“Vou chamar o jurídico e vamos fazer um levantamento, levar ao MP, e a gente vai ter a necessidade de demitir funcionários”, disse o gestor na presença dos servidores.
Prefeito abordou hipótese em reunião com servidores (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net / Arquivo)
O prefeito de Santana do Ipanema, Mário Silva está cogitando a possibilidade de buscar meios legais para a demissão de servidores públicos. A afirmação aconteceu numa reunião ocorrida nesta terça-feira (19) com funcionários do município que na ocasião reivindicavam o pagamento atrasado de seus salários.
Durante o encontro com quase 20 pessoas ele tentou explicar os motivos que levaram ele e sua equipe a não repassar os valores em dias aos trabalhadores. Num dos momentos Mário Silva revelou que estava com um questionamento do Ministério Público e que, por causa disso iria tomar medidas mais drásticas.
“Recebi um documento do MP, de alguém que foi lá. Infelizmente, porque fizeram isso eu vou ter que tomar uma decisão, vou chamar o jurídico e vamos fazer um levantamento, levar ao MP, e a gente vai ter a necessidade de demitir funcionários”, disse o gestor na presença dos servidores.
Logo em seguida o prefeito continua, justificando que ‘do jeito que está, o município não comporta pagar’. Na sequencia ele também é questionado por um dos funcionários, do porque existir contratados, além dos efetivos. Silva novamente expõe que a contratação destes servidores estariam relacionados a programas, que ora tem recurso, ora não tem.
Discurso não agradou
Um dos servidores que esteve na reunião conversou com nossa reportagem e se disse preocupado ao ouvir a proposta do prefeito. “Se ele quer reduzir gastos porque ele não começa enxugando a máquina? Ele paga um monte de aluguel de prédios das secretarias e outros órgãos, que poderiam ser distribuídos em prédios próprios, a exemplo o antigo hospital Arsênio Moreira”, desabafou o funcionário que pediu para não ser identificado.
Não está decido
Por telefone o site Alagoas na Net ouviu o prefeito sobre o episódio. Mário confessou ter levantado a ideia, mas frisou que isso não é algo já decidido. “Eu disse que pode chegar a esse ponto, mas não disse que ia fazer. Isso se a gente não conseguir controlar, mas a minha intenção não é essa”, comentou ele.
Mário Silva também afirmou que tem tentado trabalhar de toda forma para ver se não chega a isso. Ao ser questionado então se as demissões não era uma decisão definitiva ele responde: “Não, não, só é se houver uma extrema necessidade”.
Por Lucas Malta / Da Redação