O CRB foi castigado pela falta de pontaria nas finalizações, perdeu por 2 a 0 para o Paraná Clube e se complicou na a luta para escapar do rebaixamento para a Série C.
O time alagoano contou com o apoio da torcida, que lotou o estádio Rei Pelé, e dominou o jogo do início até a metade do segundo tempo. O momento mais decisivo do duelo foi quando o meia Geovane perdeu um pênalti, após uma bela defesa do goleiro Luis Carlos. Na sequencia, o Paraná se animou e marcou duas vezes. Primeiro com o meia Douglas Packer e depois com a penalidade máxima certeira cobrada pelo meia Wellington Silva.
O panorama do CRB não é muito diferente do que na rodada anterior, beneficiado pela derrota do Bragantino. Com 33 pontos, na 18ª posição, a equipe alagoana está a dois pontos de sair do Z-4. O Paraná Clube garante mais tranquilidade na reta final da competição e se estabelece na intermediária da classificação, em 11º lugar, com 45 pontos.
As duas equipes voltam a campo no próximo sábado. O CRB continua a luta para escapar do rebaixamento e enfrenta o Ceará, às 21h (de Brasília), em Fortaleza. O Paraná Clube retorna para Curitiba e joga contra o Ipatinga, às 17h (de Brasília).
CRB pressiona, mas não fura o bloqueio tricolor
O primeiro tempo do duelo entre CRB e Paraná Clube não foi empolgante e de qualidade, mas mostrou o clima das equipes na competição. Enquanto o time alagoano atacou a qualquer custo (mas sem conseguir aperfeiçoar o último passe e a finalização), o grupo paranaense não fazia muito esforço para ficar no ataque. A tática do visitante era esperar o melhor momento e arriscar chutes de longa distância.
Apesar de não sair na frente, o CRB conseguiu dar trabalho para a defesa do Paraná, que se comportou muito bem na etapa inicial. O sistema ofensivo da equipe mandante girava bem a bola de um lado para o outro, mesmo assim não era o suficiente para achar um espaço na área. Quando Luiz Paulo conseguiu chutar para o gol, a bola passou raspando a trave direita do goleiro Luis Carlos.
CBR desperdiça, Paraná aproveita as duas únicas chances
Na volta para o intervalo, as escalações eram as mesmas, assim como as táticas das equipes em campo. A única diferença é a marcação mais adiantada do time alagoano, que resultou no maior domínio de bola. A melhor jogada do início da etapa final aconteceu aos 12 minutos, quando o meia Ricardinho passou por três marcadores, mas chutou nas mãos do goleiro Luis Carlos quando ficou cara a cara com a meta.
O técnico Roberval Devino tentou alterar o panorama da partida com duas alterações aos 15 minutos. Os atacantes Ricardinho e Luiz Paulo saíram para as entradas Aloísio Chulapa e Ronaldo. Logo depois, o CRB teve o grande momento para sair na frente. O zagueiro Anderson fez falta em Roberto na área de defesa. Pênalti para a cobrança da equipe da casa, que comemorou como se fosse um gol. Mas a comemoração teve que ser engolida a seco com a boa defesa do arqueiro Luis Carlos. O goleiro paranista teve um bom reflexo para defender com o pé direito a cobrança do meia Geovane.
A primeira reação do técnico Toninho Cecílio foi alterar o meio-campo paranista, ao tirar o cansado Lucio Flavio por Douglas Packer. A substituição foi iluminada. O primeiro toque do jogador na bola foi um chute certeiro para as redes, após o cruzamento de Luisinho pela esquerda. Felicidade para os poucos torcedores paranaenses que estavam no estádio Rei Pelé.
Tímido durante a partida inteira, o Paraná se mostrou decisivo quando interessou. Empolgado com a vantagem, o meia Fernandinho foi puxado dentro da área. O atacante Wellington Silva não repetiu o gesto do adversário e fechou a vitória com mais uma bola na rede: 2 a 0 para o Tricolor Paranaense.
Por Globoesporte.com