferença no cenário alagoano se tornou um marco anual das comemorações no mês do Dia Internacional da Mulher, e esse ano não foi diferente. Ao todo, 11 mulheres receberam a honraria, entre elas autoras de livros a pesquisas científicas ressaltando o alcance literário das mulheres do estado.
Entre as homenageadas, estava Mari Muniz, da cidade de Piaçabuçu. Mari dedicou emocionada seu prêmio a outra grande mulher que fez parte da sua jornada e formação como escritora. “Eu não esperava receber esse prêmio, eu venho de uma cidade muito pequena, é muito importante para mim, pela memória da minha mestra e professora Dalvinha, que faleceu em 2020. Então, está aqui é manter sua memória viva. É uma premiação de uma representatividade muito grande, não só para mim, mas para todas que atuam pela cultura popular”, disse.
Pelas escritoras, pautas importantes foram debatidas em seus discursos, focando principalmente nas causas e direitos femininos. Além de ser um espaço de gratificação, foi um momento de muita aprendizagem. Reavivando, incentivando e fazendo com que mais mulheres sejam encorajadas a escrever. Como disse a escritora Carla Emanuele, uma das premiadas, em seu discurso: “A fala de cada mulher nos contempla, tem um pouco de cada uma de nós. Vamos nos unindo e compondo com a história de cada escritora para que quando sairmos daqui, a gente possa olhar para cima e mostrar que estamos no caminho certo”.
A psicóloga Maylane Santos também foi uma das mulheres que recebeu o prêmio, e ela reforçou o quão significativo foi receber essa nomeação. “É uma honra dividir esse momento com essas mulheres. Quando a gente para para refletir no contexto histórico, houve uma época em que as mulheres não podiam escrever e nem sequer estudar. Então, notamos esse avanço e onde nós chegamos. Esse evento reflete esse olhar de cuidado e respeito para as mulheres”, afirmou.
Para a coordenadora da Biblioteca, Mira Dantas, realizar essa ação é pensar num futuro mais justo para as mulheres. “Quando escrevemos deixamos nossos legados, ensinamentos e plantamos uma semente para que, num futuro próximo, outras mulheres possam colher e dá continuidade a essa história de muita luta que enfrentamos para que hoje existam espaços como esses”, ressaltou.
Já a secretária de Estado e Economia Criativa, Mellina Freitas, disse que enaltecer as criações dessas mulheres evidencia a contribuição delas à cultura, arte, educação e todos os âmbitos da sociedade. “Para nós, é uma honra realizar o Prêmio Mulheres que Escrevem Alagoas, que felizmente já parte para a sétima edição. Me sinto renovada sempre que estou perto de mulheres fortes. Para além de um troféu, o que queremos demonstrar a gratidão do Estado de Alagoas para essas mulheres que escrevem brilhantemente suas vidas”, concluiu a gestora.