A Polícia Científica de Alagoas celebra, nesta terça-feira (2), duas décadas de dedicação, comprometimento e avanços tecnológicos que tornaram a instituição referência em investigação forense e ciências criminais no Estado. Ao longo desses 20 anos, a Polícia Científica tem se destacado por sua capacidade de solucionar os mais complexos casos, trazendo justiça e segurança para a sociedade alagoana.
Criada através da Lei nº 6.447, de 2 de janeiro de 2004, pelo governador da época Ronaldo Lessa e, atualmente, vice-governador, inicialmente a Polícia Científica foi chamada de Centro de Perícias Forenses do Estado de Alagoas (CPFOR/AL). Ela surgiu com a independência administrativa e a união do Instituto de Criminalística (IC), do Instituto de Identificação (II) e do Instituto Médico Legal (IML).
Em 8 de abril de 2011, uma nova mudança na nomenclatura e estrutura foi realizada com a publicação da Lei Delegada estadual nº 44. O órgão passou a se chamar Perícia Oficial do Estado de Alagoas, ganhando também autonomia financeira, possibilitando novas evoluções na perícia criminal do Estado.
Há dois anos, seguindo o padrão nacional, o então governador em exercício, Kleber Loureiro, presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, sancionou a Lei 8.651/2022. A legislação estabeleceu a terminologia atual da Polícia Científica (POLC/AL), mantendo a coordenação da atividade pericial e de identificação cível e criminal no Estado de Alagoas.
De acordo com o perito-geral da Polícia Científica, Manoel Melo Filho, a mais nova das polícias da Secretaria de Segurança Pública vinha construindo um legado muito antes de sua criação. O Instituto Médico Legal Estácio de Lima e o Instituto de Identificação Delegado Mario Pedro são órgãos centenários e o Instituto de Criminalística foi criado em 1985 como um departamento da Polícia Civil de Alagoas.
“Nossos peritos criminais, peritos médico-legistas, peritos-odontolegistas, técnicos forenses, papiloscopistas e auxiliares de perícia trabalham para desvendar os mistérios e segredos que cercam os crimes. Utilizamos técnicas avançadas de análise de DNA, balística, toxicologia, engenharia forense e muito mais. Com equipamentos de última geração e uma equipe altamente qualificada, garantimos resultados precisos e confiáveis, fundamentais para a elucidação de crimes, afirmou o perito-geral.
Além disso, a Polícia Científica investe constantemente em capacitação e pesquisa, buscando estar sempre à frente das tendências e inovações na área. O perito-geral explicou que o compromisso do órgão é oferecer um serviço de qualidade, confiável e ágil, contribuindo para a segurança de todos os cidadãos, investigando e desvendando casos complexos, trazendo paz e justiça para as vítimas e suas famílias.
Avanços
Nesses 20 anos, a Polc apresentou uma evolução constante em todos os Institutos que compõem sua estrutura, com definição de diretrizes, criação de protocolos, aquisição de equipamentos, novas viaturas e assinatura de convênios e parcerias. Outro avanço importante foi o investimento no recurso humano, com profissionais das mais variedades formações e especialidades integrando a corporação.
No Instituto de Criminalística foram criados vários laboratórios, departamentos e setores forenses e, constantemente, os peritos criminais participam de qualificações profissionais. A utilização de drones, aquisição de uma unidade de laboratório móvel, de equipamentos de última geração e a participação na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foram alguns dos muitos avanços que permitiram o alcance de excelentes resultados nas perícias criminais do estado.
O Instituto Médico Legal de Maceió ganhou um prédio novo, com equipamentos modernos, salas de atendimento humanizado para crianças e mulheres vítimas de violência, tornando-se um dos maiores e mais modernos do país. O IML de Arapiraca passou por reformas, ampliação e também ganhou equipamentos novos e uma área para construção da nova unidade no agreste alagoano.
Já o Instituto de Identificação de Alagoas se modernizou, aumentou a sua rede de postos de atendimento e passou a utilizar o Sistema de Identificação Biométrica Automatizada (Abis) para identificação civil e criminal. Em 2023, o órgão foi o primeiro do Nordeste e o quarto em todo o país a emitir o Carteira de Identificação Nacional (CIN) que substituiu o antigo RG, adotando o CPF como único número de identificação do cidadão.
Com os inúmeros avanços, a Polícia Científica está preparando uma série de eventos e ações abertas ao público para celebrar esta data especial. A corporação pretende realizar uma série de palestras, exposições, demonstrações de técnicas forenses, entre outras atividades para a população conhecer de perto o trabalho da Polícia Científica e entender como a ciência pode ser um aliado poderoso no combate ao crime.