Pelo menos quatro prefeituras que decretaram “emergência administrativa” este ano, em Alagoas, foram alvo de operações do Ministério Público Estadual, para desarticular esquemas de desvio de dinheiro público no final do ano passado. Os promotores do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) constataram, até o momento, o uso de notas fiscais frias para desvios que devem superar R$ 10 milhões.
Foram apreendidos documentos nas prefeituras de Piranhas, Maribondo, União dos Palmares, Campo Alegre e Maravilha – que decretaram “emergência administrativa” –, além de Palestina e Estrela de Alagoas. O material que foi recolhido ainda está sendo analisado, de acordo com o coordenador do Gecoc, Alfredo Gaspar de Mendonça, e deve comprovar as supostas irregularidades.
“Não podemos apresentar detalhes sobre as investigações, porque elas poderiam ser prejudicadas. Mas está comprovado o desvio de recursos públicos, por meio de fraudes em licitação e uso de notas fiscais ‘frias’. É tudo o que podemos adiantar sobre os trabalhos que estão sendo analisados pelo Gecoc”, afirmou o promotor.
Informações iniciais, divulgadas pelos promotores logo após as operações, davam conta que, além de usar notas fiscais frias, os gestores do município fraudavam processos licitatórios como forma de desviar recursos públicos. Os prefeitos e secretários municipais podem responder pelos crimes de estelionato, corrupção ativa, corrupção passiva e formação de quadrilha.
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