Três pessoas envolvidas no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), foram presas esta manhã em caráter temporário. A informação foi confirmada pelo delegado da 1ª Delegacia de Polícia (DP) do município, Marcos Viana.
Segundo o delegado, os pedidos de prisão temporária de cinco dias foram decretados em razão de boatos de que eles poderiam deixar a cidade sem prestar depoimentos à polícia.
“Em razão disso, concluímos pela necessidade de pedir a prisão temporária, já que acreditamos que os depoimentos deles são necessários para nos ajudar a esclarecer o episódio”, declarou o delegado à Agência Brasil.
Estão presos dois músicos da banda Gurizada Fandangueira e um sócio da casa noturna, que estava supostamente internado em uma clínica em Cruz Alta. As outras prisões ocorreram em Mata e em São Pedro do Sul. A polícia também já cumpriu mandados de busca e apreensão.
Foi preso o empresário Elissandro Spohr, o Kiko. Conforme o advogado dele, o criminalista Jader Marques, ele teve temor de permanecer em Santa Maria e buscou atendimento médico em Cruz Alta devido à intoxicação.
Spohr recebe atendimento por ter inalado a fumaça que se espalhou pela casa noturna durante o incidente. Segundo o advogado, o sócio estava presente na festa juntamente com a mulher, grávida, no momento em que a faísca de um sinalizador manuseado por um integrante da banda Gurizada Fandangueira atingiu o revestimento de isolamento acústico, no teto da boate.
Está marcada para o fim da manhã uma coletiva de imprensa na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria para detalhar as investigações sobre o incêndio que deixou ao menos 231 mortos e a identidade das três pessoas detidas hoje.
Com Agência Brasil