Mário Silva concedeu uma entrevista ao radialista Fernando Valões, na rádio Cidade FM.
Horas após declarar em nota oficial que estaria cortando todos os servidores contratados do município, o prefeito de Santana do Ipanema, Mário Silva (PV), concedeu uma entrevista para a imprensa no final da manhã desta quinta-feira (1) e abordou o corte drástico.
Diferente do que foi programado no dia anterior, e anunciado por sua assessoria, o gestor do município sertanejo não realizou uma coletiva, mas decidiu participar de uma entrevista no programa do radialista Fernando Valões, na rádio Cidade FM.
Em resumo Mário falou praticamente o mesmo que já havia sido emitido na nota. Ele voltou a dizer que o município passa por um momento financeiro delicado e que os recentes atrasos nos salários de vários servidores foi um dos motivos que o levou a tomar tal decisão.
“Ontem foi pago o mês de julho (…), quando o dinheiro for chegando a gente vai pagando o que falta até ficar quite com os servidores”, declarou Mário Silva sobre o futuro dos salários atrasados. O gestor ainda alardeou a informação que teme outro corte do INSS para o próximo dia 10, devido ao não recolhimento do INSS de setembro, pelo seu setor financeiro.
Em vários momentos da entrevista o prefeito não poupou críticas a possíveis débitos da gestora anterior, a médica Renilde Bulhões, que afirmou em uma de suas falas que, por causa de acordos com o INSS, ele estaria tendo que pagar alguns de suas contas. “Vez o outra aparece algo que temos que pagar”.
Eleições de 2016
A entrevista do prefeito também foi oportunidade para o chefe do executivo comentar assuntos relacionados às eleições de 2016. Ao ser indagado se continuaria no PV e se era candidato a reeleição, Mário confessou ter recebido convites para migrar de partido, a exemplo de um chamado feito pelo deputado federal Marx Beltrão.
“Ele me chamou para ir ao PSD, mas vou continuar no PV”, respondeu e continuou: “O objetivo agora é colocar a administração em dia, mas confesso que se falasse que não tenho pretensão de reeleição estaria mentindo”.
Por Lucas Malta / Da Redação