Uma reunião entre representantes dos estados nordestinos que sofrem com a estiagem prolongada vai definir, no próximo dia 30, na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em Maceió, se as prefeituras fecharão suas portas no dia 13 de maio.
As ações foram definidas nesta sexta-feira (19), em Canelas (RS), durante encontro do Conselho Político da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Também foram discutidos os encaminhamentos da Marcha dos Municípios, que vai acontecer em Brasília de 8 a 11 de julho.
Com a provável paralisação das prefeituras sertanejas do Nordeste, o objetivo dos líderes municipalistas da região é mostrar ao país o tamanho do problema trazido pela seca, a mais severa dos últimos 50 anos.
No entanto, preliminarmente, essa não é a posição do presidente da AMA, Marcelo Beltrão. Para ele, a suspensão das atividades das prefeituras “só prejudica ainda mais a população e aumenta o problema”.
“A solução, segundo o presidente da AMA, é um movimento organizado para discutir propostas e soluções e pressionar a bancada federal dos estados do Nordeste, cobrando ações imediatas”, disse Alexandre Ayres, superintendente da AMA e representante de Alagoas no encontro desta sexta-feira.
Durante o encontro da CNM, os representantes relataram que, apesar da série de anúncios do governo federal, a ajuda que chega aos municípios é mínima. Uma das declarações foi de que os prefeitos, e não o governo federal, pagam pela água para matar a sede do povo.
Por Alessandra Vieira / TNH1