A constatação no aumento da maioria dos itens acaba incidindo diretamente no poder de compra dos consumidores, que também já vinha num declínio dos últimos levantamentos.
Foto: Neno Canuto / Agência Alagoas
O morador de Santana do Ipanema está pagando cada vez mais caro na hora de fazer as compras dos seus alimentos. A constatação vem após a análise de mais uma pesquisa de “Acompanhamento do Custo da Cesta Básica”, realizada por estudante e professores do curso de Economia e Ciências Contábeis da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), do Campus Sertão. O estudo entre fevereiro e março revelou um aumento de pouco mais de R$ 8 no total da cesta básica, tendo o arroz como o item de maior aumento.
O acompanhamento feito pelos universitários vem sendo realizado desde o ano passado e já apresentou leves aumentos em janeiro e fevereiro, mas no ultimo mês a alta chegou a 3,28%, somando o conjunto dos 12 produtos que compõe a cesta básica no município, que são: carne, leite integral, feijão, arroz, farinha, tomate, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo e manteiga.
Em fevereiro, o consumidor gastaria exatos R$ 246,99 para compor toda a ração essencial, composta por uma quantidade determinada de cada item. Para comprar os mesmos produtos em março o desembolso passou para R$ 255,09, tendo uma diferença de R$ 8,10. O levantamento revelou que dos 12 alimentos, 9 tiveram aumento de preço, sendo o arroz o produto que carregou a maior alta. Em fevereiro ele valia R$ 2,31 já em março passou para R$ 3, uma variação de 29,7% no período.
Completam a lista de alimentos a terem alta nos preços: carne (2,50%), tomate (3,05%), pão francês (4,94%), café em pó (1,32%), banana (2,00%), açúcar (3,27%), óleo (4,44%) e manteiga (5,70%). Entre os itens que apresentaram queda no valor estão: leite integral (0,63%), feijão (0,47%) e Farinha (2,94%). O feijão, por sinal, interrompeu a subida de preços que apresentava desde dezembro, quando o quilo custava R$ 3,07, partindo para R$ 3,93 em janeiro e alcançando R$ 4,54 em fevereiro. Em março, apresentou pequena variação negativa, indo para R$ 4,52.
Foto: Divulgação / Ufal
A constatação no aumento da maioria dos itens acaba incidindo diretamente no poder de compra dos consumidores, que também já vinha num declínio dos últimos levantamentos. De acordo com dados da pesquisa, dos R$ 724,00 recebidos do mínimo (deduzidos contribuições com a Previdência), a população acaba gastando 35,23% do seu rendimento com produtos da cesta básica em março.
PROJETO
Coordenado pelo professor Fabrício Rios, o projeto “Acompanhamento do Custo da Cesta Básica no município de Santana do Ipanema/AL” é desenvolvido desde dezembro do ano passado. Colaboram 5 professores e 12 estudantes de Economia e Ciências Contábeis da unidade Santana do Ipanema/Campus Sertão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), através do Programa de Ações Interdisciplinares (PAINTER).
10 alunos coletam os dados nos pontos de venda dos produtos no município, dois realizam os cálculos e montam a nota técnica. Este processo final é acompanhado por Fabrício e a nota técnica recebe a revisão do professor Flávio José Domingos. A pesquisa tem como objetivo realizar o acompanhamento mensal do comportamento do custo da cesta básica santanense.
Da Redação com informações de Anderson Santos/Ufal