Coordenador da bancada federal de AL diz que existe dinheiro demais no setor.
O deputado federal Givaldo Carimbão (Pros), líder da bancada federal alagoana, justificou o baixo percentual de emendas parlamentares destinadas ao combate a violência pública. Conforme o parlamentar, política de segurança pública não se faz com emendas de bancada.
Ontem, a reportagem da Tribuna Independente levantou a questão junto ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que desconhecia o montante de R$ 10 milhões para a segurança pública. Carimbão entende que já existe dinheiro demais, porém é mau utilizado, por erros de gestão.
No orçamento da União para 2014, os investimentos na área de segurança pública corresponde a apenas 1% do total, quando se é permitido que seja usado até 13%. Em números, isso representa R$ 10 milhões, do total de R$ 1 bilhão do orçamento para 2014. É este o valor que a bancada federal vai destinar para Alagoas para combater a violência e o crime.
O coordenador da bancada entende que, na verdade, o que está errado é o modo de se fazer política de segurança pública e não a quantidade de recursos que chegam.“Não se faz segurança pública com emendas de bancada. Já existe dinheiro para isso. É o modelo de gestão que está equivocado”, criticou.
Carimbão citou, inclusive, a construção de um presídio no município de Girau do Ponciano, no mês passado. “É um equívoco construir cadeias, elas são importantes; porém, prefiro construir escolas. Está sendo utilizado no país um modelo caro, errado e ineficiente”, sentenciou o deputado líder do Pros.
Para ele, as emendas de bancadas devem objetivar obras estruturantes como estradas, saneamento básico e questiona os investimentos. “E só se faz as coisas com dinheiro de deputado. Isto não existe. O dinheiro da segurança pública hoje está sendo jogado no ralo. O sistema carcerário está esgotado, e ainda querem colocar mais dinheiro nisso. É inconcebível”, criticou.
Do Tribuna Hoje